O Grupo Giro de Dança sobre Rodas se apresentou pela primeira vez no Espírito Santo, na abertura da 1ª Jornada de Fisioterapia da Emescam, em 24 de agosto, e emocionou com a arte de seus movimentos o público que lotou o Teatro do Sesi, em Vitória. Fundado no Rio de Janeiro, em 1988, por uma capixaba que na época era estudante de Fisioterapia, Rosângela Bernabé, o Giro já representou o Brasil com apresentações em festivais internacionais de arte em países como Canadá, Alemanha e Bélgica.
Até hoje coordenado por Rosângela Bernabé, formada em Educação Física pela Ufes e com pós-graduação em Dança pela UFRJ, o Giro reúne em sua formação atual seis integrantes: quatro “cadeirantes” e dois “andantes” unidos pela arte sem pré-conceitos. O resultado do trabalho destes artistas é belo e profissional. “É um grupo aberto a todos que desejam descobrir caminhos entre o equilíbrio corporal e o mental, fazendo-o pela alegria e o prazer de sentir o corpo em movimento”, define a professora Rosângela.
O sonho como meta
“Trabalho como este do Grupo Giro demonstra que sonho nenhum precisa ser interrompido”, afirma a fisioterapeuta Mariângela Braga Pereira Nielsen (foto), coordenadora da 1ª Jornada de Fisioterapia da Emescam e professora de Fisioterapia Aplicada à Neurologia. Para Mariângela, o grande ganho de eventos como esta jornada está no fato de mostrar ao aluno de Fisioterapia quão infinitas são as possibilidades de reabilitação de portadores de deficiências físicas ou mentais.
“O que importa é a vida feliz, com ou sem deficiência”, continua Mariângela ao citar vários exemplos de pessoas que superaram com sucesso limitações físicas. Um deles é o músico saxofonista Jovaldo, que possui os movimentos de todos os 10 dedos das mãos comprometidos desde o seu nascimento. O que parece inacreditável a quem assiste a suas apresentações ao saxofone.
No caminho entre a reabilitação social total e a deficiência, está a Fisioterapia e seu árduo trabalho para o fortalecimento e o equilíbrio muscular do paciente. “Buscamos desenvolver ao máximo a capacidade corporal do lesionado, potencializando os movimentos possíveis e descobrindo quão grande é o potencial do ser humano”, explica Mariângela Nielsen. “O fisioterapeuta faz parte de uma equipe interdisciplinar de reabilitação para a vida. No processo de integrar-se à vida, existe o sofrimento e a possibilidade de transformação”, complementa Mariângela.
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Dança mostra possibilidades ilimitadas para a reabilitação de portadores de deficiência
O sonho como meta
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