anjo em corpo de mulher

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A generosidade e o sentido da maternidade seriam heranças maternas... Estamos falando de Angelina Jolie Em Hollywood, Ícone de talento, beleza e sensualidade, ela é uma das atrizes mais empenhadas em causas humanitárias.

anjo em corpo de mulher


O seu aspecto é o da perfeição. Angelina Jolie apresenta a sua imagem de marca: calma absoluta e lábios que parecem ter sido há pouco atacados por um enxame de abelhas. Seu tempo é escasso, por isso ela procura ser básica; pulseira e anéis da Tiffany, relógio é Bulgari, reluzente. Uma jóia! O estilo fica completo com uma camiseta branca, calças Ralph Lauren de lã e caxemira branca, sapatos de «vamp» angélica e graciosidade em tudo o que tem a ver com o movimento do corpo. Tímida, mantém um tom vocal quase de sussurro e o olhar é atencioso quando lhe dirigem a palavra. Nefertiti que se cuide pois La Jolie pode lhe roubar a coroa de melhor estrutura óssea facial da face da Terra!

Mas o ar de luxo é quase um equivoco. Não tem nada a ver com a realidade de todos os dias feita em partes iguais de muito trabalho - Jolie faz dois ou três filmes por ano - e a maternidade. No sul da França, comprou uma herdade bem escondida dos fotógrafos e onde vive com o companheiro Brad Pitt, Angelina Jolie deu à luz os gêmeos Knox Leon e Vivienne Marcheline. Vieram juntar-se a Shiloh, nascida na Namíbia e igualmente filha biológica do ator Brad Pitt, Maddox, Zahara e Pax, adotados em orfanatos do Camboja, Etiópia e Vietnam. Imagina-se que esta turma, quando se junta em volta da mesa de jantar, se pareça com um daqueles anúncios da United Colors of Benetton ambicionando apresentar o mundo ideal


Embora tenha sido na televisão que Angelina Jolie treinou o talento antes de saltar para o cinema, foi fazendo Lara Croft que adquiriu a fama planetária. Foi igualmente por causa desse filme que a atriz alargou os horizontes. No Camboja, onde algumas das cenas foram filmadas, Angelina Jolie tomou conhecimento do problema terrível, diário, dos refugiados. Contatou o Alto Comissariado da ONU numa pressa de saber o que se passava, e se havia outras situações igualmente trágicas noutros lugares aonde os noticiários urgentes não chegam. Em 2001, viajou até a Tanzânia e a Serra Leoa, não escondendo o seu choque com tudo aquilo que vira. Poucas semanas mais tarde estava no Paquistão visitando os campos de refugiados afegãos - para os quais doou do seu bolso um milhão de dólares (aproximadamente 800 mil euros). Em Agosto, num processo célere só permitido a quem já não tem de dar mais provas, Angelina comparecia a uma cerimônia em Genebra, na Suíça, onde as Nações Unidas lhe conferiam o título de embaixadora da Boa Vontade para os Refugiados. Percorreu campos de refugiados na Tailândia, visitou refugiados angolanos na Namíbia. Esteve no Egito para ver como sobreviviam os refugiados sudaneses, foi dar a mão aos colombianos que fugiram para o Equador, e insistiu ir com frequência ao Sri Lanka para se inteirar das condições das crianças numa ilha que continua a sobreviver à guerra civil. Doou outros milhões para curar injustiças no Haiti, no Congo, maus tratos sofridos por birmaneses ou minorias do Cáucaso, gente na Índia ou na Jordânia, iraquianos ou os que vão sobrevivendo ao genocídio no Darfur.

 Em Davos, no topo dos grandes poderes econômicos,La Jolie senta-se ao lado de chefes militares como o então secretário de Estado norte-americano Colin Powell. O poder aprendeu a dar-lhe toda a atenção que ela merece. Atualmente, descontando todas as páginas fotográficas em que a atriz se apresenta como o maior ganha-pão da "mídia bisbilhoteira" que vivem à sua custa, Angelina Jolie pode ser vista na capa da revista «W» (dando de mamar a um dos gêmeos recém-nascidos) e no filme de Clint Eastwood, Changeling, um disparo certeiro para a nomeação como Oscar de Melhor Atriz do ano. No filme, Angelina faz de Christine Collins, uma mãe nova que, na Los Angeles dos anos 20, tem de manter-se forte e segura após o sequestro do filho e consequente corrupção policial que está a enlouquecendo-a Por onde quer que a atriz vá, a missão é a mesma: quando pede que olhem para ela, só quer mostrar que não custa nada salvar um mundo doente, feito de crianças maltratadas.


A fama, a fortuna e os fantásticos casos de amor em que se meteu podem ter feito dela a mulher mais fotografada do mundo, mas, porque escolheu ser, sobretudo, mãe - sempre a ideal benemérita -, a atriz tem conseguido amealhar crédito suficiente para iluminar uma aura de mulher cuja beleza vem também das suas qualidades humanísticas, reveladas na bondade que exibe de cada vez que adota uma criança do terceiro mundo ou na força que coloca na defesa das causas políticas.

 A sua transformação completa o percurso de «santidade». Não foi assim há tanto tempo que Angelina Jolie parecia apenas mais uma dessas celebridades de Hollywood destinadas ao precipício. Não se dá bem com o pai, o talentoso ator Jon Voight, e só há pouco tempo começou a mencioná-lo nas entrevistas. Refere-se a ele como «o Jon», assim como quem fala de um amigo feito recentemente, dando a entender que talvez não tenha sido bom pai mas está, pelo menos, a representar bem o papel de avô para as crianças que ela vai salvando mundo fora. Filha de uma americana com algum sangue franco-canadense - a quem não poupa elogios -, Angelina adquiriu dela o sentido de defesa familiar, o lado cosmopolita mas, também, talvez, o fatalismo. Quando perguntei a Angelina Jolie de onde lhe vem este apurado sentido de empatia para com os menos afortunados, a atriz respondeu: «Aprendi com a minha mãe. Para ela, ajudar os desprotegidos sempre foi algo a que se entregava com uma alegria genuína. Nunca foi uma coisa a que se sentisse obrigada». Marcheline Bertrand(na foto com Jon Voight) morreu em Janeiro de 2007, vítima de câncer. Tinha 56 anos. Foi ela quem sugeriu, já na cama do hospital e rodeada dos mais queridos (Angelina, James, Brad), que o neto vindo do Vietnam se chamasse Pax.


Autor: Celso Mathias
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Existe 1 comentário para esta publicação
terça-feira, 11/11/2008 por Josiane
Fantástico....
Fantástica matéria... Parabéns! Parasbéns também a Angelina jolie, uma mulher como ela merece ser feliz, merece ter tudo que tem e vou dizer mais, merece o paraíso,ou seja, morar com Deus um dia no céu.
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