A uva predominante é a Cabernet Sauvignon e a partir de
1997 foram acrescentadas pequenas porcentagens de Merlot e Cabernet Franc. O estágio em barricas varia de 14 a 16 meses em carvalho francês, 50% novo e 50%
de segundo uso.
A análise visual mostra vinhos de cor rubi, com boa
intensidade e leve evolução, com o 99 exibindo uma evolução de cor inesperada
(já observada em outra amostra na degustação dos premiuns). Os aromas têm uma
identidade única, quase uma impressão digital, com frutas maduras (goiaba),
mentol intenso, chocolate e caramelo,
muito agradáveis.
Na boca todos mostram boa acidez, corpo médio, taninos
finos, boa concentração (média no 99) e muito boa persistência, com
retro-olfato de frutas e mentol elegante. No quesito adstringência, só o 99
destoa, mostrando rugosidade final e amargor. Levando-se em conta a evolução
visual e concentração, seu futuro pode estar comprometido.
Este é um fato surpreendente, pois a safra 99 foi
bastante favorável do ponto de vista climático, ficando dessa forma difícil
entender o que pode ter acontecido com esse vinho. Quanto a manter a adega, o
96 e o 97 estão prontos, mas esse último, o melhor da série, pode ser guardado
por mais alguns anos.
O 98, mesmo sem ter o mesmo nível do 97, deve ser
conservado mais tempo para amaciar os taninos. Em síntese, um vinho bastante
consistente, que merece ser conhecido.