Não há, hoje, um só brasileiro que não esteja exultante
em ver a Justiça, enfim, isonômica. Há sim! Aqueles que conhecem os bastidores
e questionam: Onde estão os potentados presos nas operações anteriores? Quantos
tubarões continuam atrás das grades?
Tentáculos, Mercado Preso, Confraria, Crepúsculo,
Shogun, Capela, Feliz Ano Velho, Matusalém, Têmis, Hurricane, Sanguessuga,
Hidra, Anaconda, Águia, Planador, Zaqueu, Zumbi, Lince, Farol da Colina, Soro,
Sucuri, Trânsito livre, Pandora, Vampiro e Isaías. E agora com vocês:
Satiagraha.
Satiagraha é o termo usado pelo pacifista indiano,
Mahatma Gandhi, durante sua campanha pela independência da Índia. Em sânscrito,
Satya significa 'verdade'. Já agraha quer dizer 'firmeza'. Assim, Satiagraha é
a 'firmeza na verdade', ou 'firmeza da verdade'. Satiagraha significa o
princípio da não-agressão, ou uma forma não-violenta de protesto, como um meio
de revolução. Satiagraha, também, é traduzido como "o caminho da
verdade" ou "a busca da verdade".
Seriam títulos de bons filmes de literatura, de fatos
históricos? São sim! Mas aqui estão servindo apenas para nominar as grandes
operações da Polícia Federal, organismo que, nas últimas décadas, tem se
imposto como sinônimo de competência e inteligência.
Os apelidos dados às operações, não denotam apenas uma
estratégia de marketing bem elaborada. Demonstram que foi-se o tempo em que
policias se apresentavam como “otoridade”. Os profissionais da PF são, na sua
maioria, homens muito bem preparados e dotados, nas suas ações, de um forte
conteúdo ideológico.
A Justiça Federal também não fica distante desse mesmo
raciocínio. Juízes, na sua maioria jovens, procuram se impor como guardiões da
lei. Está aí, uma geração de profissionais que são verdadeiros operários da
Justiça. Exageros e bastidores à parte, foi nesse espírito que se desfechou a
operação Satiagraha que, na semana passada, levou para trás das grades, mesmo
que por pouco mais de 24 horas, dentre outros, o banqueiro Daniel Dantas, o
mega investidor ou mega especulador, como querem outros, Naji Robert Nahas e o
ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta. Esse último,cidadão que todos sabem,
vive numa doce aposentadoria, recebendo não se sabe (há quem saiba) de onde,
uma suculenta mesada
Não há, hoje, um só brasileiro que não esteja exultante
em ver a Justiça, enfim, isonômica. Há sim! Aqueles que conhecem os bastidores
e questionam: Onde estão os potentados presos nas operações anteriores? Quantos
tubarões continuam atrás das grades?
Existem outras perguntas que insistem em não calar. Ao
expor os presos à execração pública, sem aqui entrar no mérito dessa questão,
porque só a Rede Globo teve o privilégio de acompanhar a operação e filmar os
rostos sonolentos de Nahas e Pitta, além da fleugmática elegância de Dantas que
parece ter dormido de terno, esperando a chegada dos policiais?
Porque tamanho interesse da Rede Globo especificamente nessa
operação? Teria algo a ver com a fusão da Oi com a Brasil Telecom, empresa da
qual Dantas já foi controlador e é grande acionista?
Finalmente, está claro até para o mais desatento dos brasileiros, que há uma brutal disputa interna no Judiciário que tem que ser resolvida, urgentemente, para o bem dos bem intencionados e, principalmente, da Nação.
E o Eike que se cuide. Acabou de estrear “Toque de Midas” que, aliás, bem poderia se chamar: “Caça às Bruxas”.
Em tempo: Se servir de dica, a maior parte dos cidadãos
citados nesse artigo, são ou foram detentores de contas no Interaudibank do banqueiro
libanês radicado nos Estados Unidos,o sorridente Joseph Audi.Basta checar para achar.