Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 291
Data:
30/9/2001
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» Índice
» EDITORIAL
E agora?
» TURISMO
Sierra Nevada A magia da neve
» TURISNOTAS
Espaços deslumbrantes e o supra-sumo do luxo fazem do Burj Al Arab o único hotel sete estrelas do mundo
» SOCIAL LIGHT
Jorge Gerdau Johannpeter e Josinha Pacheco fazem festas concorridas em Salvador
» TRIANGULO
A vitória de ACM
» BOCA MIUDA
Hartung diz para Luiz Paulo que denúncias de irregularidades na prefeitura já estão pegando mal
EDITORIAL

Desde o dia do maior ataque terrorista da história, muito se tem escrito e falado sobre o que se viu nos Estados Unidos no dia 11 de setembro.  
Imaginar até onde pode chegar um grupo de fanáticos que acredita que a morte é um prêmio é praticamente impossível para a maioria dos ocidentais.  
Os impactos dos aviões que fizeram virar pó os 220 andares das torres gêmeas do World Trade Center e parte do Pentágono, liquidando milhares de vidas, deixaram o mundo estarrecido.  
E o que é pior: deixaram o mundo sem rumo.  
Não há dúvida de que aquela terça-feira marcou a história mundial, instaurando o pânico e a incerteza por todos os cantos.  
Pensar em prever o que virá agora é fazer exercício de futurologia com boas chances de erros.  
Cogitar uma grande guerra mundial é, no mínimo, um excesso de pessimismo. Passados os primeiros dias do choque, representantes da comunidade política internacional e grupos ponderados começam a clamar pela paz.  
Acreditar em uma resposta norte-americana que terá como base a mais fria razão é, ao contrário, de um otimismo fora de cogitação. Afinal, os atos abomináveis agrediram o coração dos Estados Unidos e o centro financeiro do mundo.  
Enquanto cientistas políticos, historiadores e jornalistas se perdem em meio a uma série de hipóteses, os prejuízos causados pelo ato insano de terrorismo na economia mundial demonstram ser os mais rapidamente compreendidos e calculados.  
Se ganharam milhões de dólares aqueles que apostaram no caos gerado pela tragédia que cometeram, os Estados Unidos, já enfraquecidos com a desaceleração de sua economia, ampliam o risco de uma recessão estimulada pelos elevadíssimos custos da retaliação anunciada.  
Para os demais países que, como o Brasil, dependem dos maiores consumidores do mundo, os resultados econômicos poderão ser irreparáveis.  
As empresas nacionais que deveriam estar acreditando na oportunidade de ganhar mais dinheiro fechando grandes negócios de exportação, tendo como grande trunfo a alta do dólar, observam na prática o adiamento de novos contratos. Nas prateleiras das fábricas, estoques se acumulam ampliando a crise já iniciada com o racionamento de energia.  
Será que o país que tem hoje mais de 50% de suas vendas externas destinadas aos Estados Unidos está fadado a “morrer” e não “exportar”?  
Em meio à fumaça que ainda cobre os escombros do terror, parece impossível prever.  
Só o futuro dará as respostas que todos buscamos hoje com tanta ansiedade.  

  

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