E OS BALANÇOS DOS BANCos?

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Finalmente o Banco Central anunciou a decisão de reduzir a taxa básica de juros (Selic) em um ponto percentual, para 12,75% ao ano e os Bancos de imediato anunciaram reduções de araque com relação às taxas cobradas dos clientes.

E OS BALANÇOS DOS BANCos?


O Itaú anunciou que a taxa para pessoa física o crediário automático cai de 7,09% ao mês para 7,01% ao mês. Os juros do cheque especial caem de 8,95% ao mês para 8,87% ao mês.

No Unibanco, a partir de hoje, dia 26 (segunda-feira), a queda da Selic vai atingir a taxa máxima cobrada no Crédito Pessoal Parcelado (CPP), no cheque especial para pessoa física, no cheque especial de empresas e na linha de financiamento de Capital de Giro (Unigiro). A queda será de 0,08 ponto percentual sobre as taxas mensais praticadas hoje, espertamente não publicadas.

A taxa de juros mínima do Bradesco no cheque especial vai recuar de 4,83% ao mês para 4,78% ao mês e a máxima, de 8,64% ao mês para 8,56% ao mês.

Notem que todas estas taxas referem-se a um único mês o que anualizadas continuam variando entre 50 e 150% ao ano, mantendo o Brasil no primeiro lugar do ranking mundial.

O fato concreto é que os banqueiros, ainda que timidamente, estão tentando pongar no sucesso de um movimento popular que apenas começou. Digo começou porque quando os balanços dos Bancos forem publicados – por que estão demorando tanto? - talvez tenhamos a maior onda de protestos já vista neste País.

A oportunidade é única e se o povo não se manifestar é porque realmente temos os banqueiros mais competentes, os consumidores mais idiotas e o governo (aqui incluído o Poder Legislativo) mais comprometido do mundo.

Notaram que até agora nenhuma voz se levantou na Câmara e no Senado em defesa dos cidadãos que os elegeram, espoliados por taxas de até 500% ao ano, quando o resto do mundo está trabalhando com taxas próximas a zero? Será que os banqueiros financiaram as campanhas de todos eles? Viram como o Presidente Lula está preocupado tentando correr na frente temendo desdobramentos inclusive a nível internacional? Porque ele não edita uma Medida Provisória limitando os juros em 12% ao ano conforme previsto no Artigo 192, parágrafo 3º, da Constituição da República Federativa do Brasil. Boa oportunidade para resgatar o passado, atingir 99,9% de popularidade (só os banqueiros ficariam de fora na avaliação) e ainda eleger a Dilma. Depois da repercussão e popularização do assunto, o que está entrando na cabeça do povo é que o Governo fixa uma taxa de juros anual para os brasileiros (agora 12,75%) e os banqueiros numa afronta e desrespeito, continuam espoliando a classe trabalhadora, com taxas de até 500% ao ano, taxas essas, fictícias, irreais e alavancadas através de cálculos e projeções mirabolantes, totalmente infundados e sem sustentação lógica explicadas através do lero-lero que poucos entendem com jogo de palavras tais como SELIC, spread bancário, dívida interna, inadimplência, custos sazonais, taxas de juntas homocinéticas, impostos de injeção eletrônica, direção hidráulica governamental etc., etc., etc. numa enganação sem fim. Não fosse assim, os Bancos Brasileiros teriam dado prejuízo como no resto do mundo. Repito, cadê os balanços? Voltaram a ser feitos manualmente? Ou será que os banqueiros estão realmente temendo de um levante popular com a suspensão dos pagamentos dos empréstimos e financiamentos até que os contratos sejam renegociados obedecendo esta tal de taxa SELIC, fixada pelo Banco Central através deste tal de COPOM? Se isto realmente acontecer com certeza muitos políticos vão botar a cabeça de fora em defesa deste povo altaneiro, corajoso e sofredor. Para eles dou de graça algumas frases já desgastadas pelo tempo, mas que repetidas com ênfase e indignação quando o assunto tem repercussão nacional, causam um efeito muito positivo na captação de votos:

