Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 307
Data:
30/5/2002
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» Índice
» Editorial
eleitor passivo?
» Internacional
Esforço alemão ajuda a reconstruir o Afeganistão, país destruído física, social e psicologicamente
» Turisnotas
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» Evento
Dez anos de Sindiex
» Boca Miuda
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» Triangulo
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Editorial

A seis meses das eleições e apenas poucos dias da Copa do Mundo, certamente a grande maioria da população brasileira prefere discutir as perspectivas da equipe convocada pelo Felipão do que analisar propostas políticas defendidas pelos pré-candidatos a presidência do País.  
Deixemos a intransigência de lado.  
Não há nada de errado nisto.  
Afinal não podemos nos esquecer que sempre "somos o País do futebol" e que é praticamente inexistente alguma tradição política/ideológica no cotidiano da média da população nacional.  
É nesse contexto que a figura dos marqueteiros políticos está em alta.  
Aproveitando as brechas da legislação e fora do "rigor" do Horário Eleitoral, esses profissionais vão apresentando seus candidatos quase em doses homeopáticas. Na propaganda que veiculam pelas telinhas de todo o País os marqueteiros criam a imagem do político que eles acreditam ser a imagem do "produto" que o povo brasileiro quer "comprar" para ser o novo presidente.  
Depois da retirada "estratégica" de Roseana Sarney, as maiores investidas hoje estão na propaganda do candidato do governo José Serra e do petista Luís Inácio Lula da Silva.  
Em seus programas Serra tenta se apresentar "tranqüilo". Parece querer mostrar que tem a confiança de saber onde vai chegar porque conta com a experiência do Partido que detém o poder e apresentou o resultado favorável da estabilidade econômica.  
Já Lula busca de todas as formas romper barreiras, preconceitos e passar uma imagem de segurança para vencer o antigo "medo" do PT.  
Ninguém pode negar que o trabalho de Duda Mendonça é primoroso para "criar a imagem" de Lula.  
Quem viu o programa do petista, apresentando no início desse mês, no mínimo, questionou: "Por que não Lula?" Mesmo os ataques dos banqueiros internacionais dando conta de que o petista pode provocar um desastre na economia brasileira ficaram praticamente dissolvidos diante das belíssimas imagens do homem que é capaz de chorar, rir, amar, lutar e que, as duras penas, conquistou seu espaço no cenário político nacional.  
O sucesso da estratégia dos marqueteiros é total.  
Mesmo sem se dar conta, a população vai definindo passivamente seu candidato baseado nessas informações. O resultado das investidas é facilmente observado nas pesquisas. O programa de Lula agrada mais e certamente tira o sono dos concorrentes.  
Mas para a sorte de alguns e tristeza de outros, as eleições só acontecem depois da Copa. Até lá muita pedra vai rolar e muitas "imagens" vão mudar para tentar convencer ao hoje "passivo eleitor" sobre qual é o melhor candidato.  
Apesar da Copa, VidaBrasil não esquece que, o melhor para não sermos "levados" por tantas "informações" é estarmos atentos aos rumos das eleições desde já.  
Mesmo que seja apenas nos intervalos dos jogos de futebol.  



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