Num recente estudo, efetuado por psicólogos da Universidade de St. Andrews, na
Escócia, no qual um grupo de voluntários elegeu, entre outras coisas, o tipo
físico que o atraía mais, a conclusão não deixa de ser curiosa. Todos nós
procuramos alguém o mais parecido possível conosco
Estética e prestígio-O atrativo da tatuagem, a força física extraordinária ou a brancura dos dentes. As tatuagens, atualmente em moda na nossa sociedade, eram para os Maori uma espécie de maquiagem heráldica, conhecida com o nome de Moko, que definia a sua função e a hierarquia social, a família a que pertenciam e o estado civil. Com a chegada dos europeus à Nova Zelândia, esta dolorosa arte sagrada converteu-se em símbolo de orgulho de um povo. No Japão, por exemplo, é um orgulho pertencer à elite dos lutadores de sumô. Venerados pela sociedade, estes homens dão uma enorme importância ao seu aspecto físico (a gordura é mesmo (formosura), dando especial atenção ao penteado típico. Para os homens da tribo borobo, na Nigéria, o ritual para atrair o sexo oposto consiste em ostentar uns dentes perfeitos e um branco dos olhos imaculado.
Aos olhos do público- A
psiquiatra norte-americana Nancy Etcoff defende na sua obra ‘A Sobrevivência do
Mais Belo’ que as pessoas mais atraentes têm vantagens em relação às menos
bonitas. Conseguem mais facilmente a confiança dos outros, possuem maior poder
de persuasão e inspiram bondade. Além disso, acrescenta que existem certos
traços físicos, como um nariz pequeno, olhos grandes e caras redondas, que
todos identificamos como belos, porque os associamos ao aspecto de um bebê.
Como se não bastasse, defende que a beleza física transmite, na realidade, uma
promessa de fertilidade e de uma descendência forte e sã. Talvez assim se
explique o êxito dos concursos de beleza, a existência de divas do cinema, as
rígidas normas estéticas do vestuário ou da maquiagem...