PARA SERVIR
1- Tirar o papel de embrulho - Respire fundo e retire o invólucro, mas apenas a parte que envolve a rolha. Não tente tirar o papel que está agarrado com as suas unhas. É apenas uma questão de estética.
2- Dedo mágico - É bom que segure sempre a rolha com o polegar enquanto desenrola a gaiola ou musselet. É que o pedaço de cortiça está sob pressão e você não vai querer acabar com o lustre da sala ou ficar cego só porque a rolha saltou antes do tempo.
3- Ângulo certo - Vá buscar um esquadro e incline a garrafa a 45 graus. Agarre a rolha com unhas e dentes e comece a rodar a garrafa, devagarinho.
4- O clímax - Quando sentir a rolha a querer saltar, pare de rodar a garrafa. Não agite, isso só vai fazer com que perca as bolhas. Ao colocar o líquido no copo, incline-o também, para que não faça espuma demais".
5- A dica - Colocar primeiro uma pequena quantidade na taça para gelar o fundo e depois, sirva até o meio
GOLPE DE SAMURAI
Abra a garrafa como os soldados de Napoleão.
Esta prática consiste na utilização de um sabre para remover não só a rolha como o próprio pescoço da garrafa. A técnica é deixar o champanhe descansar e arrefecer durante um mínimo de 24 horas. Depois, segurando a garrafa a 40 centímetros do seu peito aponte uma espada ao pescoço (da garrafa, claro!). Finalmente, aplique um golpe firme e rápido e passe a servir o champanhe. Foi mal? Vá ao supermercado e compre outra!
http://youtu.be/XpsgX-d9eb8
SAIBA A DIFERENÇA ENTRE UM BRUT E UM DEMI-SEC
Importante agora é que você aprenda a distinguir o Brut das outras categorias que pode encontrar numa garrafa de espumante. Mas não se assuste, porque é simples: não passa de uma diferença de adição de açúcar durante o processo de fabricação. Ou seja, o Extra Brut é o mais amargo (porque leva pouco açúcar, claro) e, em seguida, tem o Brut - um dos mais vendidos e menos doces. Daí para frente, vá em busca do ponto de rebuçado: Demic-sec é docinho, o Séc é doce e o Doux, muito doce. Percebeu?
Vamos agora aos topos de linha. Como perceber o que é melhor entre a imensidão das garrafas nas prateleiras? Não sabemos! Ou melhor, é preciso conhecer com rigor as várias marcas no mercado, e conhecer quais as garrafas de melhor qualidade. O nome técnico destes vinhos com bolhas é "Prestige Couvées". Se tiver essa designação sobre uma prateleira de champanhes, já sabe que o que está lá é o top of the tops (Champagne Cristal, em torno de R$3000, dependendo da safra). De resto, o melhor conselho mesmo é ir pelo preço (quanto mais caro, melhor). Vai que se sai bem. Pode ainda optar pelo champanhe rosé, uma variação que, ao contrário do que se possa pensar, não é o mais doce que o espumante tradicional. O que o distingue é que é feito a partir de uvas negras que são pisadas enquanto ainda conservam a película que lhes dá a cor. Pergunta pertinente: quem é que as pisa, ó senhores que produzem champanhe?
SERVIR UM ESPUMANTE
Em casa pode guardar a garrafa na geladeira, uma vez que deve ser consumida a seis graus. Não vale a pena salvar o champanhe depois de aberto durante mais de dois dias (já sabe que pode levar os restos do Moët &Chandon para casa na próxima festa que for). Quando levar a garrafa para a mesa, não se esqueça do frappé para mantê-la bem fresca.
Quanto aos copos, esqueça as taças moldadas pelos seios da Pamela Anderson. Não sabe o que são? Tssss! São aquelas taças onde você serve salada de fruta. Portanto, copo certo são as flutes. Só eles permitem apreciar os cordões de bolhas que se formam ao colocar o vinho no copo.
