Bahia e Espírito Santo estabelecem parceria para gerar emprego e renda para comunidades do litoral baiano e capixaba. Uma nova sinergia entre os dois estados.
O desenvolvimento sustentável deverá ser a principal base de integração das economias da Bahia e do Espírito Santo, que teve seu primeiro passo na implantação de florestas de eucaliptos para produção de celulose de fibra curta já existentes no norte capixaba e no sul baiano.
A sinergia entre os dois Estados será fortalecida agora com a assinatura do Protocolo de Ações, que foi firmado dia 20 de maio entre as Secretarias da Agricultura da Bahia e do Espírito Santo e a empresa Bahia Pesca S/A, visando desenvolver conjuntamente estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira das cadeias produtivas de aqüicultura e pesca, e a implantação de novas tecnologias e projetos em busca de alternativas de produção, criação de emprego e renda para os produtores rurais e comunidades do litoral e do interior da Bahia e do Espírito Santo.
A solenidade de assinatura do documento ocorreu no dia 20 de maio, no Palácio Ondina, sede do governo da Bahia, contando com a presença do governador baiano, Paulo Souto. Assinaram o documento o secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia, Pedro Barbosa de Deus, o secretário de Agricultura do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, e o presidente da Bahia Pesca S/A, Max Magalhães Stern.
World Aquiculture - Na mesma semana, entre os dias 20 e 23 de maio, realizou-se no Centro de Convenções de Salvador um dos principais eventos mundiais do setor, a World Aquiculture 2003, em conjunto com a Feira Internacional de Aqüicultura e a Feira Brasileira de Frutos do Mar, reunindo aproximadamente quatro mil participantes de noventa países. Entre as empresas brasileiras que marcaram presença na feira, oferecendo um amplo leque de serviços e tecnologia na área ambiental, estava a capixaba Cepemar Meio Ambiente.
A intenção dos dois governos é desenvolver ações e projetos de aqüicultura nos campos de carcinicultura (criação de camarão de água doce ou salgada), piscicultura, ostreicultura (cultivo de ostras), mitilicultura (cultivo de mexilhões), ranicultura e também de atratores artificiais.
Plano Estadual - O secretário Ricardo Ferraço informou que a Secretaria da Agricultura do Espírito Santo está formulando um Plano Estadual de Aqüicultura e Maricultura que deverá ser anunciado e posto em prática nos próximos meses.
Por essa razão é que ele considera de extrema importância aproveitar o conhecimento tecnológico que a Bahia desenvolveu nas áreas de cultivo de peixe e camarão, ao longo dos últimos 20 anos, tendo uma área de aproximadamente 5.000 hectares em produção, contra apenas 100 hectares de cultivo de peixe e camarão no Espírito Santo. E comentou, animado: “Em vez de partirmos do zero, vamos sair de uma experiência vitoriosa”.
O importante da assinatura do documento é que Bahia e Espírito Santo se comprometem a se articular com entidades governamentais e não-governamentais com vistas à obtenção de recursos técnicos e financeiros que assegurem o desenvolvimento da aqüicultura nos dois Estados. Além disso, ambos vêem a aqüicultura como atividade economicamente viável e ecologicamente correta. E em decorrência disso, procurarão envolver escolas agrotécnicas, universidades e outras entidades públicas e privadas, que poderão participar do programa através de termos de adesão.
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