O SENHOR D'ADRAGA

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Entre a cidade de Lisboa e a Serra de Sintra, próximo do Cabo da Roca, onde segundo as palavras do poeta Luis Vaz de Camões “a terra acaba e o mar começa”, situa-se bem acima do mar, o Casal de Santa Maria, a exploração vitivinícola mais ocidental da Europa, assim como a sede da sociedade Adraga, Explorações Vitivinícolas, Lda. O Casal de Santa Maria com a sua espetacular vista sobre o Oceano Atlântico possui as vinhas com a localização mais bonita da Europa.

O SENHOR D'ADRAGA






Até 1906 foram cultivadas vinhas e produzidos vinhos nesta quinta. Em 2006, após 100 anos de intervalo, procedeu-se a reconstrução dos edifícios, onde está instalada a moderna vinícola e a plantação de 7,5 ha de vinhedos.




Esta tradição é mantida o presidente da Fundação e proprietário do investimento, o Barão Bodo Von Bruemmer, que aos 96 anos (completos no ano passado), acompanha de perto cada detalhe do projeto. A escolha deste terroir permitiu o cultivo de castas portuguesas e internacionais cuidadosamente selecionadas e a criação de vinhos brancos e tintos de forma a corresponder às mais altas expectativas.











"Em 2010 iniciamos a comercialização dos nossos primeiros vinhos, com o Senhor d'Adraga branco e tinto."







As origens da Quinta do Passadouro, localizada no Vale do Douro, na margem esquerda do rio Pinhão e a oito quilômetros de distância da vila do Pinhão, remontam ao século 18, constando sua localização no mapa do Douro feito pelo Barão de Forrester. Em 1991, Dieter Bohrmann, de origens alemã e belga, comprou a propriedade. Ele acreditava que com as uvas de alta qualidade do Douro era possível não só produzir Vinho do Porto, mas também vinhos de mesa de ótima qualidade. A sua idéia consistia em reservar alguns dos melhores lotes da produção com o objetivo de criar um vinho tinto de qualidade Premium, como expressão máxima do que o terroir da Quinta do Passadouro é capaz de oferecer.


Para tornar realidade esse sonho, só lhe faltava o enólogo certo. Por isso, convidou Jorge Serôdio Borges, cuja família é originária do Douro e sempre esteve ligada à produção e comercialização do Vinho do Porto, para assumir a responsabilidade total da quinta, sendo seu diretor e enólogo.

O terreno da propriedade é dividido em dois: a Quinta do Passadouro, com 20 hectares de vinhas acrescidos de cinco hectares de oliveiras e a Quinta do Sibio, com 20 hectares de vinhas. São 40 hectares de vinhas enxertados com variedades autóctones da região do Douro, como Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Sousão, Tinta Barroca.

Nos últimos anos um grande investimento foi feito para modernizar as vinhas e dotar a adega de equipamentos modernos capazes de produzir vinhos de mesa de alta qualidade. Os vinhos do Porto ainda são feitos 100% por meio do pisa a pé em lagares de granito. Para o vinho tinto, a mistura é feita em lagares de aço inox.




Independente do processo de vinificação, o objetivo da Quinta do Passadouro é respeitar o seu terroir.











PASSADOURO RESERVA 2007
. Este é o melhor Passadouro Reserva que já provei. Vermelho rubi muito escuro com reflexos violáceos. Muito expressivo nos aromas, lembrado mental, compotas, frutas negras muito maduras, ameixas e amoras, muitas especiarias, doces e picantes, como baunilha, canela, cravo, alcaçuz, pimenta do reino. O paladar é concentrado e equilibrado, com taninos bem vivos, nervosos. Este vinho coloca esta quinta entre as grandes do Douro.


Autor: M. Copello
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