Pepe; vinhos e ousadia

domingo, 3 de maio de 2009

Em 2500 a.C., os laços comerciais e culturais entre Egito e Creta passaram a incluir o comércio de vinho. Uma jarra de argila descoberta em Creta e datando de mais ou menos 2200 a.C. contém sementes e cascas. Se forem resíduos de vinho, a bebida guardada naquela jarra provavelmente era importada. É preciso esclarecer, no entanto, que a ilha de Creta já cultivava uvas e produzia vinho...

Pepe; vinhos e ousadia



...Uma prensa para a fabricação de vinho encontrada em Palaikastro data do período micênico (1600 a 1100 a.C.), assim como referências ao vinho existentes em tábulas de argila que descreviam os produtos agrícolas controlados pelos palácios reais na ilha.

 

De Creta, a produção de vinho se espalhou por outras ilhas do mar Egeu. E o que é mais importante: os dirigentes micênicos de Creta podem ter sido responsáveis pela entrada da viticultura e da vinicultura na Grécia continental, embora também seja possível que já se produzisse vinho lá antes. Independentemente de quais tenham sido o mecanismo e o timing exatos, esse foi um momento importante na história do vinho, pois foi quando os gregos aceleraram sua expansão geográfica e social pela parte ocidental do Mediterrâneo e avançaram mais além.

Na Bahia, são poucos os registros sobre o consumo da bebida de Baco. Entretanto, os primeiros goles foram degustados oficialmente pelos membros da esquadra de Cabral. E, é claro, que o mesmo ocorreu com os destacados tripulantes de Vicente Yáñez Pinzón. Em tempos modernos, ninguém melhor para incorporar o espírito desbravador de Pinzón que o seu conterrâneo José Faro Rua. Seu Pepe da Perini.

Quem ao falar em Eno-gastronomia na Bahia pode omitir o nome da Perini e do Pepe? Quando se fala em comer e beber bem, em finas iguarias, em variedade de vinhos e produtos sofisticados, não há quem não cite os famosos cursos da Perini que entre outras coisas, vem fazendo um trabalho didático objetivando democratizar o consumo do vinho na Bahia. Isso sem falar na ousadia do “espanhol” que investe em lojas sofisticadas que nada ficam  a dever, sem exagero,às melhores Delicatessen do planeta.

 Também inestimável, tem sido o apoio dos bons restaurantes que hoje já marcam seus preços dentro de uma realidade que faz aproximar melhor o consumidor final da divina bebida.

Se nos balcões de degustação da Perini você já encontra dos mais simples mortais às mais importantes personalidades do Grand monde, a degustar bons vinhos de acordo com seus gostos e bolsos, outros locais com ambientação apropriada como a “Casa dos Vinhos” (Av. Jorge Amado) está preparada para receber enófilos, iniciados, principiantes... E embarcá-los no fascinante mundo dos vinhos

E assim, passo a passo, os baianos estão enveredando por esse, no bom sentido, caminho sem volta. O caminho do prazer sofisticado do vinho.



 


Autor: Celso Mathias
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Existe 1 comentário para esta publicação
segunda-feira, 4/5/2009 por Bernardo Linhares
Dois poemas para a Periini
Perine B. Linhares Consagrada onde o cupido fez sua morada, solta na língua, presa nos lábios, a Perini é o gosto que tempera a fome da boca que prova a felicidade. O Segundo Beijo Para a Perine Língua na
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