Propriedade típica da antiga nobreza regional é um notável exemplo de
arquitetura senhorial rural, com capela, e está a mais de trezentos anos na posse da família Vaz Guedes da qual Vasco é um dos membros. Nela se encontram
vestígios de presença humana que estão para além dos registros da história
(ruínas pré-romanas).
Com condições excepcionais de solo e exposição solar, está disposta em suaves
encostas debruçadas sobre o Vale do Lima, são mais de 20 hectares de um patrimônio
natural, ecologicamente são e rico em biodiversidade, do qual fazem parte, além
da vinhas, florestas onde se encontram acácias, carvalhos, pinheiros,
eucaliptos, um parque de árvores centenárias de grande porte e pomares de castanheiras.
Economicamente sustentada pela viticultura, sempre foi altamente apreciada pelos comerciantes que percorriam a região em busca de vinhos para as cidades,
chegando a oferecer pelo “Vinho do Casal” o dobro do que normalmente se pagava.
A partir do ano 2000, a
inquietude do arquiteto que freqüentava a Quinta desde criança, começou a
idealizar o projeto de aperfeiçoar o vinho tão bem aceito pela comunidade e
comercializá-lo no mercado internacional.
Um dos
passos de Vasco foi a caminho da Agricultura Biodinâmica, um estágio à frente
da agricultura Orgânica. Na Agricultura Biodinâmica, principalmente vinhos
brancos nobres de primeira classe podem ser produzidos a partir de uvas
cultivadas com esse manejo. É digno de nota que só com este cultivo foi
possível abandonar a moderna tecnologia de produções de vinho, como medição e
controle da acides (com adição de açúcar), controle da fermentação e uso de
leveduras selecionadas etc. e tornou-se possível voltar à verdadeira arte tradicional secular vinícola.
Na
Agricultura Biodinâmica tudo se inicia já no plantio na época certa segundo o
calendário e na escolha das variedades adequadas. Para obter parreiras fortes
se faz uma adubação verde. De tempos em tempos, se procede com uma adubação com
composto de esterco de animais criados na quinta e bagaço da uva. ”Isso é
ciência e arte,afirma Vasco”
A viticultura permaneceu incipiente até aos séculos
XII-XIII, época em que o vinho entrou definitivamente nos hábitos das
populações do Entre-Douro-e-Minho. A própria expansão demográfica e econômica,
a intensificação da mercantilização da agricultura e a crescente circulação de
moeda, fizeram do vinho uma importante e indispensável fonte de rendimento.
Embora a sua exportação fosse ainda muito limitada,
a história revela-nos, no entanto, que foram os “Vinhos Verdes” os primeiros
vinhos portugueses conhecidos nos mercados europeus Inglaterra e Alemanha,
principalmente os da região de Monção e da Ribeira de Lima.
No século XIX, as reformas institucionais, abrindo
caminho a uma maior liberdade comercial, a par da revolução dos transportes e
comunicações, alteram, definitivamente, o quadro da viticultura regional.
A orientação para a qualidade e a regulamentação da
produção e comércio do “Vinho Verde” surgiriam no início do século XX, tendo a
Carta de Lei de 18 de Setembro de 1908 e o Decreto de 1 de Outubro do mesmo
ano, demarcado pela primeira vez a “Região dos Vinhos Verdes”.
“Tão
diversos que se atraem, giram juntos,
quando se
unem e separam em volteios recorrentes.
Do amor entre
o mar e o ar, irrompe a espuma...
Da espuma
surge Afrodite...
Para celebrá-la,
nasce Afros”
E o
Afros nasceu assim, da das viagens do produtor, dos seus amores e desejos. E já
nasceu em várias versões, todas aclamadas pela crítica.
Afros Loureiro e Loureiro Reserva, ambos brancos,
Afros Vihão, um tinto deslumbrante que vem encantando o mundo e ainda dois
espumantes, o Loureiro, branco, e o Tinto, Vinhão um produto altamente sofisticado que vem substituindo o Champagne em
eventos de alto nível, principalmente na Inglaterra.
Exportado
para dez países espalhados nos quatro continentes, Vasco faz questão de
pessoalmente visitar seus importadores, sommelieres e restaurantes que
comercializam o Afros.
Em
Salvador, visitando o importador Tio Sam colheu o depoimento do diretor Edilberto Vasconcelos “Por enquanto só
trouxemos o Loureiro Branco. Lamentavelmente temos apenas três garrafas no estoque.
Agora resolvemos dobrar o pedido em relação ao anterior. Seu vinho é um
sucesso”
Mônica Carneiro, sommelier
da Tio Sam. “é muito prazeroso trabalhar com um produto como o Afros. A gente
vende e sente a satisfação do cliente. Ele virou a coqueluche entre os
conhecedores de vinho da Bahia. Estou aguardando ansiosamente os outros
produtos componentes da linha que ainda não conheço especialmente o Vinhão. vamos
vender muito”, comemora a somelier
Teixeira, maitre do sofisticado Alfredo de Roma, sem dúvida alguma o melhor e
mais completo restaurante de Salvador, está ansioso para trabalhar como Afros
“Acho que esse vinho é a cara do nosso restaurante e vamos vendê-lo muito,”
profetisa
Mas os comentários sobre o Afros estão estampados em periódicos
importantes de todos os quadrantes.No mês passado, em sua coluna no Financial
Times, nada menos do que a inglesa Jancis
Robinson,a “papisa “ do vinho no planeta declarou sobre o Afros
Vinhao 2009 Vinho Verde Tinto:
“A
most unusual “green” (very young) wine that is darkest purple. Lively fruit whose
acidity seems to speak straight to the kidneys. Bone-dry and vital. I could
easily imagine a hog roast with this. But it’s an acquired taste and definitely
not for keeping. £12.99”
“Um vinho verde muito jovem e com
uma impressionante cor negro-violeta. Excelente acidez e apropriado para um
belo leitão assado.Definitivamente não é um vinho de gosto comum. Exige paladares
mais apurados”
Já o
conceituado Jorge
Carrara colunista de vinhos do jornal Folha de S.
Paulo e do site Basilico escreveu: “Vasco Croft comanda a produção da
pequena (e linda) propriedade de sua família, que tem pouco mais de 10 hectares
de vinhas – a caminho da certificação biodinâmica. Apesar de jovem – a primeira
vindima foi de 2004 –, os goles da casa já impressionam muito. São brancos com
fruta bem definida, elegantes, como o Afros Loureiro 2008, rico e amplo, no
nariz e na boca, em frutas mescladas com tons minerais (89/100) e rubros como o
Afros Vinhão 2008, sedoso e persistente, marcado por framboesa, o melhor tinto
provado (88/100). (www.afros-wine.com)
PRÊMIOS
AFROS Loureiro 2004
AFROS Vinhão 2005