... como uma das
grandes obras de arte do século. Malcolm Sayer, que o desenhou, pode não ser
tão famoso como Dali ou Matisse, mas transformou as estradas em cenários
privilegiados da euforia na vida moderna.
Agora, 46 anos desde o protótipo que inaugurou o E-Type, um novo modelo
recria-lhe o esplendor, torna-o mais compacto do que nunca (4.115 milímetros de
comprimento; 1.090 mm de altura; 1.732 mm de largura) e acelera-o em êxtase até
ao próximo milênio. Não se julgue, no entanto que o F-Type é um pastiche. “A
herança é inspiradora, nada mais”, assegura Ian Callum, o diretor de design que
o concebeu. E ele deve saber do que fala. Com efeito, Callum continuou o
trabalho iniciado por Geoff Lawson, que morreu em 1999, antes de concluir a
última onda de carros esportivos evocando o seminal E-Type. Aliado de elegância
e do sentido prático, o F-Type marca o forte regresso da Jaguar à excitação dos
modelos esportivos. O desejo dos seus construtores não é confiá-lo apenas a
algumas dezenas de privilegiados, mas sim encher as estradas, nos quatros
cantos do mundo, de entendidos em obras-primas. É que a velocidade não é só uma
proeza automobilística. Destina-se também aos apreciadores das maravilhas deste
mundo