O azul celeste desmaia sobre o Danúbio. O rio imortalizado por Johann Strauss marca o compasso da valsa cotidana da capital austríaca.
Numa das concorridas esplanadas da rua Kolmart, entre garfadas sôfregas de uma sacher tarte – torta vienense –, uma das mais elegantes e soberbas pérolas do acervo gastronômico local, pode-se contemplar o agitado e elétrico fluxo de executivos, turistas e estudantes que anima a antiga cidade imperial. Uma poção mágica de sabores, aromas, cores e sons convida a uma prazenteira jornada de charrete pelas ruas geométricas e luzidias, orladas por edifícios de imponente magistralidade – uma anatomia de traça fina, permeada por dezenas de jardins que oxigenam e rabiscam de verde a silhueta elegante da cidade. Depois de inspirar o perfume primaveril dos tapetes ajardinados, nada melhor do que respirar a história da antiga capital do Império Austro-Húngaro, no Palácio de Schobrunn, morada dos Habsburgos. Uma visita que impressiona pela exuberância e pelo requinte da extinta corte, que serviu de aconchego à célebre Sissi que Hollywood tanto idolatrou.
Depois de um lúdico e divertido “passeio” pela história imperial, impõe-se uma viagem pelos caminhos da arte no Museu Kunsthistorisches. Aqui, o espírito pode deslumbrar-se com um dos mais impressionantes e completos espólios artísticos na posse do gênero humano. Igualmente imponente é a roda gigante do Parque Prater, denominada Riesenrad, um dos ex libris da capital austríaca. Edificada em 1897 por ocasião da feira mundial que decorreu naquele ano, esta proeminente estrutura possui uma altura correspondente a um edifício de 20 a 22 andares e constitui o melhor miradouro da cidade.
Deliciosamente, Viena alberga também espaços atípicos que contrariam a traça dominante como o Hundertwasser.
Não obstante ser uma cidade de múltiplos roteiros e alternativas de lazer, do seu leque de ofertas impõe-se uma noite de ópera no Staatsoper, considerada uma das mais prestigiadas do mundo. Ponto de encontro de músicos, escritores e cientistas, Viena é, no século XXI, um símbolo de capacidade do gênio humano. Não se estranha, mas estranha-se
Conselhos úteis
Onde ficar:
Num hotel HHHH situado no centro histórico, uma noite, por pessoa, com café da manhã, ronda os 98 dólares. Num hotel HHHHH, em pleno centro da cidade, a noite fica 148 dólares.
O que comprar:
Viena é uma cidade com grande oferta comercial: Mariahilferstrasse tem muitas lojas; se preferir roupas típicas, pode-se dirigir a Lodenplankl.
O que fazer:
Pode assistir a espetáculos de ópera e música clássica e visitar os numerosos museus. À noite existem também muitos espaços de diversão.
|
|
Cidade de aromas e sabores adocicados e ícone da música erudita, Viena dispõe de uma oferta cultural ímpar. Um passe de mágica constante
Em Viena pontificam os espaços verdes e as zonas de lazer que perfumam o cotidiano da urbe. Uma cidade que vive sob a aura inspiradora do Danúbio
|