Da venda no varejo ao comércio de bois, foi um pulo. Utilizando uma matemática muito simples: comprava o produto nos mercados onde o preço estava barato e saia em busca dos mercados onde o preço estava em alta e ali, realizava os seus negócios com um bom lucro, mas sempre vendendo um preço um pouco mais baixo do que os da concorrência.
O pai, Manoel Guerra, a mãe, D. Marizete, carinhosamente chamada de Zetinha e os quatro irmãos, formavam um núcleo família muito unido, o que contribuiu para o bom desempenho da família em toda as suas atividades.
O homem de aguçado tino comercial, raciocínio rápido e bem preparado para encarar os negócios, demonstra uma certa dificuldade para falar de si mesmo e não é por timidez. A conversa flui com naturalidade em todos os temas, mas talvez um certo recato o impeça de contar a suas vitórias. Alane, entretanto, não tem qualquer dificuldade em falar sobre o que admira no marido: “ele é família e amigos em primeiro lugar. Ele adora crianças e tem dezenas de afilhados. É a pessoa mais honesta que já conheci. Meu irmão me apresentou a ele, quando eu tinha apenas 15 anos. Logo nas primeiras conversas, o ouvi falar em honestidade e lealdade, parceria, respeito à família e aos amigos”, emociona-se!
Pai de cinco filhos, três de um relacionamento anterior, a filha mais velha com 32 anos e o caçula, com apenas um ano, Marinaldo mantém com todos, estreito relacionamento. Ao ser perguntado sobre sua maior emoção, confessa que é sempre o nascimento do filho mais recente. Coisa de quem adora criança.
O menino sempre identificado com as coisas do campo, investiu é claro, nas coisas do campo. Inicialmente com a aquisição da Fazenda Jiboia a 10km do Centro de Euclides da Cunha e lá criou o Parque Guerra, um complexo para exposição e vaquejadas, onde já foram realizados grandes eventos e já é uma marca do município. E, a exemplo do saudoso Tião Maia, ícone mundial da pecuária, Marinaldo começa a dar passos mais largos, ao adquirir no Oeste da Bahia, em Serra Dourada, a 800Km da sua base, uma enorme propriedade destinada à pecuária.
Instado a ingressar na vida pública, Marinaldo aceitou compor, na chapa da candidata Fátima Nunes, o cargo de vice-prefeito, objetivando, fazer mais para o homem do campo, área que ele conhece como ninguém. “Se eleito, vou dedicar a maior parte do meu tempo a trabalhar para devolver ao povo de Euclides da Cunha, o que esse povo deu a minha família e a mim. Se conseguir, de fato, fazer isso, posso até dar continuidade a essa carreira. Se não, no final dos quatro anos, volto a me dedicar inteiramente aos meus negócios.