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Prazer
Uma homenagem aos melhores tintos
do Alentejo feita por Luís Ramos Lopes
Os tintos do Alentejo estão melhores do que nunca. O Alentejo tem sabido igualmente reforçar as suas armas contra a concorrência. Dispõe de adegas modernas, técnicos talentosos, e, acima de tudo, perfeitamente conhecidos dos produtores da região. Os melhores tintos alentejanos são hoje feitos das variedades Trincadeira (que transmite firmeza de taninos) e Aragonês (que empresta corpo e aromas pronunciados de fruta), por vezes temperados com com Alicante Bouschet (fundamental para conferir cor e estrutura) e Cabernet Sauvignon (dando o toque de classe internacional). De tudo isto resulta uma grande variedade de vinhos, distribuídos pelas diversas sub-regiões alentejanas (Borba, Redondo, Requengos, Évora, Moura, Granja-Amareleja, Portalegre e Vidigueira), e onde a qualidade média é bastante elevada. Além dos grandes vinhos que a região produz (e nesta edição provamos alguns exemplos), podemos, hoje em dia, escolher às cegas uma dúzia de tintos alentejanos em qualquer prateleira de supermercado, sem nenhum problema. Algo de que, provavelmente, nenhuma outra região (de Portugal ou do mundo) pode se orgulhar
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Mouchão Tonel 3-4 tinto 1996 Este é, no momento, um dos mais disputados tintos alentejanos. Feito praticamente só de Alicante Bouschet, é um vinho de grande concentração, poderoso e intenso, carnudo, personalizado. Cheio de raça. Imprescindível numa adega de primeira linha. |
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Vale de Ancho tinto 2000 É a grande revelação do ano, entre os tintos do Alentejo. Uma marca nova que entra diretamente para a galeria dos notáveis, através de um vinho intenso e aromático, cheio de fruta, encorpado, com taninos sedosos e final longo e pleno de sensações. Delicioso. |
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Francisco Nunes Garcia Reserva tinto 1999 Outra novidade, que impressiona pela elevada qualidade da fruta, com aromas muito elegantes e frescos que a ligeira baunilha da madeira não esconde. Um tinto de muito bom nível, que tem melhorado sensivelmente na garrafa, com belos taninos e grande harmonia de conjunto. |
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Vila Santa tinto 2001 Uma das marcas de João Portugal Ramos mais conhecidas no mundo, este Vila Santa de 2001 é provavelmente um dos melhores de sempre, com aroma vivo e poderoso, lembrando fruta fresca, eucalipto, menta, num final elegante e persistente. |
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Esporão Garrafeira tinto 1999 O Esporão é a marca mais conhecida do Alentejo, e o Garrafeira, que não aparece todos os anos, representa o seu máximo expoente. Este 1999 é um tinto de excelente nível, com aromas florais e minerais. Sabor cheio, já com ligeira evolução, num conjunto apimentado e elegante. |
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Conde D’Ervideira reserva tinto 2000 O topo de linha do produtor Duarte Leal da Costa é um vinho de aroma complexo, onde se misturam sensações várias (amoras, compotas, ameixa, baunilha da madeira, tosta) e corpo cheio, com taninos firmes e bem arredondados, num todo que prima pela classe. |
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