Comandatuba prazer em viver
O relógio marca 9 horas. A luminosidade do sol,
já alto, realça o verde da natureza e o azul do mar. Decididamente, com a agenda cheia para os próximos dias, é hora de levantar.
Um suculento e bem servido café da manhã, com muitas frutas, queijos e especiarias como bolo de milho, tapioca, beiju e até carne-seca, para os gostos mais diversificados, garante a sustentação para enfrentar todas as atividades programadas para aqueles dias.
Assim pode começar umas férias na Ilha de Comandatuba. Localizada ao sul da Bahia, no município de Una, distante 60 quilômetros de Ilhéus, a ilha é sede de um dos maiores empreendimentos turísticos já realizados no país. Do Grupo Aluísio Faria, o Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba ocupa uma área de 16 mil metros quadrados e oferece centenas de opções de esporte e lazer para seus hóspedes.
Para viabilizar o investimento o grupo enfrentou o desafio de ser pioneiro e construir um resort em um local de difícil acesso, completa falta de infra-estrutura e mão-de-obra desqualificada. Literalmente, na ilha, o único atrativo existente era a beleza natural.
Mas isto foi até 1989, data de inauguração do resort. As obras de infra-estrutura realizadas no local mudaram o panorama de Comandatuba. Mas todos os cuidados foram tomados para não alterar em nada a biodiversidade natural da ilha.
Atualmente, a estrutura do resort pode ser comparada a uma cidade com 35 mil habitantes, se levado em conta o volume de energia e água consumidos e o lixo gerado. Para atender a toda essa demanda, no hotel foi construído um sistema de geração de energia próprio, rede de esgotamento sanitário e tratamento de água e é feito completo trabalho de reciclagem de lixo. O material orgânico gerado nas instalações do resort é usado como adubo para melhorar o solo da região. O material reciclável é comercializado servindo de renda extra para os funcionários.
Pessoas educadas – Nessa “cidade” trabalham diariamente 534 funcionários fixos. A preocupação com os problemas sociais de Una, levou o grupo empresarial a contratar 94% de seus funcionários na própria região. Eles foram capacitados e são constantemente treinados para aprimorarem os serviços oferecidos aos hóspedes.
O diretor do Comandantuba, Friedrich Karl Flunkert, conta que priorizar a contratação da mão-de-obra local sempre foi meta da direção do resort. Ele afirma que não enfrenta problemas para qualificar seu pessoal. O hotel está instalado em uma região que já viveu momentos áureos de riqueza graças às lavouras de cacau. Mas, na época em que o resort estava em construção, o sul da Bahia vivia a decadência das grandes fazendas cacaueiras devido à queda de preço do produto. No período da construção, o hotel chegou a empregar 2 mil pessoas da região.
Hoje, os empregos são gerados pela demanda normal de um hotel de grande porte. “As pessoas aqui sempre foram educadas. Só não tinham experiência e por isto precisavam ser trabalhadas. Foi o que fizemos. Nossos funcionários são constantemente treinados e motivados”, enfatiza Flunkert.
A empresa tem uma política de rodízio dos funcionários entre os hotéis da rede. Alguns desses empregados vão trabalhar no Transamérica de São Paulo onde recebem um treinamento diferenciado.
Vencidas as primeiras etapas na implantação do resort, era preciso ainda facilitar a chegada dos hóspedes. Para ultrapassar essa fundamental barreira para atrair os turistas mais exigentes, o grupo investiu na construção de um aeroporto próprio.
Com dois mil metros de pista, o Comandatuba conta com o maior aeroporto privado do Brasil. Toda a infra-estrutura – equipamentos, instrumentos para pouso e controle de vôos 24 horas – montada no local o caracteriza como um aeroporto internacional.
Atualmente no aeroporto do Comandatuba chegam vôos diários vindos das mais diversas regiões do país. Aviões comerciais de São Paulo, Belo Horizonte e Salvador pousam todas as segundas, quintas e domingos no aeroporto.
