Os queijos frizos azuis, como o roquefort, de sabor
distinto, vigoroso e bem salgado; e o gorgonzola, cremoso e ligeiramente
amargo, ficam perfeitos quando acompanhados de vinhos doces licorosos, como o Sauternes francês, o porto e o Tokai
húngaro. Outros queijos azuis de destaque são o inglês Stilton, o dinamarquês
Danish Blue e Mellow Blue, cremoso e suave, à base de iogurte.
A família dos queijos azuis é imensa e todos possuem
características semelhantes, massa úmida e farelenta, veios espalhados de
maneira uniforme, gosto acre e viscoso. Os franceses, como os Causses, por exemplo,
têm sabor consistente, massa amarelada ou branca, veios de mofo azulado. É
ideal para ser degustado com tinto encorpado.
Entre os outros queijos de mofo azul franceses
destacam-se: Laqueuille, com sabor
acentuado de mofo, o Loudes, com massa firme e elástica, grudenta e levemente
azeda, sem odor particular, o Le Petit Bayard, com massa não-cozida e
não-prensada, entre tantos outros.
Os queijos de massa amarela e cozida como o Emmenthal,
o Gruyère - ideal para a preparação do fondue - e o Caverna, pedem tintos
ligeiros, frutados e jovens. Tente harmonizá-los com um vinho leve e frutado, como o Beaujolais Nouveau ou um Gamay nacional.
O provolone é um dos queijos mais conhecidos do mundo.
Sua casca apresenta coloração dourada, seu sabor e aroma são característicos,
resultantes do processo de defumação, "Temos que tomar cuidado quando
degustamos o provolone, pois seu gosto impregna a boca e não permite o mesmo
paladar para apreciar os outros. O ideal, depois de degustar um bom provolone,
é comer um pedaço de pão e tomar um gole de vinho.
Originário da França, o Saint-Paulin era, inicialmente, fabricado por monges trapistas e foi
o primeiro queijo produzido com leite pasteurizado, em torno de 1930. È um
queijo de massa extremamente fina e untuosa, casca fina e úmida. Seu sabor
delicado é inconfundível e sua consistência, deliciosamente macia.
O queijo Edam, de origem holandesa, caracteriza-se pelo
formato esférico e poder ser consumido no dia-a-dia. Sua massa é consistente,
porém cremosa e de sabor suave. A casca apresenta coloração avermelhada
proveniente do processo de tingimento característico desse queijo. Vinhos
brancos frutados, como o português Pera-
Manca, são ideais para acompanhá-lo.
Para fazer par com queijos concentrados, como o
parmesão, o ideal é um vinho tinto maduro ou fortificado. O autêntico parmesão
é originário de Parma, na Itália, onde é conhecido como Parmiggiano Reggiano.
O queijo itálico é fabricado originalmente na Itália,
nas montanhas da Lombardia. Possui massa fina e macia, apresentando olhaduras
redondas e espelhadas. Sua casca é espessa e amarelada, fruto do processo de
maturação. Esse queijo nobre é ideal como aperitivo e pede vinhos brancos
alegres e frutados, como os Soave, Frascati, Riesling, Gewurztraminer etc.
Os queijos de cabra, por exemplo, pedem vinhos mais
ácidos. Já para acompanhar a muzzarela de búfala prefira vinhos com boa acidez
e pouco corpo, como um Sauvignon Blanc, Pinot Grigio ou Riesling nacional.
Quem acredita que queijos mais suaves como o Brie, originário da região francesa, e
o Camembert, produzido originalmente na Normandia, são idéias somente no verão,
está enganado. Para não errar, tente harmonizar o sabor leve desses queijos com
vinho branco ligeiramente adocicado, como um Gewurztraminer, Riesling Renano,
Muscat seco etc.