Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 328
Data:
15/5/2003
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» Índice
» Especial
Conheça o homem que manda no mundo
» Gastronomia
Os maiores prazeres da vida  
desfrutados na beira do mar

» Passarela
Empresa do ano 2002
» Política
Contra a discriminação
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Mercedes CLK Cabrio
» Foco
Homens rendem-se aos prazeres da ioga
» Turisnotas
Vasp recebe o trade local em almoço comemorativo dos 70 anos de fundação da empresa
» Editorial
Os amigos do PODER
» Boca miuda
Seria o ex-presidente da Assembléia Legislativa, José Carlos Gratz, um preso político?
» Triângulo
osé Caldas entrega cópia de seu livro “Caparaó: cabras e ratos” a Carlos Heitor Cony, que vai prefaciá-lo
Boca miuda

Caminho das pedras  
Parlamentares capixabas que voltaram para Brasília no mesmo avião do presidente Lula, quando ele visitou o Estado por dois dias, revelaram-se convencidos de que o ex-metalúrgico sabe aonde quer chegar.  
Durante a viagem, Lula comentou com eles que, ao contrário do que se possa pensar, as decisões finais de governo são dele e não da equipe. E contou que ouve muito, porque sabe que essa é a regra da política, mas puxa para si a decisão final, porque é isso o que o povo espera dele.  
 
Família sertaneja  
O governo da Bahia vai editar o romance "Crônicas de uma família sertaneja", de Araken Vaz Galvão, conforme anunciou a superintendente de Cultura do Estado, Sônia Maria Moreira de Souza Bastos. A obra foi analisada e aprovada pela assessoria da Superintendência, e dos detalhes da edição vai cuidar a coordenadora do Programa Editorial, Maísa Andrade. Araken está feliz da vida.  
Em tempo: Araken Vaz Galvão participou da Guerrilha do Caparaó, na divisa entre os Estados de Minas e Espírito Santo, e é um dos personagens do livro "Caparaó: cabras e ratos", deste colunista, e que será lançado em meados deste ano.  
 
Micro em alta  
Há meses o foco dos organismos de segurança do Espírito Santo está no chamado crime organizado, ou na macrocriminalidade. Pode-se dizer que, até, com certo êxito.  
Mas a microcriminalidade, aquela que afeta o dia-a-dia dos cidadãos capixabas mais diretamente, está complicada.  
As estatísticas apontam, neste ano, 192% a mais de seqüestros-relâmpago no Estado, 45% a mais de roubos de carros, média de 34 homicídios semanais na Grande Vitória, e em menos de cinco meses quase o dobro de assaltos a bancos registrados ao longo de todo o ano passado.  
Até agora a área de segurança não apresentou uma alternativa ao projeto do governo passado e extinto pelo atual governo.  
 
Mistério do ex-sub  
Paira um mistério no ar sobre os motivos que levaram o agente federal Fernando Francischini a se demitir da Subsecretaria de Segurança do Espírito Santo. Ele saiu atirando verbalmente e deixou no ar uma questão:  
"Eu sou policial, não faço jogo político. Por dinheiro nenhum eu faria o jogo político. Por isso, resolvi ir embora".  
Segundo ainda Francischini, "existem documentos, filmagens e gravações que compromotem autoridades que estão no primeiro escalão com o crime organizado".  
É esperar para ver o que fará a competente missão especial que certamente não veio ao Estado para poupar peixes graúdos.  
 
Guardião, o araponga  
A coluna também antecipou-se ao anúncio oficial que o governador Paulo Hartung (PSB) deixou para fazer durante sua entrevista no programa Roda Viva, da “TV Cultura” de São Paulo: a compra de um super-equipamento de arapongagem pela sua Secretaria de Segurança.  
Depois disso, toda a mídia capixaba caprichou no noticiário sobre o assunto, mas poucos tiveram o senso crítico de alertar para o risco do mau uso desse equipamento, que é capaz de gravar 3.600 telefones simultaneamente, e não apenas 300, como divulgou o governador.  
Trezentos telefonemas ele grava só com o módulo em uso atualmente. O Tribunal de Contas do Estado recebeu a informação, e está apurando sua veracidade, de que o "Guardião", que custa alguns milhões de reais, foi comprado sem licitação.  
 
Estranho. Muito!  
A TV Assembléia mostrou em destaque os efusivos cumprimentos trocados entre o líder do governo, deputado César Colnago, e seu colega, Gilson Gomes, um dos deputados envolvidos no suposto esquema de corrupção da legislatura anterior.  
Os cumprimentos foram trocados depois que o plenário da Assembléia manteve o veto do governador Paulo Hartung (PSB) ao projeto de lei do deputado Euclério Sampaio, aprovado anteriormente pelo mesmo parlamento, suspendendo a cobrança de pedágio na Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha.  
 
Preso político (?)  
Não se trata aqui de nenhum caso de simpatia pessoal, ou algo que se pareça com isso, mas é pertinente registrar que começam a ser questionadas, em circuitos mais fechados, as razões que mantêm na prisão o ex-presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, José Carlos Gratz.  
A dúvida é porque os sete deputados, que teriam recebido R$ 30 mil dele em troca dos votos que o elegeram presidente em 2000, estão de volta ao parlamento porque a Justiça concluiu que o Ministério Público não produziu as provas que havia prometido.  
Portanto, como Gratz é, supostamente, o corruptor, e se não há provas contra os corrompidos, logo...  
 