“Não podemos simplesmente ficar assistindo o Banco Central tomar decisões que travam o crescimento do país. Por isso, estamos engajados nesta luta pela queda dos juros e por mais desenvolvimento, que passa também pela implementação de reformas democráticas, como a Tributária, que deve servir para distribuir renda". "A taxa de juros é um crime contra o desenvolvimento, a geração e a manutenção de empregos no país”. “É uma insanidade e um ataque vil aos esforços por desenvolvimento sustentável com distribuição de renda e valorização dos trabalhadores". "Os banqueiros estão faturando altas somas às custas do sacrifício do povo, que não pode se calar diante desta verdadeira ameaça ao desenvolvimento nacional”. “Temos a grande responsabilidade de mobilizar os trabalhadores para a defesa do Brasil com desenvolvimento e valorização do trabalho”. “Vamos manifestar nas ruas nossa indignação contra esse entulho mantido pelo Copom, que tanto agrada aos especuladores e que tanto prejudica o setor produtivo do Brasil”. "Os trabalhadores condenam enfaticamente esta política do Banco Central que coloca uma trava no desenvolvimento, freia o consumo, a produção e a geração de novos postos de trabalho". “Os movimentos sociais precisam jogar pesado para que no o BC sinta o clamor popular”. "Enquanto outros setores do governo puxam o país para o desenvolvimento, a política monetária do BC põe travas e segura o crescimento da economia". “O povo precisa ser mobilizado para reverter essa situação”. “É uma insanidade dos tecnocratas do Banco Central que precisam entender que os juros estão em patamares proibitivos asfixiando de forma traumática a economia”. “Estamos cansados desta disposição do Copom de punir freneticamente o setor produtivo e abençoar o especulativo. Queremos menos juros, mais empregos e mais desenvolvimento”.

Agora atentem para as frases transcritas abaixo e pasmem.São todas do poderoso José Dirceu, o “ex” que continua sendo...

 

“Por que no Brasil, só no Brasil, o spread bancário é tão alto e por que a Selic, descontada a inflação, ainda passa dos 7%? Isso é uma fortuna de renda quando hoje, no mundo, os juros em média estão negativos em praticamente todos os países desenvolvidos. Não é a dívida interna que causa isso. Não é porque ela vem caindo na relação com o PIB, e o superávit que fazemos é maior do que o necessário para manter a dívida estável na relação com o PIB. Aliás, podemos diminuir o superávit e investir mais. O problema é a burocracia e a ineficiência da gestão governamental, além dos problemas ambientais, legais e administrativos - leia-se IBAMA, Ministério Público (MP) e Tribunal de Contas (TCU), que muitas vezes atuam como oposição. Podemos e devemos reduzir a Selic para 9%. É preciso que o presidente do BC venha a público dizer como a instituição e o governo reduzirão o spread, começando pelos bancos públicos. Será que os bancos privados tem razão? Eles alegam que o spread é alto pela inadimplência e pelos impostos. E, realmente, não pode ser pelos custos, já que as taxas de serviços que eles cobram são extorsivas, para dizer o mínimo. A inadimplência não é alta e não está acima da média mundial. Os lucros dos bancos é que estão. Então, não dá para entender... Ou será que tudo se resume, tanto a alta taxa Selic como esse spread escandaloso do Brasil, a manter alta as rendas daqueles que detém a poupança nacional, compram títulos públicos e depositam a prazo suas riquezas entesouradas? Colocar nos impostos a culpa pelo altos spreads é uma ofensa a inteligência do país, já que nem os lucros mais que extraordinários e nem as grandes fortunas, ou as heranças e doações, são taxadas no Brasil na média mundial. Assim, por favor, alguém explique à nação: por que são tão altos os spreads bancários?”


Autor: Johil Camdeab
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Existe 2 comentários para esta publicação
sexta-feira, 30/1/2009 por cidada
Zé Dirceu esta certo,Batisti é escritor e preso politico
Abreu seja consciente, é necessario não mudar os fatos.Satanas existiu na Ditadura aqui e Italia.bj
segunda-feira, 26/1/2009 por José Abreu
VIXI MARIA
Este Zé Dirceu é um tremendo cara de pau! Esta semana li uma declaração dele chamando de ESCRITOR, o terrorista italiano que Tasrso Genro exilou com o APOIO DE LULA. Vade retro, Satanás!
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