Conexão euclidense

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Fui longe para tentar mostrar ao leitor o que ocorre no município de Euclides da Cunha na disputa pela Presidência da Câmara de Vereadores. Hoje pela manhã, por exemplo, haviam três candidaturas definidas. A de Hilton Durão, que concorre à reeleição para um terceiro mandato(quase um Hugo Chaves), a de Romilda Costa e a de Zefinha Bastos, neófita, todos do grupo da Prefeita eleita Fátima Nunes e de seu marido e articulador político, deputado José Nunes.

Conexão euclidense

Política é como nuvem, muda de formato todas as vezes que você a olha", frase que alguns atribuem à mineirice de Magalhães Pinto, outros, à de Tancredo Neves.

Fui longe para tentar mostrar ao leitor o que ocorre no município de Euclides da Cunha na disputa pela Presidência da Câmara de Vereadores. Hoje pela manhã, por exemplo, haviam três candidaturas definidas. A de Hilton Durão, que concorre à reeleição para um terceiro mandato(quase um Hugo Chaves), a de Romilda Costa e a de Zefinha Bastos, neófita, todos do grupo da Prefeita eleita Fátima Nunes e de seu marido e articulador político, deputado José Nunes.

No final da tarde, surge no horizonte uma dissidência fenomenal. Forma uma 4ª chapa, um grupo de novos encabeçado pelo vereador eleito Breno Silva do DEM e Alírio Pereira do PRB, crias dos Nunes e Luciano Santos, do PMDB, cria do Vereador Zé de Fulgêncio, que, parece apoiar a vereadora eleita Zefinha Bastos. Completa o quarteto o vereador Claudio Lima do PCdoB,independente.

Em artigo publicado em 03 de dezembro na nossa coluna Papos&política, o articulista questiona O que a comunidade pergunta, é porque tamanha disputa por um cargo que na maioria das instituições, congêneres, sejam municipais, estaduais ou federais, a disputa é sempre margeada pelo bom senso e finalmente pelo consenso? Que grandes interesses além da natural vaidade humana, estariam por trás de tão acirrada disputa?

Já é possível colocar uma luz sobre essa disputa. O grande interesse vem em parte das mordomias que o cargo proporciona. Um orçamento superavitário de R$150, 000,00/mês num município pobre, transforma o administrador (a) de tais recursos, em uma das mais poderosas pessoas do município. Além disso, um acréscimo de 50% no salário do Presidente faz com que muitos olhos fiquem arregalados. Mais ainda quando enxergam o séquito ao qual o “Presidente” tem direito. Além dos olhos arregalados, cai o queixo quando é apresentado ao candidato a L-200 modelo 2009,igualzinha a essa da foto,inclusive a cor, recente mente adquirida pelo presidente Durão para servir ao seu gabinete.




Como no orçamento da CMEC há uma sobra de cerca de 30%, que não sendo utilizado deveria voltar ao executivo no qual Durão não deposita grande confiança no quesito, “melhor aplicação de recursos”, resolveu aplicar ele mesmo na reforma dos gabinetes dos vereadores, modernização do plenário, aquisição de moveis funcionais e aproveitou para dar uma pequena “garibada” no seu gabinete. Ficou de dar água na boca daqueles executivos da indústria automobilística americana, que foram de jatinho a Washington estender a cuia em busca de recursos para o seu falido parque industrial... e a despertar mais ainda a cobiça pelo cargo.

Bem, identificados alguns dos atrativos para a acirrada disputa, vamos tratar agora do “Xadrez” para adultos que começou a ser jogado pelos candidatos.

O deputado José Nunes, pela inexperiência da mulher, eleita prefeita e por ser o natural coordenador político dela, se diz emparedado dentro do seu próprio grupo e a única coisa que afirma abertamente, é que o vereador correligionário que lhe trouxer três votos, ele entra em campo para arranjar mais dois. Diz isso e se cerca de muita prudência e caldo de galinha.

Na seqüência, pergunta-se aos jogadores, é se os componentes da 4ª chapa dissidentes de Zé do Fulgêncio e José Nunes vão mesmo peitar os seus “criadores” e manter as candidaturas? Ou seria um balão de ensaio para confundir os novatos ,principalmente o independente Claudio Lima?



E o Zé do Fulgêncio, seu grupo e o seu poder de fogo, para onde estariam direcionados?Seria para Zefinha Bastos?Se o for, preparem-se todos para ouvir um novo samba do crioulo doido cantado pelo link entre a prefeita eleita e a derrotada. Claro, a campanha de Zefinha foi toda em cima dos programas da candidata Fátima Nunes. Como seria a relação dos grupos sendo Zefinha ungida por Zé de Fulgêncio?




Enquanto isso, com quatro anos de mandato na oposição e sempre ligada a Fátima e a José Nunes, a vereadora Romilda Costa que teria sido a primeira predileção da prefeita, caminha na surdina esperando um movimento no tabuleiro que a deixe próxima a um empate. Se empatar ela ganha!A campanha contra ela é forte: A vereadora seria massa de manobra dos Nunes. Ela nega e reafirma o trabalho voltado para educação, saúde e a amenização do sofrimento das comunidades desfavorecidas. Proposta aliás,afinada com as do vereador Claudio Lima, um dos votos  mais disputados nessa eleição.

Esse Xadrez pode dar qualquer resultado,tanto Cheque Mate como empate.É Esperar para ver!  


Autor: Celso Mathias
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Existe 1 comentário para esta publicação
sábado, 3/1/2009 por José Batista de Macedo (Zezito)
meu título é do Rio de janeiro
Celso, Parabenizo-o por sua revista! Grato ao "Mundinho doido". De um lado, pobreza, embora aparente crescimento. Lamentavelmente, desordenado! Seu trabalho é uma demonstração de boa mudança. Continue denunciando os maus políticos.
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