A generosidade e o sentido da maternidade seriam heranças maternas... Estamos falando de Angelina Jolie Em Hollywood, Ícone de talento, beleza e sensualidade, ela é uma das atrizes mais empenhadas em causas humanitárias.
O seu aspecto é o da perfeição. Angelina Jolie
apresenta a sua imagem de marca: calma absoluta e lábios que parecem ter sido há
pouco atacados por um enxame de abelhas. Seu tempo é escasso, por isso ela procura
ser básica; pulseira e anéis da Tiffany, relógio é Bulgari, reluzente. Uma
jóia! O estilo fica completo com uma camiseta branca, calças Ralph Lauren de lã
e caxemira branca, sapatos de «vamp» angélica e graciosidade em tudo o que tem
a ver com o movimento do corpo. Tímida, mantém um tom vocal quase de sussurro e
o olhar é atencioso quando lhe dirigem a palavra. Nefertiti que se cuide pois La
Jolie pode lhe roubar a coroa de melhor estrutura óssea facial da face da
Terra!
Mas o ar de luxo é quase um equivoco. Não tem nada a
ver com a realidade de todos os dias feita em partes iguais de muito trabalho -
Jolie faz dois ou três filmes por ano - e a maternidade. No sul da França, comprou
uma herdade bem escondida dos fotógrafos e onde vive com o companheiro Brad
Pitt, Angelina Jolie deu à luz os gêmeos Knox Leon e Vivienne Marcheline.
Vieram juntar-se a Shiloh, nascida na Namíbia e igualmente filha biológica do ator
Brad Pitt, Maddox, Zahara e Pax, adotados em orfanatos do Camboja, Etiópia e
Vietnam. Imagina-se que esta turma, quando se junta em volta da mesa de jantar,
se pareça com um daqueles anúncios da United Colors of Benetton ambicionando
apresentar o mundo ideal
Embora tenha sido na televisão que Angelina Jolie
treinou o talento antes de saltar para o cinema, foi fazendo Lara Croft que
adquiriu a fama planetária. Foi igualmente por causa desse filme que a atriz
alargou os horizontes. No Camboja, onde algumas das cenas foram filmadas,
Angelina Jolie tomou conhecimento do problema terrível, diário, dos refugiados.
Contatou o Alto Comissariado da ONU numa pressa de saber o que se passava, e se
havia outras situações igualmente trágicas noutros lugares aonde os noticiários
urgentes não chegam. Em 2001, viajou até a Tanzânia e a Serra Leoa, não
escondendo o seu choque com tudo aquilo que vira. Poucas semanas mais tarde
estava no Paquistão visitando os campos de refugiados afegãos - para os quais
doou do seu bolso um milhão de dólares (aproximadamente 800 mil euros). Em
Agosto, num processo célere só permitido a quem já não tem de dar mais provas, Angelina
comparecia a uma cerimônia em Genebra, na Suíça, onde as Nações Unidas lhe
conferiam o título de embaixadora da Boa Vontade para os Refugiados. Percorreu
campos de refugiados na Tailândia, visitou refugiados angolanos na Namíbia.
Esteve no Egito para ver como sobreviviam os refugiados sudaneses, foi dar a
mão aos colombianos que fugiram para o Equador, e insistiu ir com frequência ao
Sri Lanka para se inteirar das condições das crianças numa ilha que continua a
sobreviver à guerra civil. Doou outros milhões para curar injustiças no Haiti,
no Congo, maus tratos sofridos por birmaneses ou minorias do Cáucaso, gente na
Índia ou na Jordânia, iraquianos ou os que vão sobrevivendo ao genocídio no
Darfur.
Em Davos, no topo dos grandes poderes econômicos,La Jolie
senta-se ao lado de chefes militares como o então secretário de Estado
norte-americano Colin Powell. O poder aprendeu a dar-lhe toda a atenção que ela
merece. Atualmente, descontando todas as páginas fotográficas em que a atriz se
apresenta como o maior ganha-pão da "mídia bisbilhoteira" que vivem à sua
custa, Angelina Jolie pode ser vista na capa da revista «W» (dando de mamar a
um dos gêmeos recém-nascidos) e no filme de Clint Eastwood, Changeling, um
disparo certeiro para a nomeação como Oscar de Melhor Atriz do ano. No filme,
Angelina faz de Christine Collins, uma mãe nova que, na Los Angeles dos anos
20, tem de manter-se forte e segura após o sequestro do filho e consequente
corrupção policial que está a enlouquecendo-a Por onde quer que a atriz
vá, a missão é a mesma: quando pede que olhem para ela, só quer mostrar que não
custa nada salvar um mundo doente, feito de crianças maltratadas.
A fama, a fortuna e os fantásticos casos de amor em que
se meteu podem ter feito dela a mulher mais fotografada do mundo, mas, porque
escolheu ser, sobretudo, mãe - sempre a ideal benemérita -, a atriz tem
conseguido amealhar crédito suficiente para iluminar uma aura de mulher cuja
beleza vem também das suas qualidades humanísticas, reveladas na bondade que
exibe de cada vez que adota uma criança do terceiro mundo ou na força que
coloca na defesa das causas políticas.
A sua transformação completa o percurso de «santidade».
Não foi assim há tanto tempo que Angelina Jolie parecia apenas mais uma dessas
celebridades de Hollywood destinadas ao precipício. Não se dá bem com o pai, o talentoso
ator Jon Voight, e só há pouco tempo começou a mencioná-lo nas entrevistas.
Refere-se a ele como «o Jon», assim como quem fala de um amigo feito
recentemente, dando a entender que talvez não tenha sido bom pai mas está, pelo
menos, a representar bem o papel de avô para as crianças que ela vai salvando
mundo fora. Filha de uma americana com algum sangue franco-canadense - a quem
não poupa elogios -, Angelina adquiriu dela o sentido de defesa familiar, o
lado cosmopolita mas, também, talvez, o fatalismo. Quando perguntei a Angelina
Jolie de onde lhe vem este apurado sentido de empatia para com os menos
afortunados, a atriz respondeu: «Aprendi com a minha mãe. Para ela, ajudar os
desprotegidos sempre foi algo a que se entregava com uma alegria genuína. Nunca
foi uma coisa a que se sentisse obrigada». Marcheline Bertrand(na foto com Jon Voight) morreu em
Janeiro de 2007, vítima de câncer. Tinha 56 anos. Foi ela quem sugeriu, já na
cama do hospital e rodeada dos mais queridos (Angelina, James, Brad), que o
neto vindo do Vietnam se chamasse Pax.
Autor: Celso Mathias Publicação vista 2211 vezes
Existe 1 comentário para esta publicação
terça-feira, 11/11/2008 por Josiane Fantástico....
Fantástica matéria... Parabéns!
Parasbéns também a Angelina jolie, uma mulher como ela merece ser feliz, merece ter tudo que tem e vou dizer mais, merece o paraíso,ou seja, morar com Deus um dia no céu.