É verdade que os novos CLK não são automóveis que estejam ao alcance de todos. Mas isso talvez sirva para os colocar naquele patamar de quase inalcançável que apenas lhe aumenta o prestígio.
As estradas dos arredores de Palma de Maiorca serviram de cenário para um passeio a bordo de um carro de sonho. E sonho é o mínimo que se pode dizer dos novos modelos da Mercedes-Benz, os CLK Cabrio. As cinco versões deste carro dispõem do que de mais inovador se tem feito em termos tecnológicos, tudo envolvido por um conjunto dominado pela elegância e pelo bom gosto.
O início de 2003 fica assim marcado pela apresentação dos novos conversíveis da classe CLK. E a Mercedes consegue com estes modelos fazer subir o prestígio do segmento a níveis nunca antes alcançados.
Potência –O CLK Cabrio vai aparecer no mercado com cinco motores diferentes, capazes de desenvolver entre 163 e 367 cavalos. É o único conversível, dentro do seu segmento, a dispor de um motor de oito cilindros, casos do CLK 500 e do CLK 55 AMG. A toda esta potência podemos juntar uma aerodinâmica notável que, até o momento, vem superar a dos seus mais diretos concorrentes.
De qualquer forma, os novos CLK não são apenas carros de passeio para gente mais endinheirada. Os 390 litros de capacidade do porta-malas são mais que suficientes para transportar a bagagem de uma pequena família.
Outro ponto a destacar é o da absorção de ruídos da capota e a ampla visibilidade para o condutor, o que facilita bastante as mudanças de faixa de rodagem, bem como as manobras de estacionamento.
O novo CLK tem também mais espaço disponível para os ocupantes do banco traseiro. Algo que foi possível pelo fato de esses modelos terem crescido em todas as direções. Este espaço extra para os passageiros acaba por se refletir na manobra de entrar e sair da viatura, que ficou muito mais facilitada.
Como seria de esperar da marca alemã, apesar da potência que os novos CLK conseguem desenvolver e das velocidades de ponta que alcançam, não há aqui problemas em termos de segurança. Cerca de 40% da estrutura do carro é feita a partir de ligas extremamente sólidas. A escolha dos materiais foi mesmo feita tendo como objetivo assegurar o mínimo peso, a máxima segurança em caso de acidente e a sua durabilidade.
Nos conversíveis em geral, um dos maiores problemas é a proteção de condutor e passageiros em caso de capotamento. Mas nestes veículos não existe qualquer chapa sobre a cabeça dos ocupantes. Os novos CLK possuem uma proteção que é automaticamente ativada em caso de perigo. Se o carro capotar o sistema estende duas barras, ambas com 35 milímetros de diâmetro, que se encontram por trás do assento traseiro e que alcançam a sua extensão máxima em 0,3 segundos.
Ainda em termos de segurança, é forçoso falar dos ´airbags´, que são ativados de acordo com a severidade do acidente, assegurando assim níveis de proteção proporcionais.
Estilo – O novo CLK é um poço de estilo e sofisticação que proporciona um máximo de conforto para uma condução que se pretende desportiva. Neste aspecto, tem que se falar da possibilidade de ajustar o volante em altura e profundidade, algo que é aliado a iguais capacidades dos assentos. Quanto ao conforto, destacamos a climatização individual condutor/passageiro, iluminação exterior automática e sensores de chuva. Uma vez em andamento, o condutor só tem de se concentrar na condução. O resto fica a cargo do próprio veículo, naquilo que é uma experiência única de interação entre o homem e a máquina.
Para concluir, este é um daqueles carros que parece feito para desfrutar do meio ambiente que nos envolve. Desmente-se assim Álvaro de Campos: "O automóvel, que parecia há pouco dar-me liberdade,/ É agora uma coisa onde estou fechado/ que só posso conduzir se nele estiver fechado,/ que só domino se me incluir nele, se ele me incluir a mim". Ele falava de um Chevrolet. Porque, se tivesse experimentado o novo CLK, nunca mais diria que estava fechado. Não sentiria mais a falta de liberdade
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