Em Bollywood, nome que surgiu da fusão de Bombaim e Hollyood, o centro do cinema da India,atores capitalizam a sua fama e acabam a carreira como políticos - afinal, têm eles as caras mais conhecidas do país. O mesmo ocorre nos Estados Unidos onde atores como Ronald Reagan, Arnold Schwarzenegger, entre outros, também abraçaram a carreira política
Ao contrario do que pensam muitos adolescentes pelo mundo afora, a decadência física no auge da fama não é uma invenção da Amy Winehouse. Gerações passadas recordam de Janis Joplin, vítima de «overdose» aos 27 anos, ou de Elis Regina que, aos 36, não resistiu a um fatal coquetel de cocaína, tranquilizantes e álcool. Em Memphis, no Tennessee, a mansão denominada “Graceland”, foi transformada em um museu dedicado a Elvis Presley, astro do rock and roll, falecido aos 42 anos, obeso e drogado - apesar de fãs tresloucados ainda afirmarem que ele vive disfarçado em algum lugar do planeta.
Outra questão: um artista pode manter a fama se sobreviver à primeira década de sucesso? Ou as verdadeiras estrelas decadentes são aquelas que aos setenta anos ainda estão em palco com uma guitarra elétrica? Com uma vida saudável e a carreira planejada milimetricamente, Madonna, carrega seus cinquenta aninhos em excelente forma física. Há dois anos, ao abrir a cerimônia de entrega dos prêmios MTV, o apresentador Sacha Baron Cohen, aliás, Borat, comentou: “Foi muito corajoso da MTV começar o espetáculo com um travesti.”
Se a decadência faz parte do processo, por que tanto alarde em volta de Amy Winehouse ou de Michael Jackson, um senhor de cinquenta anos,aposentado e com uma certa queda para menores e que antigamente era negro e dançava? Uma explicação possível: como o discurso atual da mídia oscila entre o culto da celebridade e o sacrifício humano, não há nada mais empolgante do que organizar uma «missa» em que a própria celebridade é a vítima sacrificada. Por isso as piadas sobre Amy e seus porres, Madonna e suas manias, entre as quais a de adotar crianças, são as mais buscadas na net. O poeta Rainer Maria Rilke via a fama como «a soma de mal-entendidos em volta de um nome». O que não anteviu foi que vários sistemas vivessem de fabricar esses «mal-entendidos» para com eles “promover” o artista