De tudo isto resulta uma grande variedade de vinhos, distribuídos pelas diversas sub-regiões alentejanas (Borba, Redondo, Requengos, Évora, Moura, Granja-Amareleja, Portalegre e Vidigueira), e onde a qualidade média é bastante elevada. Além dos grandes vinhos que a região produz (e nesta edição provamos alguns exemplos), podemos, hoje em dia, escolher às cegas uma dúzia de tintos alentejanos em qualquer prateleira de supermercado, sem nenhum problema. Algo de que, provavelmente, nenhuma outra região (de Portugal e poucas do mundo) pode se orgulhar
Mouchão Tonel 3-4
tinto 1996 Este é, no momento, um dos mais disputados tintos alentejanos.
Feito praticamente só de Alicante Bouschet, é um vinho de grande concentração,
poderoso e intenso, carnudo, personalizado. Cheio de raça. Imprescindível numa
adega de primeira linha.
Vale de Ancho tinto 2000 É a grande revelação do ano, entre os tintos do Alentejo. Uma marca nova que entra diretamente para a galeria dos notáveis, através de um vinho intenso e aromático, cheio de fruta, encorpado, com taninos sedosos e final longo e pleno de sensações. Delicioso.
Francisco Nunes
Garcia Reserva tinto 1999 Outra novidade, que impressiona pela elevada
qualidade da fruta, com aromas muito elegantes e frescos que a ligeira baunilha
da madeira não esconde. Um tinto de muito bom nível, que tem melhorado sensivelmente
na garrafa, com belos taninos e grande harmonia de conjunto.
Vila Santa tinto 2001 Uma das marcas de João Portugal Ramos mais conhecidas no mundo, este Vila Santa de 2001 é provavelmente um dos melhores de sempre, com aroma vivo e poderoso, lembrando fruta fresca, eucalipto, menta, num final elegante e persistente.
Esporão Garrafeira tinto 1999 O Esporão é a marca mais conhecida do Alentejo, e o Garrafeira, que não aparece todos os anos, representa o seu máximo expoente. Este 1999 é um tinto de excelente nível, com aromas florais e minerais. Sabor cheio, já com ligeira evolução, num conjunto apimentado e elegante.
Conde D’Ervideira reserva tinto 2000 O topo de linha do produtor Duarte Leal da Costa é um vinho de aroma complexo, onde se misturam sensações várias (amoras, compotas, ameixa, baunilha da madeira, tosta) e corpo cheio, com taninos firmes e bem arredondados, num todo que prima pela classe.