Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 328
Data:
15/5/2003
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Conheça o homem que manda no mundo
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Os maiores prazeres da vida  
desfrutados na beira do mar

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Empresa do ano 2002
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Contra a discriminação
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Mercedes CLK Cabrio
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Homens rendem-se aos prazeres da ioga
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Vasp recebe o trade local em almoço comemorativo dos 70 anos de fundação da empresa
» Editorial
Os amigos do PODER
» Boca miuda
Seria o ex-presidente da Assembléia Legislativa, José Carlos Gratz, um preso político?
» Triângulo
osé Caldas entrega cópia de seu livro “Caparaó: cabras e ratos” a Carlos Heitor Cony, que vai prefaciá-lo
Editorial

No dia 13 de maio de 2000, centenas de pessoas se reuniram para prestigiar o aniversário do então presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, José Carlos Gratz. Naquela época o poder parecia emanar de todos os poros do deputado. Não havia quem não quisesse estar presente à festa ostentando o rótulo de amigo do homem apontado como o mais poderoso do Estado.  
Dois anos depois, o cenário em que Gratz completou seus 55 anos foi completamente diferente. Detido arbitrariamente, Gratz estava totalmente isolado em uma cadeia. Os "amigos" que tanto o rodeavam se afastaram tão rapidamente quanto foi sua perda de prestígio e poder.  
Não cabe à Vida Brasil julgar culpado ou inocente o ex-deputado. Ao mostrar os fatos recentes que trajetória política de José Carlos Gratz, nossa análise caminha no sentido de observar o quanto é fácil "conquistar amigos" quando se está no poder e quanto é mais fácil ainda perder estes amigos quando se perde o poder.  
Decididamente distinguir os "amigos do poder" de verdadeiros amigos deve ser uma das mais árduas tarefas de um político. Desde os tradicionais "puxa-sacos" que apenas o fato de estar próximo ao político de prestígio já garante o prazer até aos mais interesseiros amigos que buscam os "benefícios" de ser "amigo do homem" devem manter o político antenado.  
A seleção mal feita do grupo de amigos que vai rodeá-lo é, sem dúvida, um dos grandes erros que um político pode cometer. Se estiver cercado de pessoas cujo interesse pessoal está acima de qualquer coisa, o político fatalmente cairá no ostracismo e sem condições de reagir ao golpe de uma primeira eleição mal sucedida ou de um cargo público não conquistado.  
Mas afinal será esse o preço que o político deve pagar por estar em um país onde a tradição da infidelidade partidária e ideológica imperam e onde promessas e acordo fechados durante o processo eleitoral, com raríssimas exceções, são cumpridos?  
Mas será que é esta a verdadeira retribuição que a população deve dar ao político?  
Histórias como de José Carlos Gratz não faltam para exemplificar as relações dos homens públicos com os "amigos do poder".  
A perpetuação destes fatos ou não é uma decisão que cabe a todos os políticos. Talvez repensando suas relações com os eleitores, com seus partidos, com seus ideais, eles passem a conquistar seus verdadeiros amigos.  

  

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