Os mais exigentes podem ainda impressionar com flutes de cristal próprios para champanhe, já que estimulam a formação das tão apreciadas bolhas. Quando servir, não se esqueça de inclinar ligeiramente o copo segurando-o pelo pé ou pela base. Coloque champanhe apenas até a metade do copo (você não está num bar). Dizem os especialistas que não se deve utilizar detergente na lavagem dos copos, mas a não ser que você possa comprar sempre flutes e copos de cristal, o melhor é lavar com pouco detergente e água bem quente.
FALAR BEM O CHAMPANHÊS
Champanhe ou espumante?
É quase a mesma coisa, jovens. Espumante é a bebida, champanhe é a origem. Portanto, sempre que comprar champanhe você estará levando para casa uma garrafa de espumante que vem dessa região do norte da França. Se comprar espumante, é o mesmo, mas não vem do norte da França. O Brasil já produz excelentes espumantes, muitos deles melhores que os melhores Champagnes. Um excelente produto nacional é o Maximo Boschi. Elaborado com 55% de uvas Chardonnay e 45% de uvas Pinot Noir. O grande diferencial é que passa 36 meses em contato com as leveduras, o que lhe confere notas características de pão, torrada e levedura – como as identificadas em bons champanhes disponíveis no mercado. A bebida possui uma cor dourada e intensa perlage. Na boca, boa acidez, corpo médio e frutas tropicais no final.
Renato Savaris, enólogo e sócio proprietário da vinícola Maximo Boschi, explica que a proposta da empresa é elaborar vinhos de qualidade e com condições de evoluir com o tempo. A busca pela excelência está sendo recompensada, pois este ano o Guia Adega de Vinhos do Brasil, produzido pela editora Inner, que também edita a revista Adega, elegeu o Maximo Boschi Speciale um dos três melhores espumantes do ano.
A produção do Maximo Boschi Speciale Extra Brut é limitadíssima, são apenas 900 garrafas. Quem tiver interesse em apreciar a bebida, que custa menos de R$110 deve acessar a página da Maximo Boschi para comprar diretamente da vinícola ou obter informações quanto aos locais de venda do produto. Na Bahia, 71 98877-6122 e 75 99937-0237.
AFRODISÍACO OU NÃO?
Será afrodisíaco para quem tenha um gosto especial pelo luxo. Por isso mesmo os melhores amigos do champanhe são as ostras e o caviar - ou seja, não há nenhuma química entre a bebida e a comida. O mesmo se passa com os morangos - é apenas uma questão de bom gosto. Resumindo, o champanhe é tão afrodisíaco como outra bebida alcóolica qualquer. Claro que imitar a Marilyn Monroe e encher uma banheira com 350 garrafas de champanhe e convidar a Gisele Bündchen, ou melhor ainda, a Emma Watson para um banho de luxo é afrodisíaco para qualquer um.
MAS PORQUE É UMA BEBIDA TÃO CARA?
Por causa do seu modo de produção. O champanhe é produzido a partir de um vinho branco feito especialmente para ser espumantizado. O vinho é colocado dentro de uma garrafa e obrigado a uma segunda fermentação (todos os vinhos, como se sabe, passam por um processo de uma única fermentação). O objetivo desta segunda fermentação, portanto, é obrigar o vinho a produzir gás carbônico. Como? Lançando uns bichinhos (a expressão é técnica, e daí?) que se alimentam do açúcar. Este processo, que é feito dentro da garrafa - fechada - produz as célebres bolhinhas. Vale a pena dizer que nesta fase, a garrafa é fechada e deixada em repouso. A rolha vem depois. O champanhe de maior qualidade chega a ficar em cave durante mais de dez anos. O normal fica repousando cerca de três anos.
BEBIDAS DE FESTA OU POSSO SERVIR AO ALMOÇO?
O champanhe é sempre associado a grandes festas e comemorações. Nestas situações, nem o vinho é de grande qualidade nem as pessoas o apreciam verdadeiramente. O champanhe pode servir perfeitamente como aperitivo e até permite uns amendoins. O meu predileto é o Perrier-Jouët Belle Epoque, o Champagnhe que marcou a minha história!
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