Tamanho é documento?

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Afinal, o tamanho importa ou não? Sim, elas admitem Nenhuma mulher quer um rastilho curto, mas excesso de dinamite pode estragar qualquer prazer qualquer prazer. O tamanho tem importância? A acreditar na propaganda «Enlarge your penis» (aumente o seu penis) que inunda os «e-mails» dos machos (e fêmeas) deste mundo parece que a coisa importa sim.Será talvez culpa da pornografia, com o culto aos falos infatigáveis, ou de uma sexualidade contemporânea demasiado centrada na ereção?

Tamanho é documento?


Será talvez uma questão de puro narcisismo, Ou então a expressão das inseguranças dos homens de hoje, pressionados pela emancipação sexual da mulher, que reivindica cada vez mais o seu direito ao prazer, ou será uma preocupação realmente mais masculina que feminina? Será o «pequenino mas trabalhador» que preenche o imaginário erótico feminino? Com a palavra as mulheres. «Elas podem dizer que o tamanho não importa e que a habilidade é mais importante, mas os homens não se devem confiar por completo. A grande maioria prefere-os grandes», assegura a administradora de um site de sexo. Diz gostar deles «nem demasiado grandes, nem demasiado pequenos», embora os «16 a 18 centímetros» que define como tamanho ideal estejam acima da média da população. «Já tive uma experiência com um bem dotado que não consegui acabar. Foi mais doloroso que prazeroso. Mas também já tive experiências com tamanhos abaixo da média e foi preciso inovar para chegar la», arremata.

Vera, de 32 anos, conhece a decepção de descobrir um “nanico” num homem que parecia “gigante”, mas assegura que, depois de inteirar-se com ele,terminou ficando fã. Ela sublinha que um médio bom, é sempre melhor do que um grande sem graça , mas quem define mesmo o que é bom ou não, é a experiência e a intimidade dos parceiros

Dois anos mais jovem que Vera, a gerente de banco,Neide Gonçalves revela a «sorte» de ter encontrado sempre «tamanhos considerados normais». «Gosto de enxergá-lo logo e não ter que andar em busca dele », gargalha. «O tamanho importa no entusiasmo inicial, no ato e no uso que se dá no depois ...»

Laura, 28 anos, discorda. «Saber dar prazer, e menos ainda a paixão, não dependem de medidas», afirma, admitindo entretanto que, para elas, o diâmetro é mais importante. «O importante para as mulheres é sentirem-se preenchidas. Um membro muito grande magoa, não dá prazer, ainda mais se o dono não for experiente. E não deve ser fácil irrigar toda aquela zona e manter a ereção.»

«Já tive que fazer cirurgias de redução de tamanho porque o pênis era tão descomunal, que não havia pressão sanguínea suficiente para preenchê-lo», revela um médico especialista no assunto. São as exceções à regra. A maioria dos pacientes que procuram o apoio de um especialista para corrigir o tamanho do seu pênis, na verdade querem aumentá-lo. Muitos têm pênis normais ou mesmo grandes, o que pode esconder um transtorno conhecido como dismorfofobia, ou síndrome da distorção da imagem, que consiste numa preocupação exagerada com algum defeito na aparência, geralmente inexistente. «É um problema irreal. O homem está convencido de que o seu pênis é pequeno. Estes casos devem ser encaminhados para apoio psiquiátrico», explica.A culpa, sublinha, é sobretudo da indústria pornográfica, «que tem induzido uma imagem completamente irrealista do tamanho do pênis». Depois há a inevitável comparação com os outros homens, um fenômeno popularmente conhecido como «síndrome do balneário», onde o tamanho do pênis «simboliza a vitória na comparação das masculinidades».

O terapeuta revela ser «muito comum» os seus pacientes, sobretudo os mais jovens, questionarem-se sobre o tamanho do seu sexo, uma angústia «quase nunca justificada». Afinal, a imensa maioria dos homens está dento da média e, apesar de tudo, o tamanho é sempre relativo.

Assim como o comprimento e o diâmetro não são o mesmo em todos os homens, também o diâmetro e a profundidade vaginal variam de mulher para mulher. Resume-se tudo, no fundo, a uma questão de encaixe. Físico mas principalmente emocional.


Autor: Celso Mathias
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