Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 329
Data:
15/6/2003
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» Índice
» Editorial
Que PT É ESSE?
» Momento 1
Momento especial para Anna Carolina Mathias,que foi a Salvador e teve a sorte de encontrar o ídolo Bell Marques.
» Ponto de Vista
Waldemar Nielsen analisa a difícil situação econômico-financeira por que passa a aviação brasileira
» Aqüicultura
Al Mare
» Turismo
Austrália, o mais antigo continente do mundo e um dos mais atrativos pontos turísticos do planeta
» Turisnotas
Vasp 70 anos
» Triângulo
Teatro Carlos Gomes é reaberto ao público depois das obras de recuperação patrocinadas pela CST
» Serviço
SACAR A ROLHA
» Autos
Lançado em Genebra, novo Mitsubishi Outlander marca uma nova imagem para o construtor japonês
» Passarela
Em Brasília, os 15 anos de Lavinia, para alegria dos pais deputado Jutahy Magalhães e sua Jaqueline
» Curiosidade
THE MATRIX RELOADED  
2500 planos são mentira

» Foco
Eternos tesouros
» Comportamento
Baton com graxa
» Prazer
De maior
» Morar
O ninho de Loris
» Bahiainfoco
com arte por todos os lados
» Boca miuda
Uma bomba!
Foco

Diamantes sintéticos vieram para ficar: em jóias e equipamentos. Ao imitar a natureza fez-se um produto melhor e mais barato  
Os diamantes não são apenas, como diz a canção, “os melhores amigos das mulheres”. Tornaram-se úteis instrumentos tecnológicos e servem a toda a humanidade. É o material mais duro que se conhece e exerce um fascínio difícil de explicar. É usado em joalheria há muitos séculos, mas também em instrumentos abrasivos. No século XVIII já se fazia o polimento das lentes com diamante. As partículas eram incrustadas no ferro fundido, dava-se uma forma côncava à ferramenta que era, então, usada como abrasivo.  
O diamante é feito a partir do carbono, que existe na forma de grafite. Aparece na natureza na forma de grandes cristais de elevada pureza que, depois de talhados, dão origem aos diamantes-jóia. Ou na forma de “carbonados” de menores dimensões, explica um especialista. Mais fino e mais escuro, este diamante do tipo ´bort´ ou “carbonado” é usado em aplicações industriais, para perfuração, corte e polimento.  
Desde os anos 50 que se começou a obter diamante a partir de grafite. Até ali, era possível apenas teoricamente, apesar de ainda ser necessário desenvolver o equipamento tecnológico. Para que o diamante se forme, é preciso criar condições de elevada pressão e temperatura, simultaneamente. Hoje já é possível fazê-lo de uma forma controlada, embora o investimento seja muito elevado. Mas o produto final é seguramente mais barato.  
Há vários países produtores mundiais de diamante sintético, como a Rússia, a Ucrânia, o Japão, a Coréia do Sul, a China e a Romênia. Os fabricantes de ferramentas dizem que há diferenças entre os vários tipos de sintéticos criados para as diversas aplicações, como as velocidades de corte ou o tipo de material em que será usado. Estudam-se novas ferramentas com diferentes velocidades de rotação, usando-se uma máquina que mede as forças aplicadas, analisa o desbaste e as forças geradas durante o processo. Esta tecnologia é cada vez mais abordada de uma forma científica. Segundo dados relativos ao ano 2000, 90% do diamante usado na indústria é sintético.  
Há alguns exemplos que o demonstram. Recentemente, foi desenvolvida uma broca de diamante que vibra a partir de ondas de ultra-som. Os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais pretendem assim diminuir a dor durante o tratamento dos dentes e, na maioria dos casos, dispensar a anestesia. Diferentemente da broca convencional, que funciona por rotação, o novo equipamento usa a vibração, através de ondas de ultra-som. “Não só é menos traumático como mais preciso, pois preserva a parte sadia do dente. Produz somente um pequeno ruído e não provoca sangramento”, disse Vladimir Airoldi, um dos pesquisadores, num texto do Ministério da Ciência e Tecnologia.  
O diamante também já chegou ao espaço. Na exploração do planeta Marte, é possível usar um equipamento de recolha de dados específico que usa um tubo milimétrico de diamante sintético. É o material ideal para esta função, uma vez que impede a contaminação e não altera a sua temperatura.  
A possibilidade de fazer diamantes sintéticos abriu perspectivas no campo da engenharia eletrônica. Apesar de existirem milhares de compostos semicondutores, os chips atuais são feitos quase que exclusivamente de silício. Este material apresenta boas propriedades eletrônicas, estabilidade mecânica e química. Só há mais dois elementos na tabela periódica que apresentam propriedades semicondutoras: o germânio e o carbono (quando cristalizados na forma de diamante).  
Ao ser possível produzir diamante em larga escala, este tem duas vantagens sobre o silício: a possibilidade de funcionamento elétrico a temperaturas mais elevadas e a capacidade de dissipar calor (dissipação térmica). O diamante é o sólido mais eficaz para transmitir calor.  
 

  
Acima Moulin Rouge, no filme, Nicole Kidman canta “Diamonds are a girl´s best friend”, um clássico de Marylin Monroe. Abaixo - Sintéticos, os diamantes já são fabricados em condições ideais de pressão e calor



Para recolher amostras do planeta Marte será usado um tubo milimétrico de diamante

O valor do diamante depende da forma como é cortado, mas também do tamanho



Estudam-se novas ferramentas com estas pedras preciosas, para conseguir melhores resultados.



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