Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 298
Data:
15/1/2002
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» Índice
» Editorial
E 2002?
» Autos
No Salão Internacional do Automóvel, em Frankfurt, um espetáculo de idéias, inovações, desenho e técnica
» Turisnotas
Desempenho do sistema Vaspex em dezembro foi o melhor em seus cinco anos de existência
» Triangulo
A maldição de algumas dezenas de auxiliares diretos de FHC que hoje estão no ostracismo
» Truismo
No Ano Prussiano de 2001, a Bundesgartenschau e jardins de palácios fizeram de Potsdam um parque
» Atualidade
“Cool hunters”, os caçadores de tendências que antecipam o que vai acontecer na moda
Autos

Quem fabrica o carro de amanhã? O que o faz andar? Que forma tem? A indústria automobilística alemã apresentou no Salão Internacional do Automóvel, em Frankfurt, um espetáculo pirotécnico de idéias, inovações, desenho e técnica.  
 
Estréias  
Show dos superlativos: no Salão Internacional do Automóvel, em Frankfurt, as montadoras da Europa, da América e da Ásia mostraram 57 estréias mundiais. Os astros vieram de Stuttgart, Munique, Wolfsburg e Ingolstadt. A Mercedes reafirma sua liderança tecnológica. O novo SL possui, desde o chassi ativo até os freios de comando computadorizado, tudo o que hoje se pode imaginar em um veículo. A Porsche está citando a sua própria história. O 911 Carrera robustece-se com 320 cv. A BMW apresenta seu novo navio de combate. O BMW série 7 é o maior e mais pródigo de todos os tempos. Informação, navegação e comunicação estão incorporados em um botão com até 700 funções. A Volkswagen aposta na solidez e no crescimento em seu segmento de massa. O novo Polo é nitidamente maior, superando hoje a forma do antigo Golf. O Lupo virá e fará lugar para um novo popular. A Audi domina a arte de despertar emoções com a objetividade. A Seat, subsidiária da VW, aposta na eletrônica. O sistema de assistência ACC mantém distância do carro da frente, reconhece sinais de trânsito e avisa o motorista, quando ele dirige muito rápido.  
 
Tendências  
Raça e categoria: as grandes montadoras produzem marcas para iniciantes e de luxo para poder servir a todos os clientes acima e abaixo da marca tradicional. A BMW lançou o novo Rolls-Royce, em Goodwood, Inglaterra. A DaimlerChrysler aposta na aura juvenil do Smart. No final de 2002 será lançado um roadster de dois lugares. O Maybach, ressuscitado, é um carro de mais de seis metros de comprimento e 2,5 toneladas de peso: ele deverá representar a marca nobre de Stuttgart no segmento superior. Com o Bentley, o Bugatti e o Lamborghini, a Volkswagen apresenta-se com três marcas nobres. Em suas próprias fábricas, ela desenvolve um automóvel de cilindrada de 1 litro. Na montadora de Molsheim, na Alsácia, correm os preparativos para a produção do Bugatti. O EB Veyron virá em 2003 com nada menos de 1001 cv, 16 cilindros e mais de 400 km/h de velocidade máxima. O sucessor do Diablo, da Lamborghini, sairá das linhas de montagem no começo de 2002. As oportunidades no mercado não aumentarão, pois se amplia a oferta. Até agora se vendem ao ano 4000 unidades de veículos de mais de 250 mil marcos. A Posche lançará o GT; o SLR da Mercedes será fabricado na Inglaterra a partir de 2003; o W12, modelo de ponta da VW, virá em final de 2003 e a Ferrari substituirá o lendário F50 pelo F60.  
 
Técnica  
Inovação e revolução: além de cavalo-vapor, aceleração e velocidade máxima, também sempre há o esforço de reduzir mais o consumo de combustível. Mas os caminhos enveredados são tão diversos como as próprias empresas. O incremento do desempenho mediante a variação das fases de abertura da válvula é o truque da Valvetronic, a qual a BMW agora também emprega na série 7, a VW assegura-se potenciais de economia com os motores FSI (Fuel Stratified Injection), mais desenvolvidos. A técnica híbrida consiste em que o motor ou fica parado ou funciona com mais potência do que necessita na hora. A energia excedente é transformada em eletricidade por meio de um gerador e armazenada numa bateria – por exemplo, para uma corrida na cidade. Quase todas as grandes montadoras estão engajadas, de uma ou outra forma, no desenvolvimento da pilha de combustível. Ela é a grande alternativa do século XXI, mas para chegar à era do hidrogênio ainda é preciso remover muitos obstáculos do caminho. Assim como não se pode fazer um CD de um disco de vinil, não se pode transformar um motor de combustão em uma pilha de combustível. O automóvel como um todo está diante de uma revolução – com matéria plástica em vez de aço e joystick em vez de volante.  
 
