Instalado numa montanha de 755 metros de altitude que
se estende de oeste para leste, perpendicular à planície, o castelo data do
século XII, e foi sempre um importante local estratégico para a região. Do alto
têm-se toda a visão da região alsaciana conhecida como o coração da Europa e
disputada durante inúmeras guerras por alemães e franceses. Avista-se ao longe
as montanhas alemãs.
Visitar o castelo é fazer uma viagem no tempo medieval,
daqueles que normalmente conhecemos nos filmes épicos. A sua arquitetura é um símbolo
do poder germânico, e ele estava na rota de um importante movimento comercial
no século XII: trigo, vinho, sal e prata. O ‘chateau’, durante a guerra dos 30
anos, estava nas mãos do capitão alemão Philippe de Liechteau quando a tropa
não resistiu aos ataques suecos e o local sofreu um incêndio, sem ser
totalmente destruído. A fortaleza ficou mais de dois séculos e meio abandonada.
Mas em 1865, o Haut-Koenigsbourg inclui em seu domínio
a floresta que fica no seu entorno, e passa a fazer parte do patrimônio da vila de Sélestat. A cidade, por sua
vez, ofereceu as suas ruínas ao imperador alemão Guilherme II de Hohenzollern,
em 1899, e este confiou ao arquiteto Bodo Ebhardt a restauração do
Haut-Koenigsbourg, que durou de 1900 a 1918. Com o tratado de Versalhes de
1919, a França tornou-se proprietária dos bens da coroa alemã, ficando de posse
do castelo.
O castelo recebe milhares e milhares de visitantes
todos os anos, com uma maior afluência nas estações mais quentes. Duas fontes
de água abasteciam o castelo, uma fica no pátio externo e outro no seu interior. Cozinha, adega, quartos, despensa, salas, tudo foi reconstruído e mobiliado com
madeiras conforme a época. Na sala de
armas uma exposição do que era usado em suas épocas mais áureas de guerras;
canhões estão colocados nas torres estrategicamente construídas para a sua
defesa.
O “Chateau de Haut-Koenigsbourg” é certamente uma das
pérolas da Alsacia, uma riqueza que merece ser conhecida. Uma viagem legal ao passado.