Entre a cruz e a carochinha, entre o malho e a bigorna,
entre a cruz e a caldeirinha, se ficar o bicho pega, se correr o bicho come,
entre a cruz e a espada... São ditos populares com origem histórica e todos envolvem o bem e o mal o
céu , o inferno e a inquisição.Todos se aplicam ao momento que vivem a prefeita eleita
Fátima Nunes e seu marido, o deputado José Nunes.
Líder de um grupo de seis vereadores, Alguns de
primeira viagem, outros, veteranos do legislativo Euclidense, Nunes recebeu
deles, o comunicado de que são todos eles, candidatos à presidência da Câmara.
Do vereador Durão, por exemplo, seu companheiro de outras
batalhas, atual Presidente já no segundo mandato e candidato a um terceiro,
teria recebido um dramático ultimato; ”Ou me apóia ou vais ter em mim um cruel
adversário”. Alguns são menos incisivos. “Se não me apoiar, perde o amigo”.
Outros mais brandos; ”Não admito que o amigo peça votos para qualquer dos
outros candidatos. Seja neutro”
Habilidoso estrategista, Nunes que estrutura o futuro governo
da mulher,Fátima Nunes, já foi prefeito da cidade e ajudou a eleger todos os seus sucessores
com exceção da atual Prefeita, garante que a sua mais difícil tarefa durante
toda sua experiência política foi equacionar e acomodar os interesses na hora
de se escolher o Presidente da Câmara Municipal de Euclides da Cunha.
O que a comunidade pergunta, é porque tamanha disputa
por um cargo que na maioria das instituições, congêneres, sejam municipais,
estaduais ou federais, a disputa é sempre margeada pelo bom senso e finalmente
pelo consenso?Que grandes interesses além da natural vaidade humana, estariam
por trás de tão acirrada disputa?
Como em Euclides da Cunha, na oposição, pelo que se
sabe, todos os vereadores são também candidatos, temos 100% do legislativo
candidatando-se à presidência da casa. Já pensou se isso ocorresse, por
exemplo, no Congresso Nacional?
Do seu camarote, munido de muita cautela e caldo de
galinha, o deputado garante que a única coisa na qual pretende se meter é no
apoio ao governo de Fátima Nunes(foto) para que ela faça uma excelente administração e que
se um ou outro vereador for para oposição por não ter conseguido eleger-se
Presidente da CMEC, que o povo julgue a ambos. “Afinal, só há vaga para um. Os
outro nove, terão fatalmente de entender isso”. Arremata.
Ocorre que se as dez candidatura forem mantidas, o tão
disputado cargo já tem dono; a vereadora Romilda Costa(foto), detentora de
experientes 63 aninhos. É que a legislação garante, no caso de empate, a
vitória a quem tiver mais velinhas apagadas. Ela, além das velinhas, tem fama
de ser uma parlamentar eficiente e comprometida com movimentos sociais.