Em Euclides da Cunha, município com cerca de 70 mil habitantes,
o serviço municipal de trânsito foi implantado em 2015. No segundo semestre de
2016, em função das eleições, interesses políticos fizeram com que os agentes,
digamos, aliviassem a mão no registro das infrações de trânsito. E aí, as coisas
começaram a degringolar.
Nos cinco primeiros meses da atual administração, os agentes foram literalmente retirados das ruas e hoje, vem a explicação a través de Edson Almeida, especialista na implantação de municipalização de transito em diversas cidades da Bahia. – “Estou aqui contratado pelo prefeito Luciano Pinheiro, desde janeiro quando vim estudar a situação do trânsito local. Como estavam vencidos a partir de dezembro, os convênios com o Detran e com o software que gerencia as multas, fatos que por si só inviabilizavam a atuação dos agentes de trânsito e também porquê o prefeito não queria que os agentes voltassem às ruas sem a implantação da JARI - Juntas Administrativas de Recursos de Infrações-, o que possibilitará às pessoas que forem apenadas recorram, elegemos os membros e a partir da próxima segunda-feira, dia 05 de junho, a JARI estará funcionando plenamente. Nos últimos cinco meses, estudamos detalhadamente a situação de Euclides da Cunha, preparamos o efetivo de agentes de trânsito, adquirimos veículos apropriados para a o trabalho de fiscalização, montamos sede em condições de abrigar as atividades do setor, providenciamos fardamento adequado, tabletes para o exercício da fiscalização e, principalmente, treinamos o pessoal para atuar com eficiência defendendo os interesses comunidade”, - arrematou o profissional.
Para apoiar todo esse trabalho, assumiu a DTTEC Diretoria de trânsito e transportes de Euclides da Cunha, Agnaldo Teles, cidadão conhecedor dos problemas de trânsito e transportes do município.
Muitos motoristas e pedestres não seguem as leis, o que pode provocar a ocorrência de vários acidentes de trânsito. Os dados estatísticos mostram índices preocupantes. Para as pessoas se conscientizarem desse perigo, o Brasil sempre elabora campanhas para a educação no trânsito, que chamam a atenção para a necessidade de respeitar a faixa de pedestres, usar cinto de segurança, não dirigir alcoolizado, utilizar cadeirinha para crianças no carro, etc. A educação no trânsito não se limita apenas a ensinar regras de circulação, mas também deve contribuir para formar cidadãos responsáveis, autônomos, comprometidos com a preservação da vida.
No cotidiano, o cidadão assume diversos papéis, em diferentes momentos: pedestre, passageiro, condutor. Devemos agir cooperativamente em cada uma destas situações. Uma atenção a mais ou gentileza podem desarmar a irritação do outro.
Novo fardamento para os agentes municipais de trânsito
O exemplo da Prefeitura de Euclides da Cunha vai mostrar em breve, que o investimento em educação, civilização da população para enfrentar os problemas do trânsito no dia-a-dia, é um investimento com retorno garantido. Tanto que, na reimplantação do sistema de trânsito, o exemplo está nascendo em casa, com o treinamento de todo efetivo de motoristas da prefeitura, sejam eles funcionários públicos ou terceirizados, condicionando-os a conhecer e respeitar, além das leis do trânsito, a condução pacifica e civilizada.
As prefeituras tornam-se responsáveis pelo planejamento, projeto, operação, fiscalização e educação de trânsito, não apenas no perímetro urbano, mas também nas estradas municipais. Assumem as questões relacionadas ao pedestre, à circulação, ao estacionamento, à parada de veículos e à implantação da sinalização, atendendo de forma direta as necessidades da comunidade. Por menor que seja a cidade, deve ser feito tratamento especial para a circulação segura dos pedestres, ciclistas ou carroças. O trânsito não é feito só de automóveis ou caminhões.
Cidades pequenas de 10 mil a 100 mil habitantes precisam começar a repensar no seu modo estratégico de se expandir, não podem continuar crescendo de forma desordenada sem a preocupação com o amanhã.
Pois, a partir de segunda-feira, dia 05, os administradores do trânsito local começam uma nova era, primeiro orientando, conversando, ouvindo sugestões, rearrumando os semáforos, refazendo a sinalização com equipamentos modernos que prometem maior visibilidade e durabilidade na sinalização, implantando políticas educacionais de respeito ao trânsito e cidadania, recorrendo a participação de atores, palestrantes e de pessoas da comunidade interessadas na melhora e na convivência harmônica entre motoristas, motoqueiros, ciclistas e pedestres.
Espera-se, portanto, um novo tempo. Para isso, é fundamental a colaboração da comunidade. Afinal, todo lucro decorrente das mudanças, será revertido exatamente, em benefício dela!
Nova sinalização será feita com tinta
e equipamento especial para execução desse serviço