Desencontros...
Ah! Nós mulheres, o que não fazemos para conquistar aquela pessoa que achamos tão especial e quando conseguimos, enfim, chamar sua atenção e o convite para sair chega. Pronto, pânico total. A primeira pergunta: será que vou agradar, não estou meio gordinha? Depois cabeleireiro, manicure, pedicura, nova maquiagem e armário virado pelo avesso é a seqüência inevitável. O engraçado que de repente aquela roupa maravilhosa vira um lixo. Enquanto isso, eles não se preocupam em esconder a barriga de chopp ou a proeminente calvície, nós temos obrigação de sermos perfeitas, eles já se acham perfeitos! Bem, depois de toda a produção chega a hora do encontro, é onde muitas de nós voltam com o gosto amargo da decepção travado na garganta, o belo príncipe nada mais era do que um tremendo e chato sapo. E assim, gira a vida, novo dia, nova expectativa, novas esperanças, mesma desilusão. Mas, porque sempre teimamos em nos achar culpadas por não ter dado certo? Quantas não ficam com um parceiro mesmo sem sentir um grande amor, apenas pelo medo de não encontrar mais ninguém?
O que está acontecendo nesta inversão de valores? Os quarentões correm atrás das meninas, enquanto “surfistas” bronzeados tentam como podem cativar uma mulher mais experiente. O que há por trás desta incoerência? Não que eu ache impossível uma jovem se apaixonar por um homem maduro, ou que um rapaz de vinte não tenha muitas vezes mais maturidade do que um sessentão. Não sou preconceituosa, só estou meio surpresa porque não é um caso isolado, são vários. Isso é no mínimo, bastante interessante.
O que fazer quando chegamos à idade da loba, sozinhas e querendo encontrar um companheiro? Em qual lugar homens da nossa faixa etária estão escondidos, meio acovardados porque a mulher madura está em igualdade de condições com ele? Medo de fracassar porque não somos mais submissas. Exigimos, falamos das nossas carências, lutamos por nosso espaço de igual para igual, enquanto a jovem que muitas vezes ainda tem muito a aprender, encanta-se com suas lorotas. Homens divorciados, solitários, solteiros, com fome de lobo não passam de cordeiros assustados e estão “aderindo” ao verbo “ficar” simplesmente porque não se julgam capazes de fazer feliz uma única mulher. Então é mais fácil hoje uma amanhã outra. Desculpas mil para ele e para o mundo.Exibem-se como garanhões conquistadores, machos e, na maioria das vezes, dormem sozinhos ou com pessoas que não amam.
E fica no ar a pergunta: medo por quê? Fugir pra que? A vida é tão curta, o tempo não pára, encontre sua outra metade agora, porque amanhã nem caça nem caçador, apenas mais um solitário abandonado pelo mundo num desabrigo qualquer.