Em 1975, um produtor teve a fermentação do seu vinho interrompida, sem motivo aparente. O nível de açúcar residual era relativamente alto, e apenas uma pequena quantidade de pigmento vermelho tinha sido extraída, a partir da pele da uva. O resultado era um vinho rosa e doce, com sabor de fruta fresca. Ou seja, sem nenhuma relação com os tradicionais tintos Zinfandel.
Mesmo diante desse “problema”, resolveu-se, por bem, retomar o processo de fermentação do vinho e seguir os passos de produção de um vinho branco, já que não era mais possível resgatar a cor planejada.
Para surpresa de muitos, esse vinho cor de rosa tornou-se, rapidamente, uma novidade que caiu nas graças do mercado, sedento por algo diferente.
Outros produtores embarcaram nessa onda, e a Califórnia viu esse estilo de vinho se tornar o 3º colocado de vendas nacionais, atrás apenas do Chardonnay e do Cabernet Sauvignon.
Foram feitas, inclusive, tentativas de reproduzir o processo e o sucesso com outras uvas, como Merlot. Nenhuma superou a experiência da Zinfandel, ou melhor, do White Zinfandel.
A produção do White Zinfandel, inclusive, passou a ser cinco vezes maior, na Califórnia, do que a produção do Zinfandel, tinto tradicional.
Assim, os viticultores esqueceram, felizmente, a ideia de arrancar as vinhas de Zinfandel, tão abundantes e consideradas excessivas, alguns anos antes.
Apesar disso tudo, o White Zinfandel é extremamente criticado por alguns amantes do vinho. Não é, por assim dizer, um vinho levado a sério. Sinceramente, o que vale é o paladar pessoal. Se você experimentar um White Zinfandel, e considerá-lo interessante, e se ele fizer do seu momento um momento mais feliz, é isso que importa.
Para encerrar, não interessa se o vinho é branco, rosé, tinto, ou mesmo rosé com nome de branco. O importante é o paladar e boas companhias para degusta-lo. Viva!