À venda um dos quatro automóveis mais caros do mundo

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Esta é a edição especial Bugatti Veyron Bleu Centenaire, que comemora os 100 anos da marca. Um motor de 8 mil cc e 1001 cv de potência (sim, isso mesmo) fazem desse Bugatti um automóvel do outro mundo. A potência, apesar de digna de um “fórmula 1”, é apenas um pormenor deste veículo que, através da excelência técnica, se pretende obra prima da engenharia. Foram fabricados apenas quatro exemplares. cada um dos quatro foram feitos sob medida e com esquemas de cores individuais. Há um creme e cromo, um azul e cromo, vermelho e cromo e verde-escuro e cromo. O primeiro já se encontra à venda em uma loja de Dubai. O preço só pessoalmente. Habilita-se?

À venda um dos quatro automóveis mais caros do mundo

Afinal o que adianta ter muito músculo se a versatilidade for diminuta – depressa a paixão desaparece e a rotina instalada arruína o desejo e com ele a relação. Com o Bugatti não se fala em rotina, como nenhum homem de barba grisalha e com tudo no lugar se pode dar ao luxo de deixar de surpreender, sob pena do “avião” com quem partilha o leito passar a levantar vôo em pistas inimigas. Pormenores são da máxima importância, repito. Voltando ao carro falamos também de uma questão de raça e de emoção. O grupo Volkswagen, proprietário da Bugatti desde 1998, não esqueceu a responsabilidade que é pegar um mito para fazê-lo regressar à ribalta. 

Haut Warkuss, o responsável por este projeto, criou um modelo inspirado nas tradicionais linhas da marca para, através das vanguardistas estéticas, desbravar caminho que marcou a trajetória dos esportivos da alta performance.

Para começar temos a abrilhantar o Veryon Bleu Centenaire o motor W16 de liga leve, montado à frente do eixo traseiro, resultado da conjugação de duas bancadas de oito cilindros, em V, com quatro válvulas cada um (perfazendo um total de 64 válvulas), tudo isto totalizando a dimensão de apenas 710 mm de comprimento por 771 mm de altura (graças à configuração W conhecida por uma excelente rigidez do propulsor associada a uma elevada eficiência volumétrica).



Os quatro turbo compressores e injeção direta FSI (o combustível é injetado diretamente na câmara de combustão por meio de válvulas eletromagnéticas de acordo com o princípio de injeção estratificada de combustível) conferem-lhe invejável “pujança cavalar”. E é claro que tanta força exija, para “esfriar os ânimos”, dois radiadores de ar sob pressão.

Depois, para que nada falhe, o trabalho do W16 é supervisionado por dois computadores que funcionam de forma independente para cada bloco de cilindros, por sua vez controlados por uma unidade central de controle. Ufa! Uma verdadeira máquina! O resultado (além dos 1001 cv) é um binário máximo de 1250 Nm entre as 2200 e as 5500 rpm. Para tirar partido destas características dá-se também o casamento entre a tração integral e um trabalho sobre a aerodinâmica que visou garantir que o Veyron não perdesse as estribeiras levantando literalmente vôo. Mais: para que não se tornasse um “cabeça-de-vento” e ter sempre os pneus bem grudados na terra, foram escolhidos os impressionantes pneumáticos com 265/30 R20 (à frente) e 335/30 R20 (atrás). Pasmo?

Pois é, muito dificilmente outra marca conseguirá homenagear tão generosamente o seu criador, não obstante este modelo ter igualmente herdado o nome do piloto de corridas Pierre Veyron, vencedor de 24 horas de Le Mans de 1939, que fez do Bugatti um dos carros mais bem-sucedidos em provas automobilísticas. O Veyron 16.4 é um dos automóveis mais caros de todos os tempos.

Como dizia Ettore Bugatti, “nada é demasiado bonito, nada é demasiado caro”. 100 anos depois, o grupo Volkswagen homenageia o criador italiano apadrinhando novo mito: Bugatti Veyron Bleu Centenaire. Um automóvel com 1001 cv de potência.


Autor: Celso Mathias
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