Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 313
Data:
30/8/2002
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» Índice
» Editorial
Acordo informal
» Autos
O meu nome é Ferrari  
Enzo Ferrari  

» Turisnotas
Com crescimento recorde e obras de ampliação, aeroporto de Salvador passa a ser o terceiro maior do país
» Triângulo
Rebatendo o bombardeio que vem sofrendo da grande imprensa, Gratz apresenta 13 certidões negativas
» Boca Miuda
Theodorico Ferraço pede licença da Prefeitura de Cachoeiro para mergulhar na campanha do filho Ricardo
Turisnotas

Vai acabar a moleza na Varig  
Os acionistas da Varig aprovaram, na primeira semana de agosto, a incorporação da Varig Participações em Transportes Aéreos (VPTA), composta pela Rio Sul e Nordeste, à holding Varig, para viabilizar a reestruturação financeira da empresa, que está sendo montada nos escritórios do Bndes, no Rio de Janeiro.  
Existem negociações nos bastidores com vários outros prováveis investidores na Varig, os quais entrariam na empresa para complementar o trabalho capitaneado pelo banco estatal. Já se constatou que, além do passivo elevado e o inchaço de funcionários, um dos pontos mais frágeis da Varig é seu esquisito sistema de governança corporativa, sustentado numa fundação da qual fazem parte os funcionários, mas quem controla de fato é uma minoria de acionistas.  
Se prevalecer a intenção do Bndes, a Fundação Rubem Berta perderá o controle da Varig. O problema, porém, nesse caso, é mais político do que financeiro. Especula-se, mas sem confirmação, que entre os prováveis interessados em constituir o novo grupo de controle estão a GP Investimentos, a Previ, um ou outro fundo de banco estrangeiro e até mesmo a Embraer.  
Numa reunião de cerca de duas horas realizada na sede administrativa da Varig no Rio de Janeiro, os acionistas receberam também o pedido de demissão do vice-presidente executivo e presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rubem Berta, controladora da Varig, Yutaka Imagawa.  
Imagawa era contrário à incorporação das empresas, uma exigência feita pelos credores da companhia para que seja viabilizado o pacote de ajuda econômica que visa salvar a Varig de uma falência. O executivo permanece, porém, à frente do Conselho de Curadores.  
A Varig está pleiteando uma ajuda financeira de US$ 300 milhões, para reduzir seu endividamento de US$ 850 milhões e voltar a ser viável operacionalmente.  
O presidente da Varig, Ozires Silva, que provavelmente será substituído, encara essa iniciativa com tranqüilidade. “Quando começamos a negociar com o Bndes, a primeira coisa foi deixar claro que, se fosse o caso, a diretoria executiva poderia ser trocada, mas eles não quiseram”, informou.  
O que o mercado espera é uma Varig enxuta, oferecendo segurança e tranquilidade aos passageiros, e sem a “gordura” que vem deteriorando a empresa, como as dezenas de diretorias e gerências absolutamente inoperantes e desnecessárias.  
Não é mesmo, Tércio Melo? (Nota escrita no dia 13/08/2002)  
Cochilada  
Sem trocadilho, é uma cochilada do sério Grupo Pestana o que vem ocorrendo com seu hotel de Salvador. Depois de perder na Justiça a marca Carlton, o hotel da rede portuguesa tem criado um enorme mal estar no mercado local. Em pacotes, chega a vender seus apartamentos por módicos R$ 80,00, menos de U$ 30. Segundo a concorrência, conseguem fazer isso porque não reformaram o hotel devidamente. Teriam feito apenas uma “meia-sola”. Tanto que, dia desses, passaram o maior vexame ao tentar apagar um incêndio num matagal ao lado do hotel. A velha tubulação de incêndio simplesmente desintegrou-se. O hotel é conduzido pelo “competente” Paulo Dias.  
Aviões mais seguros  
Foi lançado em Toulose, França, o projeto AWIA-TOR que pretende manter a Europa na liderança da indústria aeronáutica, com aviões mais seguros e ecológicos. O investimento é de 80 mil milhões de euros e parte desse valor é financiado pela EUA. Uma das apostas é o design das asas, de forma a reduzir pela metade o barulho e o consumo de combustível.  
Ampliado  
Com as obras de ampliação e modernização, o Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, passa a ser o terceiro maior do país em estrutura física. Os recursos foram oriundos do Prodetur, Infraero, governo do Estado, Embratur, BID e Banco do Nordeste.  
No ano passado, o aeroporto registrou um crescimento recorde na movimentação de embarque e desembarque de passageiros. Foram 3,7 milhões, número 16% superior ao do ano passado, o que significa uma média mensal de 313 mil passageiros.  
