Será talvez uma questão de puro narcisismo, Ou então a expressão das inseguranças dos homens de hoje, pressionados pela emancipação sexual da mulher, que reivindica cada vez mais o seu direito ao prazer, ou será uma preocupação realmente mais masculina que feminina? Será o «pequenino mas trabalhador» que preenche o imaginário erótico feminino? Com a palavra as mulheres. «Elas podem dizer que o tamanho não importa e que a habilidade é mais importante, mas os homens não se devem confiar por completo. A grande maioria prefere-os grandes», assegura a administradora de um site de sexo. Diz gostar deles «nem demasiado grandes, nem demasiado pequenos», embora os «16 a 18 centímetros» que define como tamanho ideal estejam acima da média da população. «Já tive uma experiência com um bem dotado que não consegui acabar. Foi mais doloroso que prazeroso. Mas também já tive experiências com tamanhos abaixo da média e foi preciso inovar para chegar la», arremata.
Vera, de 32 anos, conhece a decepção de descobrir
um “nanico” num homem que parecia “gigante”, mas assegura que, depois de
inteirar-se com ele,terminou ficando fã. Ela sublinha que um médio bom, é
sempre melhor do que um grande sem graça , mas quem define mesmo o que é bom ou
não, é a experiência e a intimidade dos parceiros
Dois anos mais jovem que Vera, a gerente de
banco,Neide Gonçalves revela a «sorte» de ter encontrado sempre «tamanhos
considerados normais». «Gosto de enxergá-lo logo e não ter que andar em busca dele
», gargalha. «O tamanho importa no entusiasmo inicial, no ato e no uso que se
dá no depois ...»
Laura, 28 anos, discorda. «Saber dar prazer, e menos
ainda a paixão, não dependem de medidas», afirma, admitindo entretanto que,
para elas, o diâmetro é mais importante. «O importante para as mulheres é sentirem-se
preenchidas. Um membro muito grande magoa, não dá prazer, ainda mais se o dono
não for experiente. E não deve ser fácil irrigar toda aquela zona e manter a
ereção.»
«Já tive que fazer cirurgias de redução de tamanho
porque o pênis era tão descomunal, que não havia pressão sanguínea suficiente
para preenchê-lo», revela um médico especialista no assunto. São as exceções à
regra. A maioria dos pacientes que procuram o apoio de um especialista para
corrigir o tamanho do seu pênis, na verdade querem aumentá-lo. Muitos têm pênis
normais ou mesmo grandes, o que pode esconder um transtorno conhecido como
dismorfofobia, ou síndrome da distorção da imagem, que consiste numa
preocupação exagerada com algum defeito na aparência, geralmente inexistente.
«É um problema irreal. O homem está convencido de que o seu pênis é pequeno.
Estes casos devem ser encaminhados para apoio psiquiátrico», explica.A culpa,
sublinha, é sobretudo da indústria pornográfica, «que tem induzido uma imagem
completamente irrealista do tamanho do pênis». Depois há a inevitável
comparação com os outros homens, um fenômeno popularmente conhecido como
«síndrome do balneário», onde o tamanho do pênis «simboliza a vitória na
comparação das masculinidades».
O terapeuta revela ser «muito comum» os seus
pacientes, sobretudo os mais jovens, questionarem-se sobre o tamanho do seu
sexo, uma angústia «quase nunca justificada». Afinal, a imensa maioria dos
homens está dento da média e, apesar de tudo, o tamanho é sempre relativo.
Assim como o comprimento e o diâmetro não são o
mesmo em todos os homens, também o diâmetro e a profundidade vaginal variam de
mulher para mulher. Resume-se tudo, no fundo, a uma questão de encaixe. Físico
mas principalmente emocional.