Mas tudo isto, na maioria das vezes, passa despercebido pelo hóspede que reservou suas férias para momentos de prazer e descontração ao lado de sua família em um dos lugares mais bonitos do Brasil.
Certamente esse hóspede prefere sair depois do café da manhã para um delicioso passeio de lancha aproveitando a oportunidade para a prática da pesca oceânica. No Comandatuba estão à disposição dos hóspedes lanchas totalmente equipadas para enfrentar o mar e oferecer bons momentos para aqueles que se aventuram na tentativa de trazer troféus como um legítimo marlin-azul.
A pesca pode ser feita também no canal que separa a ilha de Comandatuba do continente. Barcos de alumínio com motores de popa e elétricos, caniços em fibra de carbono e iscas artificiais estão disponíveis para os hóspedes que optarem por tentar fisgar um robalo ou um xaréu.
E que tal praticar um novo esporte e aproveitar as águas claras das praias de Comandatuba para se dedicar ao mergulho? Se a preocupação é com a falta de prática, não há o que temer. No resort é oferecido um curso de mergulho que garante até certificado.
Jet ski, banana boat, ski aquático, jet boat, caiaque, estão entre outras opções náuticas também disponíveis para os hóspedes do Comandatuba. Para quem freqüenta o resort, o mais difícil é, com toda certeza, decidir o que fazer e quando fazer.
Para crianças – E se nenhuma dessas opções parece viável para as crianças, não há com o que se preocupar. Espaços reservados com monitores treinados em recreação infantil estão prontos para receber os “pequeninhos” com idade entre 4 e 12 anos, oferecendo as mais diversificadas opções de brincadeiras. São a Casa das Crianças, a Casa do Tarzan ou a piscina infantil que garantem horas de diversão para as crianças e despreocupação para os adultos.
Ao chegar a hora do almoço também não há com o que se preocupar. No Beiju Restaurante Infantil, eles vão poder saborear diferentes pratos especialmente preparados para o paladar das crianças. O cardápio é totalmente balanceado e supervisionado por nutricionistas.
Para o adulto que chega do passeio das atividades náuticas nada melhor do que reunir a família em uma das piscinas do Comandatuba para momentos de relaxamento e descontração. Na piscina central do resort, o Deck Bar oferece diversificadas opções de drinks, cervejas, refrigerantes, além, é claro, da água de coco.
Na hora do almoço, servido em alguns restaurantes até às 17 horas, o mais difícil é optar pelo que se quer comer. Da comida italiana, passando pela oriental, mas sem esquecer os tradicionais pratos baianos e nacionais, o turista encontra de tudo no Comandatuba.
Jogar tênis, golfe, fazer uma caminhada ecológica, pedalar, cavalgar, fazer ginástica, sauna ou massagem podem ser as opções para os fins de tarde.
No resort, o campo de golfe é um dos pontos mais disputados pelos hóspedes. Com 16 buracos, o campo tem ainda como atração as ondulações e os desníveis que são verdadeiros desafios para os amantes do esporte.
Opções – São sete quadras de tênis de piso rápido. Os hóspedes não pagam para o uso da quadra e podem alugar raquetes e bolas. Aqueles que se aventuram pela primeira vez na prática do esporte contam ainda com instrutores especializados.
Após o jantar, uma boa música ao vivo regada de coquetéis ou vinho é uma das opções oferecidas para os adultos. E para fechar com chave de ouro a noite, o agito está em uma discoteca onde é muito comum serem realizadas apresentações de shows nacionais e internacionais.
Se essas férias parecem muito tumultuadas e nenhuma das opções de lazer parece atrativa o suficiente para uma viagem ao Comandatuba, porque o seu objetivo é realmente descansar do estresse do dia-a-dia, não descarte ainda a possibilidade do passeio. Afinal, nada melhor do que uma rede pendurada na sombra de coqueiros, respirar a brisa do mar e contar com um dos melhores serviços praticados nos hotéis do Brasil.
Assim é o Ilha de Comandatuba: diferentes opções para os mais diferenciados gostos garantindo o prazer em viver.
