As melhores barricas

quarta-feira, 11 de março de 2009

O carvalho francês é o mais valorizado, mas outros países da Europa também estão fornecendo carvalho para os fabricantes das barricas, já que o consumo é muito grande.

As melhores barricas




Temos também o carvalho americano que, apesar de ser muito utilizado, não é considerado tão "fino" quanto o europeu. O ideal para a fabricação é que o carvalho, serrado em tábuas, seque naturalmente de 18 a 24 meses ao ar livre.

Depois de montada a barrica, ela recebe uma queima interna que agrega características particulares. O grau de torrefação é definido pelo enólogo no momento que ele encomenda a barrica ao fabricante. Uma barrica mais torrada confere um toque defumado mais notável ao vinho.

Além do toque da madeira, meio doce e com baunilha, ela também acelera o envelhecimento. Isso ocorre devido à porosidade da madeira, que deixa passar um pouco de oxigênio.

A clarificação e estabilização são mais lentas e naturais, resultando-se mais eficientes. Como o custo de uma barrica nova é muito alto (cerca de 700 euros), algumas vinícolas utilizam truques para tentar absorver as qualidades do carvalho: alguns utilizam tábuas de carvalho dentro das cubas com o vinho; outras colocam cavacos da madeira para tentar transmitir o gosto ao vinho.

Na Europa esses recursos são proibidos, mas são muito utilizados em outros países em todo o mundo. Entre os vinhos brancos a uva chardonnay é a que possui mais afinidade com o carvalho, resultando em grandes vinhos. Seus aromas não são muito intensos e melhoram muito com esse contato.

Geralmente os vinhos tintos e brancos são vinificados em grandes tanques e depois são colocados nas barricas. Os tintos e alguns brancos passam por duas fermentações. Na primeira, o açúcar do mosto é transformada em álcool pela ação dos fermentos. Na segunda, chamada de maloláctica, o ácido málico é transformado em láctico.

Com o objetivo de obter vinhos mais macios e concentrados, já existem vinícolas realizando a fermentação maloláctica em barricas de carvalho novas. Resultam nos chamados "vinhos de boutique".

A maioria das vinícolas chilenas utiliza barricas 100% novas ou de primeiro uso, como costumam ser chamadas, para envelhecimento de seu vinho premium. Após esse uso são reaproveitadas para seu segundo vinho ou para os vinhos chamados Gran Reserva.

Algumas, no entanto, por concentrarem-se na produção de um único vinho ou após terem utilizado as barricas pela segunda vez as colocam à venda. Devido à sua alta qualidade e custo, sempre é possível encontrar compradores.

No Chile, o uso de carvalho não está limitado por uma legislação como no Velho Mundo/Espanha. Utilizam-se geralmente barricas novas francesas, Neverd, Transaud, Nadalie para os vinhos Premium, Gran Reserva e de primeiro ano para os Reserva, o custo é de 700 euros.


Autor: Celso Mathias
Publicação vista 1851 vezes


Existe 0 comentário para esta publicação
Enviar comentário


Confira na mesma editoria:
10 Dicas para beber como um monge
10 Dicas para beber como um monge
O charme do Rosé
O charme do Rosé
Copyright 2014 ® Todos os Direitos Reservados.