Mercados  
Investimento sobre sucesso: os números mais recentes da indústria automobilística demonstram o dinamismo do ramo. O faturamento das montadoras alemãs subiu 12% no primeiro semestre de 2001, totalizando 204 bilhões de marcos. No país as vendas subiram 5% , as receitas de exportação cresceram 16%. Uma política bem-sucedida com os produtos, a mais moderna técnica e o design vanguardista valem a pena. As marcas alemãs cobrem 72% do mercado alemão. Nos EUA, as montadoras alemãs conseguiram incrementar seu faturamento em 5%. Cobrindo 9% do mercado pela primeira vez, os importadores venderam mais da metade de todos os carros no mercado dos EUA. Também no Japão venderam-se 10% mais carros alemães. As despesas de pesquisa e desenvolvimento da indústria automobilística alcançaram um nível recorde em 2000: 26 milhões de marcos. Os projetos de investimentos atuais cifram-se em quase cinco bilhões de marcos. O engajamento concentra-se no Leste da Alemanha. A Volkswagen constrói uma fábrica envidraçada em Dresden, a Mercedes fabrica em Ludwigsfelde, a Posche e a BMW investem em Leipzig.  
 
Fórmula 1  
Partida e meta: em 1991 começou uma nova contagem do tempo, com a entrada de Michael Schumacher na Fórmula 1. Dez anos mais tarde, os pilotos e a técnica alemães dominam a categoria nobre do automobilismo. Dois Grand Prix têm lugar na Alemanha – um em Hockenheimring e o outro em Nürburgring. Duas marcas de automóveis alemãs engajam-se com sucesso na Fórmula 1 – BMW e Mercedes. Quatro pilotos alemães competem pelos melhores lugares. Michael Schumacher, de 32 anos, domina o campo. Ao irmão, Ralf Schumacher, seis anos mais jovens que ele, pertence o futuro. Heinz-Harald Frentzen no Prost e Nick Heidfeld no Petronas alternam-se no sucesso. Michael Schumacher ganhou em 2001, antes do tempo, o quarto campeonato mundial e, depois da 52ª vitória do Grand-Prix, ele será declarado o melhor piloto de todos os tempos. Ele deve suas vitórias não só aos seus conhecimentos de piloto, mas principalmente ao seu know how técnico, que fez de um bom Ferrari o melhor carro de corrida da Fórmula 1. Em 1998 e 1999, as Flechas de Prata da McLaren, da Mercedes, com Mika Häkkinen na cabine, ainda tinham a dianteira. Com a entrada da Willians, pela BMW, o duelo se transformou em luta de três. Na próxima temporada, a Toyota, a terceira maior montadora do mundo, irá para a linha de partida. O novo carro de corrida vermelho é desenvolvido, todo ele, em Colônia. Os japoneses confiam no sucesso “made in Germany”

  
Fascinação do automóvel

Fascinação BMW: o série 7 está repleto de eletrônica

Zeitschrift Deutschland





Encontro na Daimler-Crysler: o SL estava no centro das atenções

Bugatti: o Veyron sai no mercado em 2003, com 1001 cv, 16 cilindros e mais de 400 km/h de velocidade máxima.

Tradição e progresso: o automóvel em transformação

Tecnologia: a pilha de combustível é a alternativa, mas ainda está longe da implementação

Técnica: as montadoras vêem caminhos diferentes quanto à redução do consumo de combustível

Eletrônica: marcha triunfal das tecnologias de informação

Design: produtos inovadores alemães entusiasmam no exterior



Inovação: elevados gastos em pesquisa valem a pena

Automobilismo: pilotos e técnicos alemães dominam a Fórmula 1

McLaren-Mercedes: Mika Häkkinen ganhou duas vezes o campeonato mundial com os Flechas de Prata.

McLaren-Mercedes: Mika Häkkinen ganhou duas vezes o campeonato mundial com os Flechas de Prata.

Willians, da BMW: no segundo ano já o terceiro piloto

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