Quando chegou ao Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba, o diretor do resort, Friedrich Karl Flunkert, trazia na bagagem a experiência de anos trabalhados em renomados hotéis e restaurantes da Alemanha, Suíça e do Brasil. Trouxe também o pessimismo de vários colegas de profissão que faziam questão de desmotivá-lo afirmando que nenhum gerente poderia ter sucesso trabalhando em um local tão distante.
Mas o desafio foi enfrentado com a garra de um alemão autêntico nascido na cidade de Dortmund. Ele assumiu a direção do resort em 1997 deixando para trás experiências profissionais em hotéis como o Copacabana Palace, do Rio de Janeiro, e o Transamérica, de São Paulo.
“Saí do meio da civilização, onde recebia hóspedes internacionais,
para vir dirigir um hotel no fim
do mundo”, conta ele. “O desafio no Comandatuba é muito maior do que na cidade. Aqui, devido a localização, faltava principalmente a logística. O que me motivou foi o desafio de fazer um hotel em um lugar tão distante ser um empreendimento de sucesso”.
Ele hoje pode comemorar a vitória dos anos investidos para garantir que o Camandatuba atingisse uma situação, definida por ele mesmo, como “confortável” financeiramente.
Se chegar a esse nível não foi fácil, manter o padrão é ainda mais complicado. Mesmo porque o Transamérica é um grupo extremamente exigente no que diz respeito à qualidade dos serviços e da estrutura oferecidos nos hotéis que levam a bandeira.
Detalhes – Rotineiramente o resort enfrenta, por exemplo, auditorias internas. São profissionais contratados para vigiar cada detalhe. Detalhes que vão desde as condições das almofadas até a tinta da parede são observados atentamente. Após o levantamento são estabelecidos prazos para que os “problemas” sejam solucionados. E a fiscalização para o cumprimento dos prazos é rigorosa. Além das auditorias, o grupo costuma contratar o que se chama de cliente oculto. São grupos de hóspedes profissionais que, sem se identificar, fazem um trabalho de checagem posteriormente enviado à direção geral da rede dando uma pontuação aos serviços. “Comandatuba consegue uma média de 95% de aprovação. Um número espetacular se considerado o nível de detalhamento exigido por esses hóspedes. Para um hóspede comum, a aprovação seria de 100%”, orgulha-se Flunkert.
Decididamente, essas ações não causam transtornos para Flunkert. Acostumado a oferecer e a exigir qualidade para seus hóspedes, ele não poupa esforços para garantir que o Comandatuba continue a navegar nas águas tranqüilas do sucesso.
Responsabilidade social – Muito se fala e escreve sobre o potencial dos investimentos em turismo quando o assunto é promover o crescimento de uma região sem causar danos ao meio ambiente. O Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba é, sem dúvida alguma, um dos maiores exemplos concretos dos pontos positivos para o desenvolvimento da indústria do turismo no Brasil.
Com 378 unidades habitacionais, o hotel gera 534 empregos diretos. Desse total, 94% são pessoas da própria região. Na alta estação, mais 200 funcionários temporários para dar apoio e garantir a qualidade no atendimento aos hóspedes são contratados. Todos foram capacitados e são rotineiramente treinados, tornando-se profissionais do setor.
Apesar de contar com 198 hectares de área, os proprietários do resort não pensam em “sufocar” o local ampliando intensamente o número de unidades habitacionais. Para o futuro está em projeto a construção de no máximo mais 100 unidades. A idéia é manter os grandes espaços destinados para o lazer como um diferencial. “Nosso hotel, mesmo lotado, permite que as atividades sejam feitas com prazer. Isto é fundamental para um resort”, comenta Flunkert.
No que se refere ao meio ambiente, a direção do resort fez questão de manter intocada a biodiversidade da ilha. O resultado dessa preocupação é hoje um mérito e um gerador a mais de atrativos do hotel.
