A voz de Euclides calou

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

No início dos anos 60, fomos morar na Rua Oliveira Brito, em uma casa que meu pai alugara de um senhor de nome Abdon. Na casa ao lado, onde ainda reside a Perpetua, morava a família Pinheiro, cujo patriarca, José Lourenço, era sobrinho neto da minha avó materna, Chica Pinheiro. Zé Dílson, na mesma faixa de idade que eu, foi meu grande companheiro de traquinagens da infância. Após quarenta anos mundo afora, há dez, voltei a viver em Euclides da Cunha, onde encontrei meu amigo Zé Dílson atuando no mesmo ramo que eu, fazendo a crônica diária da cidade e com enorme identidade comigo. Para ele que nos deixou ontem escrevi em 14 de março de 2009, o texto que agora reproduzo com imensa tristeza:A voz de Euclides

A voz de Euclides calou

A voz de Euclides

Quem sai aos seus não degenera. É verdade! Quem da mais nova geração de euclidenses observa a agilidade de repórter fotográfico e lê os textos de Zé Dílson Pinheiro no  http://www.euclidesdacunha.com/, não imagina a origem desse batalhador. Zé Dílson é filho de José Lourenço Pinheiro. Um artista!


Além de fundador, maestro e instrumentista da Filarmônica de Euclides da Cunha, inaugurada e operada em tempos em que o bom gosto musical e a comunidade caminhavam pari passo, Zé Lourenço era também um refinado artesão da madeira. Foi o mais solicitado marceneiro do “Cumbe”. O filho Zé Dílson naturalmente saiu a ele. Primeiro foi crooner na orquestra do saudoso Edmundo, depois locutor no serviço de alto-falantes, posteriormente nas emissoras de rádio onde emprestava o seu vozeirão e o talento jornalístico inato para fazer o noticiário da cidade que sequer imaginava um dia o surgimento da mídia via net.

E a net está conectando o mundo e mostrando que buchada de bode pode conviver com caviar sem um desmerecer ao outro. E olha o Zé Dílson embarcado aí, contando histórias de feiras, de festas, de policia, de política, de sociedade com a rapidez a eficiência e a objetividade de quem sabe fazer jornalismo de verdade. Formado na escola da vida, Zé Dílson é gente que faz. Namasté!


Autor: Celso Mathias
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Existe 5 comentários para esta publicação
segunda-feira, 27/4/2009 por Neuza santana
Muito carisma
Parabens por todo este trabalho de jornalismo que vem desenvolvendo ao longo dos anos.Nunca é tarde pra ser reconhecido.Bj a cocada é historica.
terça-feira, 24/3/2009 por JOSIAS MOTTA
A VOZ DE EUCLIDES
Realmente, o Zé Dilson sabe escrever. Se não necessitasse submeter-se aos interesses politicos locais, prestaria um grande serviço a Euclides da Cunha.
terça-feira, 24/3/2009 por Maria da Glória Macedo
A voz de Euclides da Cunha
Quantas Saudades desta maravilhosa cidade, das pessoas que convivi em toda minha infância e adolescência e dos doces de dona Edith. Fico muito feliz em saber do sucesso de todos os meus conterrâneos, especialmente, a vc, os meus parabéns.
domingo, 22/3/2009 por Marizete Silva do Nascimento
A voz de Euclides
Qyue saudade, estou afastada de Euclides pelas circunstancias da vida na capital, mas sinto saudade de meus amigos de adolescencia. Gosto muito do Zé Dilson, sinto saudade do mingau de milho de D.Edite. fico feliz em saber que ele é "O COMUNICADOR"
domingo, 22/3/2009 por Zé Dilson Pinheiro
Celso Amorim, um velho e bom amigo!
Celsão, fiquei feliz com a rápida retribuição e referências feitas pelo ilustre amigo. Fiquei emocionado com a lembraça do Sr. José Lourenço, do seu papai Jaiminho e da maravilhosa mamãe Mariá, de dona Edith, dos bons tempos de criança e juventude.
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