De cara nova e com muitas caras novas, como a da garçonete Rosa, na foto, o embarque passou a contar com 12 lojas, entre restaurantes, lanchonetes e fast food, com capacidade para acomodar 500 pessoas. Foram implantados novos elevadores, escadas rolantes, novo sistema informativo de vôo, além de nova central de ar condicionado e um mirante. Está prontinho para encher de hóspedes os hotéis da Bahia.  
No quadro à esquerda, observe os números que marcam o mais novo aeroporto internacional do país.  
Renascimento  
A Margem Sul do rio Tâmisa é uma das áreas turísticas novas mais excitantes de Londres. Nos últimos dois anos, importantes atrações tais como a roda gigante de observação ‘London Eye’, a galeria de arte Tate Modern, e o cinema IMAX de Londres foram inaugurados e atraíram um enorme número de visitantes, a maioria dos quais visitava apenas a margem norte do rio, antes disto.  
A Ponte do Milênio, um vínculo elegante novo para os pedestres entre a Catedral de São Paulo e a galeria Tate Modern, foi inaugurada e foram feitas melhorias no caminho ao longo do rio. As mudanças continuam e incluem:  
Um novo serviço de ônibus vermelho, o Riverside (número RV1) liga as margens norte e sul. A frota de 11 ônibus conecta 40 galerias de arte e outras atrações, saindo a cada 10 minutos de Covent Garden até a Torre de Londres, passando por Bankside. A passagem de ida custa uma libra e podem ser usados os travelcards válidos.  
Uma importante reforma do Royal Festival Hall será realizada nos próximos três anos, incluindo um novo café que abrirá para a Praça do Festival. É a primeira fase do Masterplan, de Rick Mather, que ele planejou para esta área na Margem Sul que conta com 11 hectares. Os detalhes serão finalizados no início do verão (ver www.rfh.org.uk).  
Sauípe, o rombo  
Acredite quem quiser: tem gente ganhando dinheiro no complexo hoteleiro de Sauípe. Logicamente, não é a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, dona da estrutura física e operacional de toda a área, instalada no litoral da Bahia. Trata-se dos grupos hoteleiros Accor, Superclubs e Marriot, que administram as edificações hoteleiras do complexo.  
Os cinco hotéis e seis pousadas vão fechar o semestre com um faturamento de R$ 80 milhões, o equivalente a 69% da receita de todo o ano passado. Pelas contas dos operadores, Sauípe encerra o ano com faturamento superior a R$ 150 milhões e taxa de ocupação de 55% – em 2001, não passou de 44%. Sorte das operadoras internacionais.  
O trio tira boa parte dos seus ganhos diretamente da receita de administração dos hotéis. Ao contrário do ano passado, quando sofreram com o baixo nível de ocupação, Superclubs, Marriot e Accor vão conseguir colocar algum no bolso em 2002.  
E a Previ? Bem, das duas uma: ou a fundação não nasceu mesmo para investir no setor hoteleiro ou, então, conseguiu a proeza de assinar um acordo societário que a transformou em refém vitalícia dos prejuízos de Sauípe.  
O fato é que, no caso da Previ, mais do que o faturamento o que importa é o resultado final da operação e, neste quesito, os números são desanimadores. A Sauípe S.A., holding do complexo controlada pela Previ, caminha para o pior desempenho dos últimos três anos: deverá registrar perdas de mais de R$ 3,5 bilhões em 2002.  
O grande problema são as despesas administrativas, que quintuplicaram em relação a 2000. O mais incrível é que o momento é de total acefalia na relação entre a Previ e o Complexo de Sauípe. Desde a saída de Sérgio Rosa da diretoria, ninguém na fundação foi designado para responder sobre o negócio.  
Enquanto isso, os prejuízos continuam invadindo o balanço da Previ. E não há nem um porteiro para recepcioná-los.  
Antiquarius  
No dia 26 de setembro, acontece a primeira viagem gastronômica realizada através da parceria da Nob Hill com o Antiquarius, um dos mais renomados restaurantes da capital paulista: A Boa Mesa do Alentejo e o Antiquarius. A excelente gastronomia das cidades portuguesas como Évora, Marvão, Portalegre e Lisboa é o foco principal desta viagem que contará com o acompanhamento da sra. Maria Eduarda Silva Gomes Perico Martins, proprietária do Restaurante Antiquarius.  
Apostando no prestígio do restaurante, que foi fundado em Portugal e transferiu-se para o Brasil na época da Revolução dos Cravos, e que mantém um dos mais prestigiados cardápios da cidade, além de uma adega com mais de 100 rótulos, o roteiro deverá contar com a participação do seleto grupo de clientes do Antiquarius, composto por empresários, artistas e intelectuais.  
Para mais informações sobre o assunto, Luiz José Berenguer, dono da Nob Hill, e a sra. Maria Eduarda Silva Gomes Perico Martins, proprietária do Antiquarius, estão à disposição.  

  
Rosa

Aviões mais seguros



Nem as baianas que benzeram Sauípe no dia da inauguração conseguem tirar a “pemba” do lugar

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