Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 299
Data:
31/1/2002
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Perfil

Laetitia Casta O bombom francês  
 
Descoberta numa praia da Córsega aos 15 anos, Laetitia Casta é a modelo favorita de Yves St. Laurent, a Marianne de todos os franceses, uma das mulheres mais sexys do mundo e uma atriz em ascenção. É bela, sensual, sabe que agrada e, aos 23 anos, já se pode orgulhar das muitas metas alcançadas. Agora, falta-lhe convencer críticos e intelectuais de que é mais do que um bombom francês. Como ela diz, “A minha vida não é só o meu físico”...  
 
Eu me deixo fotografar porque gosto e se os outros admiram o trabalho, ainda melhor.”  
É com esta irreverência e segurança que a modelo e atriz, de nacionalidade francesa, a bela Laetitia provoca o mundo. O seu nome significa “alegria”, em latim, e não poderia ter sido mais bem escolhido. É que ela é uma pessoa alegre. Com um sentido de humor fantástico e, por outro lado, não restam dúvidas, é uma felicidade contemplá-la. Não é que ela seja muito alta, uma vez que mede apenas 1,70m, mas as suas medidas já são outra conversa. Trata-se da famosa combinação numérica: 90-61-90, de arrasar, portanto! Volúpia exibida nas curvas que fazem a diferença, ela própria recorda que quando começou a desfilar, todos a queriam modificar: “Ou era muito gorda ou muito pequena e até tentaram refazer os meus dentes... Mas sinto muito orgulho por ter ficado como era. E há algo que é maravilhoso. Sermos uma mulher e não um feijão verde.”  
À beleza junta-se a fortuna, e os deuses continuam a sorrir no Olimpo. Só no ano passado, Casta, que pertence à agência Madison, ganhou 35 milhões de francos...  
A musa - A sorte deve ter sido mais um atributo celeste quando Laetitia nasceu a 11 de maio de 1978, em Pont-Audemer, Normandia, França. A sua carreira começou num inesperado agosto de 1993, quando ela tinha apenas 15 anos e brincava na praia San Ambrogio, na Córsega, ilha natal de seu pai, também designada como a “ilha da beleza”. Foi sempre aqui que ela passou as férias durante a sua infância. Nessa memorável tarde de verão, brincava com os seus dois irmãos, Marie-Ange, mais nova, e Jean Baptiste, mais velho. Talvez o fotógrafo Fréderic Creceaux, também de férias, a tenha visto como a Vênus de Boticelli, saindo da espuma oceânica. A verdade é que reparou logo nesta adolescente e indicou-a ao amigo da agência Madison de Paris, o qual também se encontrava presente para fazer um teste. Os dois homens falaram com o pai de Laetitia e acabaram por vencer a sua desconfiança. Dominique levou a filha para ser fotografada em Paris, desde que, modas à parte, os estudos prosseguissem e, dois meses mais tarde, Laetitia era capa de revista.  
Desfilou e fotografou para a Givenchy, Victoria’s Secret (uma marca famosa de lingerie), Kenzo, Chanel, Ralph Lauren, Pantene, L’Oréal, Sports Illustrated (em biquini, claro!), Yves Saint Laurent, Guess (a convite do próprio Paul Marciano, presidente e diretor criativo, que lançou a carreira dela nos Estados Unidos) e Gautier.  
Na Europa, o que mais se comentava era o favoritismo de Yves St Laurent pela modelo. Considerada uma inspiração pelo grande costureiro, é ela que exibe em público as suas mais arrojadas criações pessoais.  
