Esporão tem novos vinhos

sábado, 5 de dezembro de 2009

Vamos falar agora apenas do Alentejo. Mas o Douro está no horizonte, quando da Quinta dos Murças chegarem os vinhos com a chancela do irrequieto David Baverstock que está mudando a cara (aroma e paladar) dos vinhos portugueses

Esporão tem novos vinhos



Costumamos associar o nome Esporão com o Alentejo porque foi ali que a empresa nasceu, cresceu e se tornou uma referência incontornável do Sul do país. O Esporão dispõe de 600 ha de vinha, produz milhões de litros e tem no seu portfólio marcas de reconhecimento e expansão nacional, como o Monte Velho; além das marcas de referência e de grande volume tem também a possibilidade de surpreender os consumidores com pequenos lotes de vinho que agradam pela novidade e surpreendem pela combinação das castas. A equipe de enologia tem à frente um australiano, David Baverstock, que está a muitos anos vivendo em Portugal e já foi técnico de vinhos no Douro, como a Quinta do Crasto e Quinta de la Rosa. Depois mudou-se para o Alentejo, uma zona bem mais parecida com a sua terra natal. “Só faltam os cangurus”, costuma dizer, para assinalar as semelhanças. No entanto, o regresso ao Douro já está em marcha, após a aquisição da Quinta dos Murças, situada entre a Régua e o Pinhão, uma propriedade com 3 km de frente de rio (margem direita) e 60 hectares de vinha. A marca já existia mas nunca chegou a ter notoriedade e a aposta do Esporão é colocá-la agora como referência de qualidade. Em 2010 chegarão algumas novidades ao mercado, enquanto, na quinta, se procedem a trabalhos de plantio de novas vinhas e reconversão de algumas outras. Esses trabalhos são bem visíveis para quem passa na estrada, na margem oposta.

No recente concurso internacional dedicado à Touriga Nacional e promovido pela “Revista de Vinhos”, o Esporão subiu ao pódio, mostrando que no Sul também se pode dar bem a casta que nasceu algures, no Dão ou no Douro.

Mas, voltando ao Sul, para quem maneja centenas de hectares de vinhedos, a escolha é imensa e a possibilidade de fazer vinhos de grande classe acontece quase naturalmente. É o caso do tinto Torre do Esporão, um colosso que apenas se produz em anos excepcionais e que custa perto de €100/garrafa. O Esporão também por várias vezes ganhou o 1º lugar no Concurso “Os Melhores Vinhos do Alentejo”, promovido pela Confraria dos Enófilos do Alentejo e acaba de ganhar de novo, na XVII edição deste certame.

 No branco Esporão Private Selection a inovação tem sido uma constante e na mais recente edição são as castas brancas das Côtes du Rhône — Marsanne e Roussanne —, aliadas com a bordalesa Semillon, que marcam presença, num vinho que é sempre original e muitas vezes surpreendente. Já o Reserva branco mantém o registro português a que nos habituou, pontificando aí apenas as castas mais clássicas da região.

Esporão Private Selection branco 2008-Região: Alentejo Produtor: Esporão Castas: Marsanne, Roussanne e Semillon Enólogo: Sandra Alves/David Baverstock VINHO MARCADO pelas notas da barrica onde fermentou e estagiou, tem uma bela acidez que equilibra muito bem o conjunto, aromaticamente rico, com notas tropicais. Dica: para além da ligação natural com queijos de pasta mole, tente com pratos de caril ou culinária tailandesa. Preço: ¤23/25

Esporão Reserva branco 2008-Região: Alentejo Produtor: Esporão Castas: Antão Vaz, Arinto e Roupeiro Enólogo: Sandra Alves/David Baverstock BRANCO DE REFERÊNCIA, é um todo-o-terreno, que conjuga sabiamente a fruta com as notas da madeira. Conjunto sempre elegante Dica: peixes delicados com molho de manteiga ou bacalhau à Brás poderão ser boas ligações. Pato com laranja? É de tentar... Preço: ¤11/13





Herdade do Esporão-
1º PRÉMIO CONFRARIA ENÓFILOS DO ALENTEJO Região: Alentejo Produtor: Esporão Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Syrah e Alicante Bouschet Enólogo: Sandra Alves/David Baverstock DENSO NA COR e no aroma, frutos pretos e algum mentol, tosta da barrica presente. Estilo moderno, concentrado e rico. Dica: vinho de luxo para pratos de luxo, desde perdizes com foie-gras até lebre estufada em cujo molho se dissolveu um quadrado de chocolate amargo. Preço: ¤39 (estes preços são para o mercado português)

Autor: J. P. Martins
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