“TRANSPORT COMMUNICATIONS”, UM NOVO LIVRO
ESCRITO POR DOIS PESQUISADORES NEOZELANDESES, TRAÇA O FUTURO DOS TRANSPORTES
NOS PRÓXIMOS 50 ANOS.
Soa a ficção científica e, no entanto, muitas destas
soluções são já hoje uma realidade. “Os aviões já voam em piloto-automático
durante grande parte do vôo”, lembra Chris Kissling, co-autor de Transport
Communications, um livro inovador que traça o futuro dos transportes nos
próximos 50 anos. Entre teorias mais ou menos realistas, o pesquisador e o seu
colega John Tiffin deixam uma certeza: as nanotecnologias, os sistemas de posicionamento
geográfico (como o GPS) e computadores cada vez menores irão revolucionar a
forma como as pessoas viajam e se deslocam no seu quotidiano.
Tiffin e
Kissling projetam um mundo dominado pela inteligência artificial e pelas
tecnologias inteligentes, onde casas, veículos e até roupas farão quase tudo
por nós. O desenvolvimento da realidade virtual, por exemplo, permitirá poupar
tempo em viagens de negócios, nos casos em que as pessoas não queiram estar
presentes; os satélites poderão ajudar os computadores a guiar automóveis,
pilotar aviões e comandar navios à distância; a nanotecnologia possibilitará o
desenvolvimento de roupas ainda mais inteligentes, que potenciarão a capacidade
humana de caminhar ou correr, carregar grandes cargas e até voar.
A grande revolução anunciam os pesquisadores, será
precisamente no transporte pedestre, aquele que tem sido menos ajudado pela
tecnologia. “Em muitos países desenvolvidos, os problemas nas costas e a
obesidade crescente demonstram que o transporte pedestre é menos eficiente hoje
do que já foi”, escrevem. Com a ajuda da tecnologia, as pessoas poderão ser
mais saudáveis no futuro. “As roupas inteligentes podem nos fazer levantar e nos
por em movimento... poderão integrar um programa de saúde”, sustenta Kissling.
Não é à toa que o título do livro reúne as palavras “transporte”
e “comunicações”. As duas realidades estão unidas num ciclo vicioso: “Os
melhoramentos nas comunicações levam a melhoramentos nos transportes, o que
leva a mais melhoramentos nas comunicações e por aí fora”, explica Tiffin, que
se define como um futurologista nas áreas da educação, comunicação e
transportes.