vou acabar ficando nu...

sábado, 26 de junho de 2010

Os streakers rompem com as normas do politicamente correto. Para muitos,a nudez já não é tabu,mas continua a ser transgressora: é a forma de atrair mais atenção.O fotográfo Spencer Tunick por exemplo, massificou a nudez.Já chegou a fotografar 18 mil pessoas nuas. Todas posaram espontaneamente.

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A revista “Playboy” recorre a dez desempregadas da Enron para aumentar as vendas
Nunca lhes havia passado pela cabeça que a empresa onde trabalhavam pudesse falir, e muito menos ficarem famosas às custas dessa quebra. Dez desempregadas da Enron posaram para a revista Playboy, em frente à sede da multinacional norte-americana. A escolha foi difícil: foram mais de 300 candidatas dispostas a ser capa da ‘Playboy’ . Com dez páginas reservadas às playmates da Enron, a revista pretende alcançar recordes de vendas. Houve até quem quisesse abrir um debate sobre os limites éticos do marketing, se é que ainda existem, mas as “modelos” já disseram, sem complexos, que posaram por diversão e também para ganhar um dinheirinho extra.
Final do torneio de Wimbledon de 1996. Richard Krajicek e Malivai Washington estão na quadra, prontos para iniciar a final do torneio sobre a grama mais importante do mundo. De repente, uma jovem começa a correr pelo campo completamente nua. A cena, com dois seguranças tentando apanhá-la, serviu para descontrair Krajicek, mas custou o título ao americano. Ou, pelo menos, foi como justificou a derrota: “Vi aquelas coisas a balançarem na minha frente e fiquei nervoso”. Já na final deste ano do torneio, Mark Roberts aproveitou a primeira interrupção do jogo, provocada pela chuva, para brincar todo nu junto à rede. Mark Roberts e Melissa Johnson são streakers, termos que designa as pessoas que aprecem nuas
em lugares públicos. Exibem-se com a mesma naturalidade com que dois mil anos antes faziam os atletas que participavam nos Jogos Olímpicos. Mas agora a intenção é bastante evidente: não tem a ver com a exaltação do corpo humano perfeito.

A primeira-A primeira streaker passeou montada a cavalo pelo mercado de Coventry, no século XI. Lady Godiva aceitou o desafio do marido, responsável pelos assuntos financeiros da localidade, de atravessar Coventry toda nua, conseguindo assim que ele baixasse os impostos para os camponeses. Desde então, Godiva é uma referência para os streakers. Passaram para a história os jovens que, no meio de uma multidão, se manifestaram vestidos apenas com máscaras de Nixon, para exigir a sua ida à barra dos tribunais. Ou os estudantes portugueses que mostraram o traseiro em frente à Assembléia da República, contra a política das propinas, em 1995.
A reivindicação faz parte do espírito streaker desde as origens, mas o seu significado tem-se ampliado com os anos. Quais são os termos que o definem? Fundamentalmente, dois: trata-se de uma ação ilegal, que rompe com as normas do politicamente correto, e está planejada para ter repercussão nos meios de comunicação social. Ou simplesmente provocar o riso.
É um modo de desafiar o poder; tem algo de travessura infantil e implica uma descarga de adrenalina que normalmente acompanha as ações que rompem com as normas. “A sensação de risco pessoal aumenta a sua repercussão social”, afirma a psicóloga australiana Doris Mcllwain.
O pior são as ameaças. Em Pamplona, um habitante disse a um dos membros da Peta (People for the Ethical Treatment of Animals): “Vê lá se você quer que lhe cortem suas orelhas e seu traseiro.”


Autor: Celso Mathias
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