Os recursos naturais garantem horas de lazer e educação ambiental em sadios passeios ecológicos. Todos são realizados por profissionais capacitados para atender aos turistas e responder as perguntas sobre o meio ambiente que envolve o resort.
Uma das aventuras mais procuradas pelos hóspedes do Comandatuba é o passeio de quadriciclo feito em pedaço de 36 quilômetros de mata atlântica totalmente preservado. O turista também tem a oportunidade de passear em remanescentes das florestas de restingas, que é a vegetação predominante na ilha.
Outras boas surpresas dessas caminhadas ficam por conta da possibilidade de observar, em seu habitat natural, várias espécies de aves e mamíferos. Eles moram tranqüilamente nas florestas parecendo mostrar que se sentem seguros com os novos visitantes da ilha.
Biólogos contratados pelo Comandatuba apresentam para os turistas outra grande atração do resort. É a passarela do caranguejo, uma estrada de madeira construída no meio do manguezal. De lá, se pode ver caranguejos de vários tamanhos e aprender como os pegadores do crustáceo trabalham. Aprende-se ainda a diferença entre guaiamus, siris e os vários tipos de caranguejos que habitam o manguezal.
A preocupação com o meio ambiente é tão grande no Comandatuba que são buscadas as mais diversas soluções ecológicas para enfrentar “problemas” naturais. Um exemplo foi a aquisição de 800 galinhas-d’angola para espantar as cobras que deixavam a floresta para “visitar” as áreas destinadas para os hóspedes do resort
Prefeito Flunkert
À esquerda, o empresário Aloísio Faria, um dos três mais sólidos do país. Ex-dono do Banco Real, este mineiro discreto poderia estar na sua fazenda paulista fazendo absolutamente nada. Inquieto, fundou o Banco Alfa e investe pesado em hotelaria. Caprichoso, extremamente exigente, fez de Comandatuba uma das “meninas dos seus olhos”.
Para administrar o magnífico complexo, Faria trouxe Friedrich Karl Flunkert. Alemão nascido em Dortmund como ele orgulhosamente soletra, tem na bagagem passagens pelos melhores hotéis e restaurantes da Europa e do Brasil.
Cavalheirismo de inglês, savoir faire de francês, objetividade da sua raça e alma brasileira, Flunkert é literalmente o prefeito do Hotel Ilha de Comandatuba. No seu trabalho, além das atividades de hotelaria, ele administra o equivalente a uma cidade de 36 mil habitantes, 534 empregados e uma infra-estrutura que vai da geração de energia ao tratamento d’água, passando pelo recolhimento, compactação e reaproveitamento do lixo. Dócil porém rigoroso ao exigir o cumprimento de metas, mantém com seus colaboradores uma relação de quase cumplicidade. “São os melhores profissionais do país”, exagera? “Ele faz acontecer”, derrete-se Jussara falando sobre o chefe.
Simpatia
Jussara, 30 anos, graduada em Magistério e está há mais de dez no Transamérica Comandatuba. Ela está a frente do Restaurante da Praia, onde se come frutos do mar fresquíssimos. Casada com um dos supervisores do complexo, ela esbanja simpatia e bons serviços. Sobre o diretor Flunkert, afirma: “Ele faz acontecer tudo por aqui. É um chefe e ser humano excepcional”. Ela está grávida de oito meses e vai dar luz a Naomi.
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Comandatuba: Prazer em viver
À beira da praia, a mesma estrutura do complexo de piscinas. Ao cair da noite um passeio de quadriciclo pela área de preservação ambiental. É ou não é o paraíso?
o empresário Aloísio Faria
Friedrich Karl Flunkert
Em frente ao mar o complexo de piscinas
Jussara
No campo de golfe, 16 buracos e vista paradisíaca
bangalôs à beira mar onde já se hospedaram personalidades do porte de FHC a ídolos da F1 como Michael Schumacher, amigo pessoal de Flunkert, entre outros
cenário da novela Porto dos Milagres, onde posa seu José, o guia. Ele sabe tudo de triciclos, roteiros e é um bom contador de histórias.
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