o forró daqui

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O tradicional ritmo nordestino renova-se, a cada dia amplia o número de apreciadores e invade a festa pilotada por jovens e adolescentes. Dois passinhos pra cá, dois passinhos pra lá. A ordem é dançar agarradinho, fazendo um remelexo sincronizado entre os parceiros para não perder o ritmo. A Banda Flor d’Açucena, por exemplo, nasceu em Euclides da Cunha e conquistou a mídia nacional.

o forró daqui




O forró, estilo musical incentivado pelo rei do baião, Luís Gonzaga, entre a década de 40 e 50, e incrementado pelo companheiro Dominguinhos e outros artistas por todo o Brasil, mantém até os tempos atuais aquele balanço gostoso em vários municípios, principalmente os nordestinos. 


O que vem mudando são as misturas de ritmos musicais, com a utilização cada vez mais freqüente pelas bandas de forró de outros instrumentos elétricos e rústicos de percussão e sopro, além dos convencionais triângulo, sanfona e zabumba. Elas produzem um som denominado de forró-eletrizante, animando e agitando públicos formados, sobretudo, por jovens de vários cantos do país, não só no período junino, mas durante o ano inteiro. 

É o que se pode chamar de forró contemporâneo, expandindo-se pelo país através de um crescente número de bandas. As estimativas indicam a existência de quase mil bandas de forró estilizado, com estruturas operacionais diferenciadas e integradas por músicos jovens dispostos a investir na carreira. A maioria nasceu nos Estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Ceará, tradicionais na prática do forró, mas elas vêm se surgindo também no eixo Sul-Sudeste do país, contagiando cariocas, paulistas, mineiros e catarinenses. 

Muitas delas já gravaram CDs ao vivo com músicas nordestinas e outros estilos românticos, que ressaltam a paixão, o desejo e a sensualidade. Tudo é mesclado ao ritmo eletrizante e apresentado num espetáculo moderno, vibrante e bem produzido, regado pela criatividade em cena, advinda do número expressivo de vocalistas e integrantes da banda do molejo das suas dançarinas, do figurino dos componentes, da farta iluminação e dos canhões de fumaça. 

A Banda Flor d‘Açuçena, do município baiano de Euclides da Cunha, é um exemplo de grupo de forró em ascensão. Integrada por 22 jovens da faixa etária de 19 a 30 anos, chega a reunir cerca de 40 mil pessoas num único show. Traz no comando um casal de  vocalistas que ocupam o palco numa energia vigorosa, incentivada por dez dançarinas que não deixam ninguém ficar parado. 

A banda produz uma mistura especial de som, mesclando o forró com o pop e eletrizante, sem perder a essência do ritmo nordestino. Alia a sanfona, o triângulo e a zabumba aos instrumentos elétricos e de sopro – baixo, guitarra, teclado, sax e trompete – para emitir músicas nordestinas e românticas de sua autoria e de grandes sucessos de compositores como Zezé de Camargo e Luciano, Vtór e Léo, e,Bruno e Marrone entre outros. 

O grupo já gravou vinte CDs e dois DVDs, que agrupam músicas autênticas e de muito swing, atraindo o interesse dos consumidores. A música  “Balance”  por exemplo,estourou no mercado fonográfico, sendo regravada por cantores de renome, como Frank Aguiar. Em onze anos de carreira, a banda já vendeu mais de quatrocentos mil CDs. 

Criada em 97, a banda iniciou seu trabalho despretensiosamente, sem intenção de sair do interior baiano. Mas a grande receptividade do público fez com que ultrapassasse as divisas, apresentando-se em São Paulo, na Tropical Dance, famosa casa de show situada no bairro de Pinheiros; no Centro de Tradições Nordestinas (CTN), em Limão, e no Brilho da Lua, no Brás. Só no programa do Raul Gil, na TV Record, apresentou-se três vezes, balançando a platéia. 

“A nossa pretensão é penetrar ainda mais no Sul do país, pois estamos sentindo que Flor d`Açucena agrada o país inteiro com seu estilo próprio”, disse o empresário Erivaldo Moreira, da Nicole`s Music, produtora da banda. O empresário acompanha pessoalmente o desempenho dos profissionais em cada show, tendo a inovação como estratégia de trabalho, seja no repertório musical, seja na apresentação, figurinos e utilização de recursos técnicos e visuais variados. 

Sempre cheia, a agenda do grupo planeja apresentações em várias cidades brasileiras, em shows, vaquejadas, aniversários de municípios e feiras. “Nesta época do ano, os compromissos se avolumam”, acrescenta Moreira. Para isso, é necessário um empenho constante de seus integrantes, que ensaiam duas vezes por semana e mantêm boa forma física à base de exercícios e boa alimentação



Autor: Celso Mathias
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Existe 4 comentários para esta publicação
sexta-feira, 9/10/2009 por Neuza-Ananias
Meu primreito idolo Gonzaga e Valdik-Saudade
Tenho todos CD do velho lua, Valqiquen algumas.Targina é o cara de muito talento.
quarta-feira, 23/9/2009 por Marcelo Antunes
Correção de nome...
O nome do rei do baião é Luiz Gonzaga (com Z e sem acento). Falar de forró e não sabe como é a ortografia da palavra o personagem principal...
quarta-feira, 23/9/2009 por Marcos Antunes
Correção de nome...
O nome do rei do baião é Luiz Gonzaga (com Z e sem acento).
quarta-feira, 23/9/2009 por Celita
Eu vi essa banda tocar
Fui certa vez vê-la no Tropical aqui em São Paulo.Fiquei orgulhosa da minha origem euclidense. Os caras são muito bom mesmo.Pena que não mais os ví por aqui . Vê se voltam


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