O feito será ainda mais notável se se considerar que o suíço Roger Federer ocupa
o topo do ranking mundial ATP desde 2 de Fevereiro de 2004. São 235 semanas consecutivas como número 1 para
aquele que é considerado por muitos como o melhor jogador de ténis de todos os
tempos. Rafael Nadal chegou a número 2 do mundo em Julho de 2005, e a luta para
destronar Roger Federer parece estar perto de terminar.
Com apenas 22 anos, Rafael Nadal será o terceiro
espanhol a alcançar o topo do ranking ATP, depois de Carlos Moya (1999) e Juan
Carlos Ferrero (2003).
Como chegar a número 1-Se Nadal conquistar o Masters Series de Cincinatti, este domingo, no dia
seguinte será coroado número 1 do mundo. Contudo, caso o espanhol caia hoje nas
quartas-de-final, frente a Nicolás Lapentti, ou nas meias-finais, terá de
esperar até dia 18 de Agosto para alcançar o topo. Se atingir a final em
Cincinatti e sair derrotado, será número 1 em 11 de Agosto.
Neste momento, dificilmente Federer poderá segurar o primeiro lugar durante
muito tempo. Há apenas uma vaga possibilidade de Nadal continuar atrás do
tenista suíço após o dia 18 de Agosto: se perder nas quartas-de-final em
Cincinatti, e Federer conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de
Pequim sem que Nadal atinja, no mínimo, a terceira rodada.
A queda de Federer -Desde que chegou ao primeiro lugar no ranking
mundial, esta ameaça ser a pior temporada de Roger Federer. O tenista suíço,
que completa 27 anos em 8 de Agosto, apenas ganhou no Estoril Open, em Lisboa,
e em Halle. Perdeu as finais em Wimbledon e Roland Garros, os torneios
"históricos" de gramado e terra batida, respectivamente. E sempre
contra o mesmo adversário: Rafael Nadal.
Uma das explicações para a queda de forma de Federer pode ser a mononucleose
que sofreu no início do ano. O suíço parte para os Jogos Olímpicos sem ter
conquistado qualquer Masters Series em 2008.
Além disso, tem somado derrotas em fases iniciais de torneios, algo impensável
há pouco tempo atrás. A semana passada foi eliminado na primeira rodada, em
Toronto. Desta vez, em Cincinatti, esteve perto de cair no primeiro jogo, mas
acabou por ser derrotado na segunda eliminatória.
Tudo isto somado à perda do trono na grama em Wimbledon, numa final épica, há
pouco mais de três semanas, Federer estará também, psicologicamente, vivendo a
pior fase da carreira.