Filipa com pouco mais de trinta anos de idade porta um
currículo capaz de fazer inveja a muitos veteranos. Descendente das famílias Pato e
Melo Campos ,produtores de vinhos desde o século XVIII. Nascida e criada entre
parreiras e tonéis de carvalho, cedo se apaixonou pelo mundo dos vinhos. Após
absorver do pai famoso os princípios da “arte de fazer vinho” na Bairrada, pegou
o “Comboio” em Coimbra e foi para Bordeaux ver como os franceses fazem vinho.
De lá, bateu asas para o novo mundo e foi experimentar os sabores concentrados
dos Australianos. Em seguida, vou para Mendonza e foi dançar tango com as
Malbeck, para finalmente voltar ao fado e aos leitões da Bairrada, desta feita
já a bordo do seu “Ensaios FP”
A famosa crítica de vinhos inglesa Jancis Robinson, uma
apreciadora do trabalho de Luis Pato, ao ponto de tê-lo alcunhado de O Mago da Bairrada, começa a dar notas bastante favoráveis aos vinhos de Filipa que
apesar de parceira e admiradora do pai, tem seu estilo de poroduzir vinhos
baseada na rica experiência adquirida na convivência com produtores tão
distintos.
De tintos a espumantes roses passando por brancos espetaculares, para quem gosta de bons vinhos, culinária internacional, da sofisticação do Convento do Carmo e, ainda de ver e ouvir Filipa falando sobre vinhos, é uma noite imperdível.
Pelo andar da carruagem, daqui a algum tempo, meu amigo
Luis Pato poderá ser chamado de o
pai da Maga.