O novo 911 foi modificado nos pára-choques dianteiro e traseiro, o primeiro com novas entradas de ar e piscas com LED, à semelhança do que já acontecia com a versão Turbo, enquanto na traseira surgem novos grupos óticos, igualmente com LED e um recorte diferente. No interior, as modificações limitam-se a um novo volante e novo console central, capaz de alojar um monitor táctil que serve para comandar os equipamentos de som e navegação.
As alterações mais importantes estão longe dos olhares. Referimo-nos ao motor e à caixa, com o primeiro a recorrer à injeção direta de gasolina para incrementar a potência e o binário, enquanto ao nível da caixa desaparece a antiga e pouco desportiva Tiptronic e surge uma PDK de sete velocidades e dupla embreagem, muito mais rápida em programa Sport e substancialmente mais suave e progressiva em regime automático.
O renovado esportivo atinge os 289 km/h na versão menos possante (Carrera, de 345 CV), para depois aflorar os 302 km/h na versão mais potente (Carrera S, de 385 CV), o que é um valor impressionante e o coloca no restrito clube dos carros que superam 300 km/h, lista onde é de longe o mais acessível. Curiosamente, as versões com PDK perdem 2 km/h em velocidade máxima.
Novidade-A novidade mais importante é a inclusão da injeção direta nos novos motores da Porsche, mas as unidades boxer com 3,6 litros, no Carrera, e 3,8 litros, no Carrera S, são integralmente novas, não tendo uma única peça em comum com a versão anterior, apesar de manterem os seis cilindros opostos. Com menos 40% de peças e menos 7% de massas móveis, o novo motor começa por ter a distribuição de ambas as bancadas de cilindros do mesmo lado, para depois ser 30 milímetros mais compacto, o que permite baixar o centro de gravidade. Uma nova bomba de óleo permite ganhar 3 CV e poupar cerca de 2% no consumo e todo o motor é cerca de 5 quilos mais leve, apesar de ser mais sofisticado.
A injeção direta assegura que o motor apenas comprime ar, uma vez que a gasolina é injetada mais tarde e diretamente na câmara, o que permite taxas de compressão mais elevadas (12,5: 1 em vez de 11,3, no Carrera, ou 11,8, no Carrera S).
Como a mistura fica mais homogênea e a unidade usufrui ainda de sistemas de admissão e escape com maior débito, para além de cumprir as normas Euro 5 sem recorrer à recirculação de gases de escape, a potência sobe 20 CV no Carrera, que atinge agora 345 CV, e 30 CV no Carrera S, cuja potência se fixa nos 385 CV. Mas apesar do incremento da potência, o consumo das novas unidades é inferior.
O curioso é que a nova PDK, que pode trabalhar em programa automático e, por isso, substitui a Tiptronic, pode igualmente funcionar em programa Sport, permitindo ao 911 tornar-se ainda mais esportivo, sobretudo se estiver equipado com o sistema Launch Control.
Dotada de sete velocidades, a PDK assume uma sétima mais comprida do que
o habitual, visando reduzir o ruído e, sobretudo, o consumo.
Assim, o 911 consome menos 0,5 e 0,4 l/100 km, respectivamente, na versão Carrera (motor 3.6) e Carrera S (3.8), o que, aliás, não tem a mínima importância para os privilegiados que podem adquiri-lo