GPorto.A cor da juventude

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Com a criação do primeiro Vinho do Porto, assumidamente dirigido ao mercado jovem, a Gilberts, até agora encarada como uma simples “segunda marca” da Burmester, consegue ganhar uma nova identidade e posicionar-se num espaço muito próprio e ainda por explorar. As cores e os design, elegante e sofisticado, são a primeira arma do G Porto para aliciar uma geração que muitos já vaticinaram como perdida para o Vinho do Porto.

GPorto.A cor da juventude

 



Dizer que estamos perante um novo Vinho do Porto será, talvez, ir demasiado longe. Na verdade, o vinho contido na garrafa continua a ser Porto e o seu estilo, nas várias categorias apresentadas e independentemente da sua qualidade intrínseca, não é só por si inovador: privilegiando o fruto, a intensidade aromática, a suavidade, a facilidade de beber e gostar. Onde o G Porto inova; isso sim, é no conceito concebida e orientada para o consumidor jovem, um segmento de mercado que todos os estudos apontam como ainda intocado pelo Vinho do Porto. A idéia, aqui, foi apostar no Porto como uma extensão natural ao consumo moderno de vinho, cada vez mais sofisticado. O “target” foi desde logo apontado: jovens de ambos os sexos, com estilo de vida cosmopolita, com poder de compra, habituados a degustar bebidas nacionais e internacionais de qualidade, com idades compreendidas entre os 25 e os 35. Como o nome da empresa Gilberts era muito tradicional a equipe da Burmester inventou outro. Nasceu assim a marca G Porto, e o “by Gilberts” que aparece na garrafa remete para produtos sofisticados tipo perfume ou alta costura. O design da imagem da marca e da garrafa foi totalmente desenvolvido por uma firma inglesa, Wren & Rowe, que apostou num símbolo forte, um G estilizado gravado na própria garrafa. Esta é uma garrafa escura, de 50 cl, própria para um manuseamento informal e um consumo rápido em qualquer ocasião. Mas é nas cores que está a chave do sucesso.

 

Do laranja ao bronze – Ao lançar seis vinhos diferentes em garrafas muito semelhantes, a Gilberts procurou diferencia-los pelas cores, procurando adicionalmente que a cor transmitisse uma mensagem. Assim, as seis cores utilizadas, para além do seu forte impacto visual, facilitam ao jovem consumidor a melhor identificação do vinho para uma ocasião particular. As categorias superiores (Vintage, LBV e 10 anos) possuem cores mais  discretas e sofisticadas, as categorias Standard (Tawny, Ruby e White) mostram cores fortes e irreverentes. As cores dos rótulos e cápsulas estão igualmente relacionadas com os matizes cromáticos dos próprios vinhos. Faciliatr o consumo e levar informação a um grupo de consumidores que  desconhece o Porto é pois um dos objetivos do G Porto. Nesse sentido, procura-se transmitir a mensagem de que cada G Porto combina com um momento de consumo apropriado. No contra rótulo aparece uma sugestão gastronômica para cada vinho, além de outras informações sobre conservação e serviço. No conjunto, a gama G Porto surge como uma proposta bastante interessante e imaginativa, e constitui uma lufada de ar fresco num setor que nos tem habituado a uma imagem talvez demasiado sóbria e tradicional. Agora, cabe à “juventude”  mostrar que percebeu a mensagem.

 

Olhos

“Onde o G Porto inova é no conceito, como primeira marca de Porto concebida e orientada para o consumidor jovem.”

“As seis cores utilizadas, para além do seu forte impacto visual, facilitam ao jovem consumidor a melhor identificação do vinho para uma ocasião particular.”

 


Autor: Celso Mathias
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