Outra grande oportunidade na sua carreira foi a aparição no calendário Pirelli – considerado um objeto de culto, já que as belíssimas fotografias são dos melhores profissionais. Mas a sua estonteante imagem não se confina somente a calendários e a catálogos estilistas. Naturalmente, Laetitia já foi capa de revistas em todo o mundo, notadamente da “Elle”, “Cosmopolitan”, “Marie-Clarie” e “Rolling Stone” (uma das capas mais controversas, já que ela aparece nua). Como sucede com muitas modelos, também ela estreou na sétima arte. Deu vida à personagem Falballa, num dos filmes mais caros de sempre do cinema francês, “Astérix contre César”(1999), ao lado de Gérard Depardieu e Roberto Begnini. Depois, foi a heroína de um filme para TV exibido na França “La Biyclette Bleue”, adaptado do romance “best-seller” de Régine Desforges. Mais recentemente, apareceu no controverso musical de Chris Isaak “Baby Did a Bad Bad Thing”, de autoria de Herb Ritts. Em “lingerie” e posições provocantes, Laetitia encarna o próprio pecado...  
Papel de prostituta - Considerada uma das mulheres mais sexys do mundo, Laetitia é faixa marrom em judô. Para ela, o judô ajudou-a imensamente a gerir a sua carreira de modelo. Graças a esse esporte, é controlada, sabe quais são os seus limites, não é agressiva e é mais racional do que emotiva.  
Apesar de ter só 23 anos, o seu patrimônio é considerável. Possui apartamentos em Paris, Nova York e Londres. Aliás, ao mudar-se para a capital inglesa, levantou-se a hipótese de ela estar fugindo dos impostos. O rosto da república fugindo do país? Laetitia negou esses rumores, considerando o seu trabalho como motivo de partida.  
Projetos não lhe faltam. Em janeiro deste ano, começaram as filmagem para “Rue des Plaisirs”, sob a direção de Patrice Leconte, interpretando Laetitia o papel de uma prostituta. Mas, desde maio que as salas de cinema francês exibem o filme de Raoul Ruiz “Les Âmes Fortes”, onde ela desempenha o papel principal, contracenando com Jean-François Balmer, Frédéric Diefenthal e John Malkovich.  
Destino ambíguo - O filme começa em Haute Provence, no ano de 1945, quando um grupo de mulheres evoca o destino ambíguo da mais velha entre elas, Thérese (Laetitia). O passado é onde se centra o drama. Recuamos até 1882 e à localidade de Drôme. Thérèse possui então 22 anos e é casada com Firmin. Entre ela e a madame Numance irá existir um fascínio mútuo, já que ambas possuem almas fortes. Mas Firmin intromete-se nesta relação e perturba o jogo... Enganos e amantes, mortes e mestres, quem ensina e é ensinado, a ilusão das aparências e o esboço de uma vida dupla que nos deixa para sempre na dúvida sobre a verdadeira Thérèse. A propósito da sua personagem, Laetitia comentou que ela lhe agradou de imediato. “Sempre desejei interpretar personagens fortes, que me permitissem abordar territórios inexplorados e exprimir emoções ainda não demonstradas”. O filme esteve na seleção oficial de Cannes 2001.  
De acordo com os últimos rumores, Laetitia Casta pode estar grávida e dar à luz ao seu primeiro filho no próximo outono. Em Cannes, a modelo convertida em atriz apareceu com um bonito quimono e alimentou o boato de que podia estar escondendo uma barriguinha em suspeito crescimento. O frenesi à volta da possível gravidez deve-se ao fato de ainda não ter sido feito nenhum anúncio oficial. A confirmar-se a chegada de um eventual rebento, este seria o primeiro filho dela e do seu companheiro Stéphane Sednaoui, um fotógrafo de moda.  
Grávida ou não, Casta, aquela que encarnará nos próximos dez anos a Marianne, mantém-se fiel ao seu lema: “Se uma oportunidade bater à minha porta, não a deixarei escapar”. Um lema até agora, seguido à risca...  


“No início do ano passado, serviu de modelo ao busto da República Francesa. O novo ícone dos gauleses deve à sua semelhança física com Brigitte Bardot uma vitória estrondosa sobre as não menos bonitas rivais: Estelle Hollyday, Nathalie Simon, Patricia Kaas e Daniela Lumbroso”
“Eu sou anti-mito. Nada me agrada mais do que o anonimato, do que misturar-me no meio da multidão. Adoro a normalidade, não sou o gênero de mulher que gosta de ter os paparazzi colados a si”.

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