Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 320
Data:
12/6/2002
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» Autos
Talvez um dos mais luxuosos do mundo, é produzido na Mercedes conforme as exigências dos clientes
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A cidade de todas as maravilhas
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Uma receita no  
tom certo

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Wagner Canhedo recebeu o prêmio Personalidade do Turismo, concedido pela ABI e pelo jornal Folha do Turismo
» Editorial
O legado de FHC
» Triângulo
Telefônica Celular além de ser patrocinadora oficial do Vital, também patrocinou os principais blocos que desfilaram
» Prazer
Tributo a baco
» Boca Miuda
O deputado João Coser será o coordenador político do governo Lula para a região sudeste
Editorial

O ano de 2003 chega trazendo para o País uma grande expectativa de mudanças. Um novo perfil de governo, pelo menos em tese, toma posse do Poder Executivo.  
E o presidente que deixa o Palácio da Alvorada leva uma marca que, em muitos casos, pode parecer difícil de explicar.  
Fernando Henrique Cardoso sai da Presidência da República com a fama de grande estadista. Com pompa, ele se prepara para circular pelos principais centros econômicos do mundo fazendo palestras e mostrando para a comunidade internacional como conseguiu tornar o Brasil um País “viável e estável economicamente”.  
Em seu currículo de presidente, FHC parece não registrar pontos negativos de sua administração. No balanço dos oito anos de governo, o presidente demonstra que conseguiu convencer a todos que fechou com um saldo totalmente azul.  
As entrevistas concedidas pelo presidente nos últimos dias, as matérias publicadas pela maioria dos jornais de circulação nacional, os balanços que ele próprio faz de seu governo traçam um cenário quase que paradisíaco do governo FHC.  
Por que?  
Primeiro sucessor eleito diretamente pelo povo do desastroso governo Fernando Collor de Mello, o presidente FHC conseguiu durante toda sua administração ultrapassar fatos que dificilmente seriam superados por políticos menos experientes.  
Inúmeras denúncias de corrupção foram verificadas no governo FHC. Denúncias que derrubaram políticos como o ex-ministro Elcio Álvares ou o ex-secretário da presidência, Eduardo Jorge, entre tantos outros nomes de ligação direta com o presidente que foram “execrados em praça pública”, sem que até hoje nada tenha se comprovado, principalmente, contra os dois citados.  
Mas FHC manteve a pose.  
Nada parece tocar o presidente.  
Nem mesmo as privatizações duvidosas que, durante vários anos, foram temas de denúncias por parte dos partidos de oposição como o PT, foram esclarecidas.  
Nenhum destes temas certamente fazem parte da pauta das “amistosas” conversas do presidente com seu sucessor. Na prática o que se observa é que, enquanto Lula quer trabalhar a transição com tranqüilidade, FHC aproveita para viver seus últimos momentos de glória deixando para a posteridade a marca de um dos maiores presidentes que o Brasil já teve.  
Definitivamente pode estar aí, o grande legado do presidente. FHC foi, sem dúvidas, o homem que conseguiu superar as adversidades usando uma das mais simples táticas políticas: abandonando seus aliados.  
Que esta não sirva de lição para o futuro e os futuros presidentes do Brasil.  



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