Volta de Guilherme  
Pois é. A coluna havia antecipado isso ainda no ano passado. O novo governo capixaba postergou, mas finalmente anunciou: Guilherme Dias, ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso, assumiu a Secretaria de Estado de Planejamento.  
 
Relações críticas  
Segundo freqüentadores assíduos do Anchieta, continuam críticas as relações entre o delegado federal Rodney Miranda e o coronel PM da reserva Luiz Sérgio Aurich, um expert em segurança pública e homem de inteira confiança do governador Paulo Hartung, atual secretário da Casa Militar.  
Nos últimos dias surgiram comentários, até mesmo, de que Aurich teria pedido para sair. Procurado pela reportagem no último domingo, dia 11, o coronel não foi encontrado para comentar o assunto. Foram deixados recados no seu celular e com sua secretária.  
 
Paranóia  
Um conhecido deputado federal paulista encontrou uma forma inusitada de afastar os inconvenientes.  
Ao ligar para seu gabinete, em Brasília, o interlocutor ouve logo uma mensagem: "Esta ligação está sendo gravada".  
 
Ligações perigosas  
O jornal “A Tribuna”, de Vitória, publicou que as famílias da dona de casa assassinada numa mansão da Ilha do Frade - bairro onde moram alguns dos principais empresários capixaba e o casal Camata (Gerson e Rita) - e do empresário-marido, preso como mandante do crime, se uniram.  
Denunciam que o delegado que presidia o inquérito levantou que a dona de casa tivera uma relação amorosa com uma importante autoridade do Estado.  
O caso foi abafado e, agora, os parentes querem que se diga quem é a autoridade, até para tentar resgatar a memória da vítima.  
 
Omelete  
Muita gente condena o presidente cubano Fidel Castro por fuzilar inimigos de seu regime político.  
Certo, ele está no poder há mais de 40 anos e estabeleceu uma ditadura, mas, sinceramente, quando se vêem políticos e empresários desviando dinheiro de merenda escolar, como está acontecendo em Porto Seguro (BA), deixando com fome crianças pobres, dá vontade de defender a mesma coisa. Exemplarmente.  
Sem sono  
Fontes que acompanham há muito o governador Paulo Hartung garantem que o mandatário tem dormido muito pouco. Não só pela enorme carga de trabalho, pelo Estado desmantelado que seu antecessor atirou-lhe ao colo, mas principalmente pela dificuldade em conciliar as forças políticas em certos setores do governo.  
 
Solidariedade  
Simplesmente linda e emocionante a matéria do Fantástico sobre a capacidade solidária do povo do Rio de Janeiro, campeão nacional nesse quesito, segundo pesquisa científica.  
É isso que ainda deixa no ar uma esperança diante do ataque do crime à Cidade Maravilhosa.  
 
Destino traçado  
Avançam em ritmo acelerado as obras de construção da hidrelétrica de Aimorés-Baixo Guandu, no rio Doce, na divisa entre os Estados de Espírito Santo e Minas Gerais.  
Com isso, uma cidade está com os dias contados: Itueta, em Minas Gerais, que será inundada pelo lago cujas águas vão mover as turbinas da usina.  
 
Viagem providencial  
A imprensa nacional não largou o pé do senador Magno Malta (PL-ES), apesar de sua insistente negação de que tenha viajado para a Itália para permitir que seu suplente na Comissão de Ética, Marcelo Crivela (PL-RJ), votasse contra o afastamento de Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).  
Como se sabe, apesar de eleito pelo Espírito Santo, onde fez a vida, Magno Malta é baiano como ACM e quer estar bem com gregos e baianos.  
 
Fugindo do dono  
O pastor Robson Vaillant, deputado estadual do PL no Espírito Santo, cansou de ser tratado como propriedade política do senador Magno Malta, presidente regional do partido.  
Está batendo asas e deve pousar no ninho do PSL, agremiação que vem sendo articulada nacionalmente pelo bispo Rodrigues, o mentor político da Igreja Universal do Reino de Deus, à qual Vaillant pertence e pela qual foi eleito.  
 
Cartel do gás  
Vai estar no Espírito Santo nos próximos dias 22 e 23 de maio o presidente da Federação Nacional dos Revendedores de Gás, Álvaro Chagas, que representa 15 mil estabelecimentos legalmente constituídos.  
Ele vem fazer palestra sobre "Mercado e perspectivas para o gás no Brasil" e provavelmente dar prosseguimento à sua cruzada de denúncias contra a cartelização do setor de gás de cozinha no país, um mercado 96% controlado por seis grandes empresas, três delas multinacionais.  
Segundo Álvaro, há 14 anos essas grandes empresas, que cartelizam o segmento, operam no mercado para "matar" as pequenas empresas regionais, que servem como balizadoras do mercado e dão mais atenção aos seus clientes do que as multinacionais.  
 
 
 

  
presidente Lula

Gilson Gomes

deputado César Colnago

José Carlos Gratz.

Guilherme Dias,

Luiz Sérgio Aurich

Magno Malta, senador, pastor e pagodeiro gospel

governador Paulo Hartung

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