Vencer,
vencer e vencer é este o slogan dos candidatos a campeões. A publicidade e os
meios de comunicação fortalecem a necessidade de ganhar e ultrapassar limites
para que o candidato a herói vista a camisa da competência e sucesso. E o que
está por trás disto? Deste cenário de tantas incertezas e expectativas? Um
velho ditado já disse um dia, num passado não muito distante, que educação vem
de berço, vem de casa e os méritos na formação e desenvolvimento destes futuros
e promissores homens estão nas mãos das mães, das mulheres, dos pais. Temos
muito que comemorar e, também, alguns itens para lembrar. O Dia Internacional
da Mulher foi no último domingo, dia 8 de março. Muitos outros assuntos
poderiam ser desenvolvidos tendo como inspiração o sexo feminino como: vaidade,
estética, beleza, matrimônio, roupas, moda, jóias e muitos outros ligados ao
universo da mulher, mas o foco deste texto é um tema mais profundo e que merece
uma atenção especial.
O
crescimento de milhares de seres, de futuros amanhãs que delinearão o cenário e
rostos das nossas realidades parecem perdidos diante de tantas turbulências no
mundo. A vida está pedindo reciclagem e não somente reciclar para preservar a
natureza, mas reinventar e reconstruir, a cada amanhecer, motivos para viver em
família e sociedade. Todo dia é dia de aprender algo novo, de ampliar o
horizonte, de oportunidades que jamais voltarão e que estarão registradas no
tempo, daqui a alguns minutos, como passado se VOCÊ deixá-las passar
A
melhor maneira de um pai ou de uma mãe, de uma pessoa demonstrar amor pela outra
é através da educação e esta transferência social necessita da participação de
um grande e importante personagem: a mãe, a primeira educadora de uma criança
no seu processo de desenvolvimento. A matriarca precisa estar comprometida com
este papel que necessita desempenhar todos os dias e não deixar apenas e,
exclusivamente, nas mãos da escola a responsabilidade desta preciosa função. O
primeiro passo para que aconteça uma mudança relevante no cenário nacional e
mundial é o comprometimento da mãe educadora dentro de casa. Formar e construir
um lar com alicerces sólidos e firmes que possam segurar e vencer as
tempestades e obstáculos que a vida impõe e são estes empecilhos que ajudarão
os aprendizes, os educandos, crescerem como pessoas e cidadãos.
Mas
o que precisa mudar para que a educação aconteça? É preciso mudar o olhar para
o outro, desfazer as diferenças, deixar de igualar as pessoas, porque não
existe impressão digital igual à outra e nem tão pouco ninguém idêntico a
outro, o que existem são semelhanças, aspectos em comum que podem ser chamados
de cultura, costumes, hábitos. O que realmente existem de fato são culturas
distintas que se complementam, se completam. A doutrina maniqueísta pode tentar
colocar, avaliar e julgar entre pólos distintos coisas que parecem ser muito
distantes e que na verdade não são. Educar o olhar sobre o outro é um caminho
que construirá solidariedade, compaixão e educação na trilha por onde cada
homem passar. Não se conformar com a ignorância e acreditar e promover mudanças
dentro do seu próprio lar depende de você mais do que qualquer outra pessoa deste
mundo. Vamos olhar para dentro primeiro para depois compararmos com o que vemos
fora do nosso universo particular viciado em medos e incertezas. A função de
educador é a mais importante para o amadurecimento da humanidade e esta
reflexão sobre o valor deste processo deve ser promovida e partir de uma
iniciativa da mulher que pare que cria e vê o seu filho crescer a cada dia
conquistando um espaço no mundo.
A
sociedade precisa olhar para si mesma e vê para onde está caminhando. E este
ato de parar para olhar adiante deve ser feito todo o amanhecer e não somente
no dia 8 de março ou nas outras datas comemorativas que simbolizam “aparentes
conquistas”.
O
ser humano nasce incompleto e é a educação que possibilita que este ser caminhe
dado à mão a oportunidade de completude, por isso a importância de despertar no
seu filho a consciência que todo homem depende do outro e que ninguém tem mais
cultura do que o outro, que cada um de nós necessita do que o nosso semelhante
tem para nos oferecer, seja uma dica culinária, uma lição de vida ou como saber
desviar o olhar para o lado e perceber as necessidades de quem caminha sozinho
no asfalto. Viver é multiplicar conhecimento, sabedoria, alegria e paz. E antes
de promover e lutar por tudo isso é necessário ACREDITAR que as mudanças e
transformações são possíveis. Valorizar as diferenças, respeitar o outro é
assim, desta maneira, que a mulher vai despertar no seu filho a noção, a
consciência de cooperação e não de competição, uma educação que agrega, soma e
não subtrai forças e raças. Distanciar as pessoas só produz desavenças e
conflitos e a mulher, como a parte de um casal que gera vida e carrega uma nova
semente da espécie, deve estar e ficar sempre atenta para as necessidades e
curiosidades que o filho apresente.
Ninguém
pode viver sem as arestas do outro, sem o complemento que o outro dá, sem a
cultura do viajante do país vizinho e assim por diante que o homem deve andar e
buscar as cores da sabedoria. É criando alegorias para enfeitar a passagem do
seu semelhante e despertando no mesmo um sorriso, que o homem exerce sua
HUMANIDADE, mesmo quando tudo parecer distante no cenário onde vivem.
O
diálogo é como uma ponte que aproxima mentes e corações e as palavras são
veículos desta viagem. Pensar antes de falar não fará mal a ninguém e tão pouco
demonstrará fraqueza em relação ao outro. Estimule seus aprendizes a ampliarem
seus olhares sobre a vida e assim você, mulher estará contribuindo de maneira
bastante significativa para o desmoronamento de um pilar falso chamado
diferença que hoje é tão enfatizado pela concorrência e competição que existem
entre os homens.
Desperte
o interesse do seu filho pelo outro, primeiramente, demonstrando interesse por
ele desta maneira você estará participando ativamente da transformação deste
ser que você mesma gerou.
Olhando
para o hoje, para o presente que está diante da janela de todos os brasileiros,
poetas ou não, letrados ou não e considerando todo o maniqueísmo existente no
mundo, o que se vê é um cenário de quase caos psicológico, estrutural, onde
poucos privilegiados têm oportunidade de dizer por que vieram a este planeta de
tantas incertezas e muitas belezas naturais, mas sem fugir ao tema... A mulher
é ou deveria ser a pilastra principal na formação do caráter dos futuros
cidadãos. Faça sua parte e promova a continuação de uma espécie verdadeiramente
HUMANA para evitar uma GRANDE lacuna chamada descaso.