Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 316
Data:
15/10/2002
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Editorial

Não há quem duvide: toda eleição é uma caixinha de surpresas. O político que entra em uma campanha achando que sairá vencedor certamente tem boas chances de ser um perdedor, porque não dedicará toda a atenção necessária para conquistar cada voto.  
Depois de chegar ao segundo turno em três eleições consecutivas à Presidência da República e aí ser derrotado, Luiz Ignácio Lula da Silva provavelmente já aprendeu esta lição.  
Mais do que ninguém, ele está preparado para disputar o segundo turno com a garra de quem conhece o processo eleitoral a fundo e sabe quais as estratégias necessárias para sair vencedor.  
Neste sentido, Lula não tem poupado esforços. Reunindo uma das maiores correlações de forças já vistas no país em uma disputa eleitoral para presidente, o candidato petista tem conseguido conquistar apoio nos mais diversos partidos políticos, na sociedade organizada e, literalmente, nas ruas.  
O resultado do primeiro turno mostra que ele está no caminho certo. Afinal, mesmo não tendo conseguido 50% + 1 dos votos já nesta primeira fase, os 23 milhões a mais que o ex-sindicalista obteve nas urnas, comparados com os do candidato do governo, José Serra, dificilmente serão alterados.  
Para o segundo turno, Lula continua sua caminhada para garantir o maior número de apoio político possível. Contando com a adesão dos dois candidatos derrotados no primeiro turno e de grandes lideranças políticas de todo o país, é pouco provável que Lula seja derrotado.  
Já na primeira semana da campanha do segundo turno, foi nítido o crescimento do “grupo Lula”.  
Por outro lado, tem sido visível a estagnação do “grupo Serra”. Isolado como candidato do governo, ele não consegue nada além do que o apoio de parte do PMDB e de seu próprio partido.  
Também para atrair seus eleitores, não há dúvidas de que Lula mudou o tom. Definitivamente, ele é a alternativa de mudança concreta para quem não suporta mais os rumos dados às políticas sociais e econômicas de Fernando Henrique Cardoso e que, mesmo que não goste de afirmar, continuarão com Serra.  
Lula hoje é uma alternativa sem o ranço dos radicais petistas. É isto que o torna muito mais atraente para uma camada da sociedade que sempre “teve medo do Lula”.  
Certamente, o resultado desse processo somente as urnas dirão, mas, do mesmo jeito que não é possível acreditar em milagres, fica quase impossível imaginar que há condições para o candidato do governo evitar seu afogamento.

  

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