1. Encher demais a taça.
Não é porque algumas taças são grandes e comportam bastante líquido que devemos
colocar toda a garrafa de vinho dentro delas. A taça fica pesada, a aparência
fica ruim e torna difícil apreciar o vinho. Sirva a quantidade certa da bebida,
o que permitirá girar a taça com tranquilidade para degustar o vinho com mais
prazer e qualidade.
2. Segurar a taça pelo bojo.
Segure sua taça sempre pela haste, e não pelo bojo (ou fundo). A taça de vinho
tem uma longa haste por essa razão. Quando você segura a taça de vinho pelo
bojo (fundo), o calor de sua mão aquece o vinho, prejudicando a temperatura
correta de serviço.
Cada bebida tem um jeito correto para segurar a taça
3. Comprar um vinho apenas por conta do
rótulo.
Regra simples: não julgue o livro pela capa. Em outras palavras, não compre
vinho pelo seu rótulo. Às vezes, rótulos simples (e até pouco atrativos) estampam garrafas de vinhos maravilhosos; outras vezes, um rótulo lindo orna um
vinho pouco interessante.
4. Tomar sempre o mesmo vinho.
Não se deve ficar preso a apenas um tipo de vinho, ou a variedades específicas,
ou ainda a somente algumas regiões. Há uma infinidade de vinhos, decorrente de
milhares de diferentes regiões e castas. Boa parte do prazer que o vinho
proporciona advém de suas infinitas possibilidades. Sempre há algo novo e interessante
a explorar e desfrutar.
Entregue-se à diversidade!
5. Ficar excessivamente preso às regras
clássicas de harmonização.
Existem algumas regras tradicionais para a harmonização entre o vinho e a
comida: vinho tinto com carne vermelha e vinho branco com frutos do mar. Essas
diretrizes são importantes, mas não são regras absolutas. Por isso, não devemos
nos ater sempre a essas regras. Como dito acima, há muita alegria na busca por
novos vinhos, buscando novas ocasiões para apreciar esta bebida fantástica,
especialmente promovendo harmonizações que realçam as qualidades tanto do vinho
como da comida. Portanto, o que mais vale é o seu paladar: se você gosta de
beber tintos potentes com carnes leves, então que assim seja.
6. Beber muito rápido.
Este pecado todos nós cometemos. Por ser tão bom, às vezes nos esquecemos de
dar ao vinho o tempo que ele necessita para crescer, seja na garrafa, seja na
taça. Além disso, às vezes não dedicamos ao vinho o estudo que ele merece. Qual
é o produtor? De onde é? O que está acontecendo com esta variedade de uva? O
que eu gosto e o que eu não gosto neste vinho? O que eu estou degustando? Estas
perguntas podem nos ajudar a aprender mais sobre o vinho, aproveitar mais a
longo prazo e aprimorar nossos conhecimentos. Diminua a velocidade e aprenda
mais sobre o vinho: não beba rápido demais.
7. Analisar o vinho no primeiro gole.
O primeiro pequeno gole de vinho que o sommelier (ou o garçom, ou você mesmo)
coloca na sua taça, antes de servir o resto da mesa, serve para se certificar
de que a bebida está boa; por isso, espera-se que esse procedimento seja
relativamente rápido. Muitas pessoas pensam que esse momento se destina a uma
análise detida e demorada do vinho, uma verdadeira degustação, com comentários
sobre suas qualidades. Porém, não é este o propósito do primeiro gole servido.
O que se pretende é apenas saber se o vinho está adequado (ou seja, se há
alguma falha, como problemas na rolha ou outro defeito manifestamente
perceptível). Uma inalação atenta e um gole rápido são suficientes para tal
propósito. Não sendo notado qualquer defeito evidente, deve-se dar a aprovação
a quem serve o vinho para prosseguir no serviço do restante da mesa. Então,
você poderá degustar o vinho com seus convivas, demorada e profundamente, como
merece um belo vinho.